A Tubarão de Mesquita levou para a Avenida, na última terça-feira, o samba-enredo “Repense, Reflita, Recicle. Vem na onda da sustentabilidade com a Tubarão de Mesquita”. A escola apresentou carros alegóricos com excelente plástica, grandiosos e fazendo uso de LEDs e efeitos especiais. A escola da Baixada se credencia como forte candidata na disputa pelo acesso à Série Ouro, em 2026.
Fotos: S1 Comunicação/CARNAVALESCO
Comissão de frente
Thamires Leal, coreógrafa da comissão, usou um elemento móvel, com efeitos especiais, e integrantes apresentando ao público a importância da preservação ambiental. A comissão despertou a curiosidade do público presente, encantando e cativando-os. A teatralização da coreografia desenvolvida para a comissão de frente foi uma grata surpresa, que introduziu fielmente o que viria a seguir para ser apresentado pela escola, tanto na temática quanto na grandiosidade dos carros alegóricos e fantasias.
Mestre-sala e Porta-bandeira
O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Rafael Gomes e Thamires Ribeiro, apresentou uma dança cadenciada, com movimentos suaves e elegantes. A coreografia leve e delicada sincronizava com o verso do samba “A missão é proteger”, quando o mestre-sala mostrava cuidado com a porta-bandeira que, através da fantasia verde, representava a natureza.
Harmonia e Samba
A harmonia da escola se destacou pelo canto da comunidade presente durante todo o desfile. Um samba que fluiu bem e contagiou componentes e a arquibancada, retratando a importância da preservação do meio ambiente para o futuro das cidades e como pode ser feito também no carnaval. O intérprete Ito Melodia, juntamente com os outros músicos, conduziram a escola de forma satisfatória, conseguindo um excelente entrosamento com a bateria comandada por mestre Michel, que apresentou paradonas, fantasias muito coloridas e empolgou os foliões presentes.
Evolução
Devido à grandiosidade apresentada pelos carros, alas coreografadas e efeitos especiais, a escola da Baixada, no final do desfile, acabou apresentando certa correria dos componentes e estourou o tempo regulamentar em um minuto.
A Beija-Flor de Nilópolis celebrou com muita emoção, na noite da última quarta-feira, seu 15º título no carnaval carioca. A conquista foi ainda mais especial por homenagear Laíla, um dos maiores nomes da história da escola e do samba. Após uma apuração tensa, em que a azul e branca assumiu a liderança e confirmou o campeonato no último quesito, a quadra se encheu de alegria. O festejo reuniu componentes, torcedores e figuras importantes da agremiação, como Neguinho da Beija-Flor, que se despediu do microfone principal, os filhos de Laíla, que viram o legado do pai ser eternizado com mais um campeonato, e Gabriel David, presidente da Liesa, que tem uma forte ligação com a escola, sendo torcedor declarado da azul e branca da Baixada.
Fotos: Luan Costa e Marielli Patrocínio
Presidente destaca importância de Laíla
Almir Reis, presidente da Beija-Flor celebrou a conquista do título com emoção, ele destacou todo o trabalho realizado pela escola desde o pré-carnaval. Para ele, independentemente do resultado, a escola já havia honrado Laíla com um desfile à altura de sua história. “Claro, sem preço. Desde quando lançamos a proposta, essa comunidade ficou hiper feliz. Você via que eles ensaiavam com muito vigor, acreditando no projeto”, disse Almir.
O presidente também exaltou a dedicação do carnavalesco João Victor Araújo e reforçou que o título foi um reconhecimento merecido para todos que fizeram parte desse momento. “Graças a Deus, a gente encontrou um caminho, e esse menino João foi incansável. E deu certo. O Laíla merecia, ele merecia isso.” disse Almir. Além disso, ele fez questão de mencionar a importância de Neguinho da Beija-Flor, que se despediu da escola campeã. “O Neguinho merecia ter uma saída digna para o campeão. É isso, essa comunidade aí. Você está vendo a felicidade deles”, completou.
