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Beija-Flor declara luto oficial por Laíla: ‘deixa uma legião de admiradores que o viram revolucionar o espetáculo da Sapucaí’

“Com tristeza e pesar, a Beija-Flor de Nilópolis informa aos sambistas e à sociedade nilopolitana e fluminense a morte de seu ex-diretor de Carnaval Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, o Laíla, aos 78 anos, nesta sexta-feira, 18. Acometido pela Covid-19, ele estava internado desde sábado, 12, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Israelita Albert Sabin, na Tijuca, Zona Norte.

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Foto: Eduardo Hollanda

Laíla havia recebido as duas doses do imunizante contra o coronavírus ao longo do primeiro semestre deste ano, após meses de isolamento em casa se protegendo da doença. Ainda assim, acabou infectado e não resistiu às complicações da infecção. Além da própria família, sua grande paixão além do Carnaval, Laíla deixa uma legião de admiradores que o viram revolucionar o espetáculo da Marquês de Sapucaí ao longo de mais de 50 anos de trabalho.

Na Beija-Flor, onde permanecerá eternamente na memória de cada componente, Laíla atuou por quase três décadas — a dedicação ocorreu em três passagens diferentes: entre 1975 e 1980, 1987 e 1992 e, por fim, 1994 e 2018. No período mais recente e duradouro, o laço se manteve por 23 anos e somou oito vitórias da Deusa da Passarela com Laíla comandando a brilhante Comissão de Carnaval que transformou em arte enredos célebres como “Manaus, Amazônia, Terra Santa (…)”, de 2004; “Áfricas (…)”, de 2007 e “A simplicidade de um Rei”, de 2011.

A perda de Laíla coloca em luto oficial, por tempo indeterminado, toda a família Beija-Flor (aqui representada pelo presidente de honra Anísio Abraão David e o presidente Almir Reis), ao mesmo tempo em que mobiliza toda a comunidade carnavalesca, já tão impactada com outras partidas significativas em meio à pandemia.

Conhecido pela genialidade e a personalidade forte, Laíla carregou consigo o mérito de ter transformado os desfiles da Beija-Flor em um “rolo compressor” capaz de cruzar a Avenida sem perder décimos em praticamente todos os quesitos, principalmente os “de chão” (Harmonia e Evolução, intimamente ligados ao canto e a dança). Também merecem destaque o luxo e a suntuosidade das alegorias e fantasias que deixaram o barracão da Beija-Flor rumo ao estrelato diante de milhares de foliões.

Os resultados foram reflexo de uma equipe que Laíla reuniu e manteve firme Carnaval após Carnaval, sempre com o apaixonado coração azul e branco trabalhando em prol do melhor para a Beija-Flor. Mesmo fora da azul e branca nas duas últimas temporadas de desfile, Laíla permaneceu querido por todas as pessoas que compõem a instituição. Despediu-se, em 2018, em meio à gratidão do povo de Nilópolis. Agora, chega à eternidade embalado da mesma maneira.

Além da Beija-Flor, Laíla também despertou admiração por outras escolas onde passou. Foi o caso de Salgueiro (onde iniciou a carreira, em 1960); Unidos da Tijuca (para onde retornou em 2019); Vila Isabel; Grande Rio e União da Ilha. Foi convidado a trabalhar no Carnaval de São Paulo pela Unidos do Peruche e pela Águia de Ouro. Encarou todos esses desafios sem nunca pensar em abandonar a festa mais popular do Brasil.

A Beija-Flor agradece a todas essas agremiações, e suas outras coirmãs, pelo carinho com que trataram Laíla ao longo dos anos e por encontrarem nele uma referência sobre as melhores maneiras de se colocar um Carnaval na rua.

Em seu retorno à Passarela do Samba ao fim da pandemia, quando for possível desfilar em segurança, a Beija-Flor estará com Laíla no coração e em pensamento. Os ensinamentos do mestre guiarão cada passo do futuro nilopolitano.

Uma pessoa de fé, sempre fiel à própria religião, Laíla será recebido pela espiritualidade com luz e preces dos torcedores da Beija-Flor em todo o país. Assistirá, de onde quer que esteja, à continuidade de seu legado na festa profana que o santificou.

A mesma Beija-Flor que lamenta a perda de Laíla é a Beija-Flor que celebrará, para sempre, a vida de seu eterno dirigente.

Nossa solidariedade à mulher de Laíla, Marli, seus filhos e toda a família. Que o carinho das multidões por Laíla possa acalmar o coração de cada um.

Obrigado, mestre Laíla. Até um dia”.

Neguinho da Beija-Flor: ‘Laíla, melhor diretor de carnaval de todos os tempos’

O intérprete Neguinho da Beija-Flor fez uma publicação em suas redes sociais sobre o falecimento de Laíla. Veja abaixo:

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Foto: Arquivo pessoal

“Vai ficar a saudade daquele que foi meu primeiro produtor musical, no início da minha carreira, no Cordão da Bola Preta, meu amigo durante 50 anos da minha vida!! Personalidade fortíssima, excelente profissional e amigo de todas as horas!! Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, o “Laíla, melhor diretor de carnaval de todos os tempos!! Que Deus o tenha, meu amigo!!”