Gabriel David comemora título
Gabriel David, atual presidente da Liesa, comemorou a vitória da Beija-Flor destacando a força do desfile da escola e a emoção que tomou conta da Sapucaí. Com uma ligação profunda com a agremiação por ser filho de Anísio Abraão David, patrono da escola, ele ressaltou que o título foi merecido e coerente com o que se viu na avenida. “Se você pegar o resultado do Carnaval como um todo, vai ver muita coerência entre as notas, muita coerência dentro daquilo que a gente imaginava que poderia acontecer após os desfiles. E a Beija-Flor merece o título, a comunidade nilopolitana merece o título. Faz sentido ter sido o desfile que mais empolgou a Sapucaí. Acho que foi, de longe, o desfile mais emotivo que teve no Sambódromo. E isso ganha Carnaval, isso sempre ganhou Carnaval e continua a ganhar Carnaval”, disse Gabriel.
Ele também elogiou a diretoria da escola, reconhecendo o trabalho do presidente Almir Reis e da comunidade. “Tem que ser valorizado. A diretoria tem que ser aplaudida, o presidente Almir tem que ser aplaudido, a comunidade nilopolitana tem que ser reverenciada.” disse Gabriel. Além disso, como presidente da Liesa, destacou o alto nível da competição deste ano e celebrou o planejamento das escolas. “Fico feliz de poder participar de um Carnaval onde todas as escolas tiveram um ciclo de bom planejamento e um nível de competitividade altíssimo, porque esse é o meu trabalho dentro da Liga: garantir que todas apresentem o melhor espetáculo possível na avenida e compitam no mais alto nível que eu já vi no Carnaval. Não tenho dúvidas de que foi o Carnaval de mais alto nível possível. E, mais uma vez, parabéns para a Beija-Flor, parabéns para toda a comunidade nilopolitana”, completou.
Neguinho se emociona durante despedida
Neguinho da Beija-Flor se despediu do microfone principal da escola após uma vida inteira dedicada ao samba e à comunidade nilopolitana. Ícone da azul e branca, ele acompanhou gerações de desfilantes, embalou vitórias históricas e construiu uma trajetória inigualável no Carnaval. Seu ciclo como intérprete oficial se encerrou da melhor forma possível: com a escola campeã, em um enredo que homenageou um dos maiores nomes da sua história, Laíla. Para ele, essa despedida coroada com mais um título teve um significado especial. “Eu entrei sendo campeão e estou entregando o microfone como campeão, em uma homenagem ao nosso grande mestre Laíla, o maior de todos os tempos, diretor de Carnaval e Harmonia. Isso não tem preço”. disse Neguinho, emocionado.
Carnavalesco dedica vitória à Rosa Magalhães
João Victor Araújo viveu a emoção de conquistar seu primeiro título como carnavalesco, um momento ainda mais especial por ser na Beija-Flor e em um desfile que homenageou Laíla. João viveu um ano desafiador após a colocação da azul e branca no carnaval passado. Como carnavalesco da escola, sentiu na pele as cobranças constantes e precisou encontrar forças para seguir em frente. “Eu fui cobrado o tempo todo por conta da colocação da escola no ano passado, fui muito cobrado. A minha cura foi o silêncio e a disciplina, para poder fazer um trabalho tão bom quanto o anterior. Mas isso deixa marcas na gente.” disse João.
Além desse desafio profissional, João também viveu um momento de grande perda pessoal com o falecimento de Rosa Magalhães, uma referência em sua trajetória. Ele fez questão de dedicar a vitória à artista, que sempre acreditou em seu talento. “Tenho certeza de que ela estaria muito feliz, muito orgulhosa de mim, porque torceu muito por mim no ano passado. Ela não está aqui fisicamente, mas espiritualmente, junto com o Laíla, junto com o João, certamente está vibrando.” disse João. Para ele, a coincidência de o troféu deste ano ser uma homenagem a Rosa tornou tudo ainda mais especial. “Olha que alegria: o troféu deste ano é uma homenagem à Rosa Magalhães! Olha que momento, gente! Que momento terno. Que momento, senhores!” disse o carnavalesco.
Comissão de frente decreta vitória
O quesito Comissão de Frente foi o último a ser lido na apuração, e, naquele momento, a escola já ocupava a liderança, restando apenas a confirmação do título. A tensão tomou conta da equipe, mas a confiança no trabalho apresentado na avenida era grande. Após meses de estudo e dedicação, o grupo sabia que havia entregado uma apresentação marcante, alinhada com a proposta do desfile. Cada nota anunciada aumentava a expectativa, e, quando o resultado se concretizou, a emoção tomou conta, selando uma conquista construída com esforço e paixão.
Saulo Finelon, um dos coreógrafos, descreveu a sensação no momento decisivo: “Foi realmente muito emocionante, porque a gente já tem a responsabilidade de entregar uma nota, e, neste ano, essa responsabilidade era tripla. Falar do Laíla, viver esse momento histórico da escola e, ainda, deixar por último uma nota que decidiria o título… Nossa, nem sei mensurar”, disse Saulo.
Já Jorge Teixeira destacou toda a preparação por trás da performance: “Foram meses de estudo, pesquisando sobre a vida do Laíla, principalmente por todo o lado espiritual dele. E aprendemos muito, foi um grande ensinamento. Durante o desfile, passamos muito tensos, mas, conforme cada jurado dava a nota e o público reagia, saímos de lá muito felizes, muito realizados. Hoje foi um dia muito emocionante, mas também muito tenso. Ser o último quesito, com a escola já em primeiro lugar, foi de tirar o fôlego. Mas agora é só felicidade”, explicou Jorge.
Ruan Montes, que representou Xangô na comissão de frente, não escondeu a emoção ao ver a Beija-Flor campeã. Para ele, viver esse papel em um enredo sobre Laíla e sair vitorioso foi algo inimaginável. “Nem nos melhores sonhos, eu ia imaginar que ia vir representando Xangô no enredo sobre Laíla e ainda ia ser campeão. Eu estou aqui, eu vim para a quadra confiante na minha escola, só que quando eu vi as notas, quando eu vi o resultado se revelando na nossa frente, chorei muito, vou chorar mais ainda. Eu estou radiante, estou feliz da vida. Muito feliz mesmo. Sem acreditar até agora”, disse Ruan, ainda emocionado.
Porta-bandeira com mais títulos
Selminha Sorriso viveu uma noite especial ao conquistar mais um título pela Beija-Flor, escola onde construiu sua trajetória sob a liderança de Laíla. Para ela, a vitória teve um significado ainda maior por ser uma homenagem ao diretor de Carnaval, que foi responsável por levá-la para Nilópolis e moldar sua história na azul e branca. “O sentimento é de gratidão por tudo que ele fez por nós, pelos ensinamentos, pelo que ele representou em vida. Passou um filme na minha cabeça, lembrando que ele foi o responsável por nos trazer para a Beija-Flor, onde estamos há quase três décadas. Ele respirava Beija-Flor e, onde quer que esteja, sei que está muito feliz agora”, disse Selminha.
Ela também destacou que, mesmo com o passar dos anos, sente-se plena para continuar exercendo sua função, mandando uma mensagem contra o etarismo. “Exercer essa função há 36 anos, num país que muitas vezes acha que as pessoas não têm mais condições, é uma luta diária. Mas eu sou da escola do mestre Laíla e vou provar que não existem regras para isso. O que existe é amor, trabalho, dedicação e respeito”, disse Selminha, reafirmando seu compromisso com a Beija-Flor.
Com mais essa vitória, Selminha entrou para a história ao se igualar a Dodô da Portela como a porta-bandeira com mais títulos no Grupo Especial. “Agora, acho que empatamos com a Tia Dodô, que era a porta-bandeira com mais títulos. Então, é mais uma conquista coletiva. Nada se faz sozinho. Hoje é dia de comemorar e agradecer ao terreiro de Laíla”, disse Selminha, emocionada com mais uma marca histórica em sua carreira.
Família emocionada
Os filhos de Laíla, Luiz Cláudio e Laísa, viveram uma noite de grande emoção com o título da Beija-Flor, que homenageou o legado do diretor de Carnaval. Para Luiz Cláudio, a conquista reafirmou a grandiosidade do pai e sua contribuição para a cultura brasileira. “Essa vitória representa a realidade do grande sambista, do sambista de raiz, que vem desde criança para uma comunidade inteira. Para a família, representa uma pessoa que trabalhou em prol do Carnaval desde os 18 anos de idade, em prol da cultura do Brasil, porque nós somos uma cultura. E ele promoveu essa cultura.” disse ele.
Ele fez questão de destacar que Laíla era maior do que qualquer escola, sendo uma peça fundamental para o Carnaval e o samba como um todo. “Laíla não era só Beija-Flor, Laíla era o Carnaval, era o samba.” completou Luiz Cláudio. Por fim, emocionado, falou sobre a forte conexão espiritual sentida durante o desfile e a apuração. “Hoje essa comunidade abraçou um lado espiritual muito grande, porque todos sentiram a presença dele. Isso representa o amor e carinho que ele deu para todos nós”.
Já Laísa, diretora de bateria da escola, reforçou sua paixão pelo samba e pela Beija-Flor, destacando a honra de ver sua escola escolhendo homenagear seu pai e voltando ao topo. “Acima de tudo, acima de qualquer coisa, eu sou muito sambista. Eu desfilo em outras escolas, meus amigos ritmistas, meus amigos mestres, eu sei a importância do samba, a importância do Carnaval para cada um de nós, eu trabalho com isso. Para minha agremiação, para minha escola, de onde eu vim, não poderia ser o enredo de outra escola. Eu tive a honra da Beija-Flor o escolher novamente e ver minha escola de novo no topo, minha comunidade feliz, minha comunidade sorrindo, não tem preço”, disse Laísa.
Ela também falou sobre a emoção de sentir a presença do pai nessa conquista. “Estou radiante e parece que a ficha não caiu. Nem nos meus melhores sonhos imaginei isso, é como se meu pai estivesse aqui de novo, impulsionando a gente, falando ‘vamos ganhar, vamos vencer’. A sensação que eu tenho é essa nostalgia, essa saudade gostosa que estou tendo, e a ficha não caiu ainda, a realidade é essa. Eu estou muito feliz. Eu sou muito Beija-Flor, eu sou muito Laíla”, finalizou, emocionada.
Sem vencer desde 2018, a escola voltou ao topo justamente com o desfile que a fez se reencontrar com sua identidade, reafirmando sua força e se consolidando, com folga, como a maior campeã da era Sambódromo.
Na noite da última terça-feira, encerrando o Carnaval de 2025, o Império da Tijuca mostrou à torcida que não está de brincadeira. O principal destaque foi a comissão de frente, que dançou de modo muito sincronizado. Além disso, as fantasias e a maquiagem dos componentes beiraram a perfeição. O primeiro tripé atrás da comissão era composto por tridentes e “quartinhas”, bastante utilizadas nas religiões de matriz africana, fazendo alusão às giras que ocorrem nos terreiros de umbanda e nos barracões de candomblé. Esses detalhes emocionaram o público, gerando uma energia poderosa.
Fotos: S1 Comunicação/CARNAVALESCO
O integrante que representou Exu, com certeza, interpretou-o muito bem, não apenas pela fantasia atribuída ao orixá, mas também pelos trejeitos, no modo como se movimentava e no seu olhar, que assustava e, ao mesmo tempo, causava admiração.
Comissão de Frente
Os integrantes coreografaram de forma impecável, com uma sincronia tão grande entre si que parecia uma apresentação de balé de “matriz africana”, digna de ser exibida no Theatro Municipal. O orixá Exu, que adentrava entre os componentes, abrilhantou ainda mais a apresentação do grupo, transmitindo simbolicamente “a energia que move a vida e abre caminhos”.
Mestre-sala e Porta-bandeira
O casal Maycon Ferreira e Lorenna Brito brilhou em sua apresentação, demonstrando simpatia e grande expertise na dança. O mestre-sala dançou com maestria, enquanto a porta-bandeira girava com facilidade. As cores dourada, preta e azul de suas fantasias valorizaram a beleza do casal.
Harmonia e Evolução
As alas estavam bem organizadas, com cores chamativas e componentes integrados. A ala das baianas tinham fantasias fossem lindas. Os carros alegóricos que se seguiram mostraram a mistura do sagrado com o profano, com oferendas e padês feitos aos orixás.
A agremiação seguiu com destreza, sem buracos perceptíveis, demonstrando organização e profissionalismo.
Samba
O samba “Ebó, oferenda para os deuses“, criado pelo carnavalesco Júnior Pernambucano, exaltou e valorizou aspectos das religiões afro-brasileiras, especialmente o culto aos orixás. O trecho “Caminhos abrir, recomeçar e juntos seguir. Não há nada maior do Orun ao Ayè do que o saber do Ifá. Gratidão aos divinos odus e a todos os orixás” compartilhou um pouco do saber religioso com o público, e a bateria amplificou essa simbiose entre o divino e a música.
Outros destaques
O carro alegórico, com frutas em referência a oferendas e homenagens prestadas aos orixás, emocionou a todos até os não adeptos da religião, que ficaram tocados com a riqueza de detalhes, claramente pensada com muito amor.
Sétima escola da noite, o Concentra Imperial se apresentou na Intendente Magalhães com o enredo “Quem Me Guia!”, de autoria do carnavalesco Davi Gbanna, que contou sobre a fé em todas as suas vertentes, abrindo os caminhos para a vitória. Com simplicidade e criatividade, a agremiação sonha com o título inédito, que poderá garantir a sua estreia na Marquês de Sapucaí.
Fotos: S1 Comunicação/CARNAVALESCO
Comissão de frente e Mestre-sala e Porta-bandeira
A comissão se apresentou com muita leveza e sincronismo. Vestidos de orixás, transmitiram em suas encenações diante das cabines dos jurados, executando uma boa leitura do enredo.
O casal William e Cássia Maria se apresentaram com muito sincronismo e bailado. Com a dança clássica, transmitiram uma fácil leitura, atendendo à proposta do enredo.
Harmonia e Evolução
Os componentes da escola se apresentaram com um forte canto, em sincronismo com o carro de som e a cadência da bateria, elevando o samba e contagiando o público.
A Comissão de Harmonia, formada por Edmilson, Marcos Nepomuceno e Alessandro Mogin, realizou um trabalho coeso, sem espaçamento entre as alas, deixando a escola compacta. Seu tempo de desfile foi de 39 minutos e 45 segundos.
Samba
Composto por Marcelo Borboleta, Douglas Ramos, Nito de Souza, Burunga, Alan, Renan Diniz, Marcota, Pedro Silva, Alexandre Lima, Naval e Wendel Couto, o samba transmitiu bem a leitura do enredo. Com letra de fácil linguagem e assimilação e com a riqueza melódica, cativou o público através do canto forte da comunidade.
Outros Destaques
A Furacão Imperial, regida pelo mestre Vinicius Ramos, se apresentou com várias bossas criativas, elevando ainda mais o samba, fazendo com que a comunidade cantasse forte e trazendo o público das arquibancadas para o desfile. Foi um show à parte.
Sexta escola da noite, da última terça-feira, a Unidos do Jacarezinho levou para a avenida o enredo “Eureka! E fez-se a luz!”, de autoria do carnavalesco Carlos Eduardo (Cadu), que falou sobre a luz como um elemento de importância para as nossas vidas ao longo da história da humanidade. Com o impacto e o canto forte da comunidade, a agremiação contagiou e emocionou o público presente na Intendente Magalhães, confirmando seu favoritismo ao título da Série Prata, o que poderá garantir seu retorno à Marquês de Sapucaí depois de 12 anos de ausência.
Fotos: S1 Comunicação/CARNAVALESCO
Comissão de frente e Mestre-sala e Porta-bandeira
Comandada pelo coreógrafo Jan Oliveira, a comissão realizou uma apresentação de impacto diante das quatro cabines dos jurados, com uma coreografia que simbolizou a dança dos astros em torno do sol, com muita técnica e sincronismo. Sem erros, a encenação foi perfeita.
O casal Yurii Souza e Débora de Almeida se apresentou com muita leveza e sincronismo, com um bailado clássico e refinado.
Harmonia e Evolução
Os componentes, embalados pelo samba, se apresentaram com canto forte em sincronismo com o carro de som e a cadência da bateria, contagiando seus torcedores e quem estava presente nas arquibancadas.
A harmonia, comandada por Wallace Irani, realizou um desfile com muita técnica, sem espaçamentos entre as alas, praticamente sem erros, dispostos a conquistar a nota máxima. Sem sustos, a escola terminou seu tempo de desfile em 39 minutos e 20 segundos.
Samba
A composição de Neguinho da Beira, Marcelo Poesia, Carlinhos Maciel, Ari Jorge, Hailton Lima, Vinicius Bin Laden, Ricardo Construção e Himalaia transmitiu bem a leitura fácil do enredo. Com linguagem simplificada e melodia rica, casou perfeitamente com a letra. Foram muito felizes.
Outros destaques
Sob a regência do mestre Pelezinho, os ritmistas se apresentaram com várias bossas e nuances que mantiveram o samba sem oscilações, com ritmo alto, contagiando os componentes que fizeram a diferença no desfile da escola, tornando-o grandioso do início ao fim.
A apuração das notas do carnaval 2025 trouxe um drama inesperado para uma das grandes escolas de samba do Grupo Especial, a Imperatriz Leopoldinense. A agremiação perdeu exatamente um décimo em cada uma das notas atribuídas por dois jurados no quesito samba-enredo. A perda uniforme de pontuação chamou atenção e gerou questionamentos nos bastidores do carnaval. Com um samba-enredo elogiado pelo público e bastante aclamado nos ensaios técnicos e no desfile oficial, a expectativa era de uma pontuação máxima. No entanto, os jurados identificaram aspectos que comprometeram a avaliação, como possíveis falhas na melodia do samba e pouca compreensão de trechos durante o desfile.
O julgador Alfredo Del-Penho justificou sua nota 9.9 para o samba-enredo da Imperatriz. “Desponto 0,1 décimo em melodia, pois o samba traz padrões melódicos recorrentes, com notas estruturais similares e assim, mesmo quando há modulação, é gerado pouco contraste entre as partes, fazendo o samba ser alongado. Ex.: “vai começar’, ‘destina seu caminhar’, ‘se tornar fiel’, ‘justiça maior’, ‘da imperatriz’.
Já a julgadora, Ana Paula Fernandes, tirou 0,1 décimo da escola nesse quesito alegando que “o samba possui, letra, melodia e enredo alinhados de forma adequada. No entanto, alguns trechos são pouco compreensíveis devido ao andamento do samba e, ou, entrosamento entre versos e desenhos melódicos. Ex.: ‘Alá, majestoso em branco marfim’, ‘transborda axé no Ibá e na quartinha’, entre outros”.
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A Grande Rio deixou escapar o título do carnaval no quesito bateria. Os dois 9,9, um no segundo e outro no último módulo de julgamento, impediram que a tricolor de Caxias empatasse com a Beija-Flor e comemorasse o seu segundo título. As notas causaram estranheza nos especialistas, já que a bateria de mestre Fafá é uma das melhores do Grupo Especial.
Nas justificativas divulgadas pela Liesa nesta quinta-feira todos vieram a saber os motivos para a perda de um décimo. No segundo módulo de julgamento, Ary Jaime Cohen, alegou “flan”, que no jargão dos ritmistas significa sobra de algum naipe na retomada após nossas.
“Na última convenção apresentada ainda no módulo do julgador no final da bateria com os atabaques, a resposta das caixas sugeriu uma imprecisão com efeito de (flam)”, disse o julgador.
A escola também foi penalizado no último módulo. Para Geiza Carvalho uma falha de sonorização foi a responsável pelo desconto na nota dada. Porém, o manual do julgador é bastante claro quando diz que o jurado deve desconsiderar eventuais falhas sonoras. Veja a explicação da jurada.
“Mestre Fafá, os cuícas soaram baixíssimos na apresentação da Bateria ao módulo 4. – É importante adequar melhor os instrumentos inseridos no arranjo para que a perfeita execução dos eventuais Bossas e Paradinhas possam ser executadas. Não houve projeção sonora do instrumento em questão, por isso já descontada em -0,1”, explicou.
A Grande Rio foi a vice-campeã do Carnaval 2025 com a pontuação de 269,9 pontos.
O carnaval de 2025 se viu iluminado por uma grandiosa homenagem a um dos maiores ícones da música brasileira, Milton Nascimento. O quinto carro alegórico que a Portela levou para a Avenida, “O Altar do Sol”, não apenas desfilou com requinte e beleza, mas também carregou consigo a carga simbólica e emocional da trajetória de um dos maiores nomes da música popular brasileira, celebrado como o “Sol da Portela”.
Com a majestade de um astro que guia os caminhos, o carro alegórico que levava Milton Nascimento na passarela do samba foi comparado ao sol, aquele que ilumina e aquece, que transforma e inspira.
“Para mim, é uma emoção muito grande porque eu cresci ouvindo Milton, sou fã do Milton e, depois, consegui me tornar amiga do Milton. Você ser amiga de um ídolo seu é algo muito emocionante. E acho que o Milton merece todas as homenagens, é um dos maiores artistas da história, e a Portela vem coroar esse grande artista, essa joia brasileira que a gente tem. Eu fico emocionada como fã, como amiga, mas também como brasileira, como cidadã brasileira. É um orgulho poder acompanhar ele, com 82 anos, sendo enaltecido à altura que ele merece”, diz Djamila Ribeiro, escritora brasileira e destaque da alegoria.
Em sua trajetória, Milton Nascimento não se limitou a ser apenas um cantor ou compositor, mas se tornou o próprio símbolo de resistência e da busca por um destino glorioso. No carro alegórico, a imagem do povo andarilho, de quem caminha buscando algo maior, foi reverenciada. Assim como o cantor sempre buscou sua voz, sem jamais se submeter às limitações, o povo da Portela fez do desfile uma celebração de superação e da jornada pelo reconhecimento da arte.
“Você pode ver pelas cores da alegoria, pode observar pelas crianças, pelos convidados que aqui estão presentes, que isso vai demonstrar justamente a ideia do carnavalesco dentro do enredo. A gente quer demonstrar a travessia até o caminho do sol com girassóis, com as crianças, com os altares e tudo mais. E os próprios elementos dos Anjos Negros são a demonstração dessa travessia”, declara Samuel, de 44 anos, diretor da alegoria.
A última alegoria da procissão portelense, que contou a saga do povo que marchou até seu ídolo, apresenta seu grande homenageado em seu trono. As referências se misturam entre o barroco mineiro, as fitas e as bandeiras dos folguedos do interior, que também são inspiração para a musicalidade de Bituca.
“A minha emoção é única, porque a Portela é uma grande escola de samba e acho que fizeram a melhor escolha do mundo. Escolher Milton Nascimento, que é um dos maiores da nossa música brasileira, me deixa honrado de fazer parte desse momento histórico. Um grande momento para a música brasileira e, enfim, para a escola de samba Portela também. Eu estou aqui neste momento, e para mim é uma honra. Estou muito emocionado”, declarou Mestrinho, destaque do carro alegórico.
A cantora Agnes Nunes também esteve presente na alegoria e finaliza destacando que foi um momento de grande emoção. “Para mim, é muita honra, sim, porque estar ao lado de uma das figuras mais icônicas da nossa música e cultura brasileira é, de fato, uma grande alegria. Estou muito feliz, muito animada e me sentindo muito honrada de estar ao lado de gente tão talentosa e incrível, e ao lado do Bituca, nosso ícone.”
A Viradouro não tirou uma única nota 10 no quesito enredo no Carnaval 2025. Os descontos resultaram na perda de três décimos o que contribuiu sobremaneira para que a escola alcançasse apenas o 4º lugar. De acordo com os jurados posicionados nas quatro cabines de julgamento, a ausência de setorização do enredo e a ausência de clareza na defesa do tema foram as principais responsáveis pelas notas baixas da vermelho e branco.
Marcelo Filgureira em sua justificativa alegou que a ausência de setorização do desfile foi responsável pela punição. Segundo ele a escola optou por apresentações teatralizadas ao invés de alegorias para marcar a mudança de capitulo do enredo.
“Despontua-se a escola em 1 décimo em realização por certa dificuldade para entendimento de parte do argumento proposto, muito em virtude da opção de não setorização do desfile. Quando se opta por não utilizar os carros alegóricos como abertura e fechamento de setores do enredo, faz-se necessária a substituição por escolha que passe a ideia de que a história tem novo ‘capítulo’ a partir dali. Ao se utilizar de performances teatralizadas para que haja entendimento buscado, é primordial assistir a toda a apresentação. “(…) Apresentações dos grupos performáticos 1 e 2 – a escola estava passando de forma acelerada e muito compacta pelo módulo 4, prejudicando o entendimento da apresentação. É fundamental de que ali se inicie um novo setor. Gostaria de ressaltar o primoroso trabalho de pesquisa que baseou a bela concepção do enredo. Concepção: 5,0 – Realização: 4,9”, detalhou.
Jhonny Soares apontou que a narrativa do enredo focou demasiadamente na dimensão espiritual do homenageado, deixando de esclarecer sua importância histórica e real como líder quilombola. Isso resultou na perda de um décimo na nota de concepção.
“Concepção: Retira-se 1 décimo devido à dificuldade de compreensão da existência humana da figura central do enredo: João Batista – o Malunguinho. A narrativa concentra-se excessivamente na dimensão mística do homenageado, sem esclarecer adequadamente a identidade do personagem histórico do século XIX. Dessa forma, a condição terrena de João Batista, considerado o último dos malungos do Quilombo do Catucá, não é bem elucidada, restrita apenas à abertura, enquanto os aspectos espirituais (a tirada dos mundos) são priorizados, impedindo que o caráter real e terreno do segundo maior líder quilombola do Brasil seja de fato, coincidentemente, enpontuado. A compreensão da relevância histórica do personagem é diluída, reduzindo o potencial educativo do tema. Realização: 5,0”, elucidou.
Arthur Nunes Gomes tirou 0,1 ponto devido à falta de clareza na narrativa do enredo, segundo ele. A crítica principal é a dificuldade de distinguir os diferentes mundos retratados no desfile, especialmente na parte final, o que impactou a compreensão da proposta.
“Concepção: 4,9; Desconta-se 0,1 pela falta de clareza e coesão no recorte e na roteirização apresentados no desenvolvimento do enredo. Não fica claro, em algumas passagens, qual dos três mundos em que se manifesta o personagem central da narrativa está sendo representado. Esse problema fica mais evidente na última parte do cortejo. Na fantasia da ala da Bacamas (16), da personagem de chão que a antecede, e das alas 19 e 21, são retomados argumentos e signos que remontam aos dois mundos anteriores. Essa incerteza contribui sobremaneira para a dificuldade da plena compreensão, em desfile, do que se pretendia comunicar. Realização: 5,0”, explicou.