O dia é de luto para o mundo do carnaval. Após o falecimento de mestre Mug, a Rádio Tupi informou a morte de Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, o Laíla, de 78 anos, que estava internado no Hospital Israelita Albert Sabin, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele estava com Covid-19 e sofreu uma parada cardíaca na manhã desta sexta-feira e não resistiu. O diretor morreu por volta das 11h30

Gênio genioso: Laíla colecionou admiradores, desafetos e polêmicas

Que Laíla foi um gênio da cultura popular e personagem fundamental na construção da identidade do desfile das escolas de samba não resta margem para dúvida. Mas como todo gênio, sua personalidade era forte e por isso o sambista, na mesma medida que espalhou admiração, despertou controvérsias e criou desafetos.

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Foto: site CARNAVALESCO

A mais famosa polêmica envolvendo Laíla ainda é carregada de mistérios. Em 1989 a Beija-Flor chocou o mundo com um desfile arrebatador, ‘Ratos e Urubus, larguem a minha fantasia’. A escola tinha a intenção de levar o Cristo Redentor travestido de mendigo. A arquidiocese entrou na justiça e a imagem foi proibida de desfilar. A solução foi genial: cobrir a escultura com um plástico preto e a inscrição: ‘Mesmo proibido olhai por nós’. A ideia teria sido de Joãozinho Trinta, carnavalesco da escola. Anos depois Laíla pleteou a autoria da frase. A única pessoa capaz de responder quem é o verdadeiro criador da frase nunca se manifestou: Anísio Abraão David.

Laíla sempre demonstrou muita firmeza em seus posicionamentos, o que despertava em muitas pessoas a equivocada ideia de que o sambista tinha pouca educação. Recentemente, em mais um arroubo típico de sua personalidade, Laíla acusou o presidente da Unidos da Tijuca, Fernando Horta, de estar atuando para manipular jurados. Isso aconteceu após o Carnaval 2016, onde a Beija-Flor terminou na 6ª colocação. Horta reagiu e processou Laíla. Felizmente algum tempo depois eles se entenderam e Laíla voltou a trabalhar na Tijuca no Carnaval 2019.

Apesar de ser uma espécie de líder comunitário para os nilopolitanos, Laíla não deixou somente amigos na Beija-Flor. Durante mais de duas décadas na escola, muitas pessoas reclamavam de sua intransigência em muitos momentos. A saída de Laíla da escola, após o título de 2018, não foi pacífica e o diretor de carnaval nunca mais voltou a pisar na escola, depois de deixar a agremiação discordando dos rumos que o departamento de carnaval queria dar à escola.

Laíla tinha um conhecimento profundo de todos os processos que envolvem um desfile de escola de samba. Sua vivência valia muito mais que qualquer passagem acadêmica. Por isso suas inovações eram muitas vezes vistas como necessidades de abastecer o próprio ego, o que muitas vezes se provou equivocado. Como em 2002, quando Laíla levou o casal de mestre-sala e porta-bandeira para a parte inicial da escola. Hoje em dia, nenhum casal desfila mais à frente da bateria, como no passado.

Salgueiro e demais escolas de samba prestam homenagens para Laíla

O Salgueiro, escola do coração de Luiz Fernando do Carmo, o Laíla, que faleceu na manhã desta sexta-feira, prestou homenagem para o maior diretor de carnaval da história. Além da Academia do Samba, outras agremiações também publicaram homenagens. Veja abaixo.

Salgueiro:


Que dia triste para o samba! Após a partida de mestre Mug, outro grande professor nos deixa. Laíla, a família salgueirense te agradece por absolutamente tudo o que você fez por nós e pelo carnaval. Nossa reverência hoje e sempre.

Beija-Flor:

“A Beija-Flor declara luto oficial por Laíla. Que o nosso eterno griô e ex-diretor de Carnaval, descanse em paz. Gratidão!”.

Unidos da Tijuca:

Mangueira:

Viradouro:


“A presidência da Unidos do Viradouro, em nome de toda a diretoria e comunidade da escola, lamenta a perda, nesta sexta-feira, de Laíla, um dos mais importantes profissionais do Carnaval carioca. Em mais de 50 anos dedicados à festa, teve passagens marcantes em várias escolas, como Salgueiro, onde começou a carreira. Na Beija-Flor, como diretor-geral de harmonia ou comandante da comissão de carnaval, participou dos 14 campeonatos da azul e branco. Toda nossa solidariedade à família por está grande perda”.

Grande Rio:


O Acadêmicos do Grande Rio está de luto pelo falecimento de Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, o Laíla. Ele foi nosso Diretor de Carnaval em 1993 e 1994, sendo um dos criadores da ala de casais de mestre-sala e porta-bandeira mirins, tradição que reavivamos no último Carnaval.

Mocidade:

“Hoje o Mundo do Samba também perdeu o querido Laíla, grande ícone da história do carnaval, um dos maiores contribuintes para a nossa cultura. Estamos muito consternados e estendemos esse sentimento aos amigos e familiares. Descanse em paz, mestre Laíla! A Mocidade te agradece pelos serviços prestados ao Carnaval!”

Imperatriz:


“O diretor de carnaval, multicampeão do carnaval, Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, conhecido como Laíla, morreu, na manhã desta sexta-feira (18), no Rio de Janeiro. A Imperatriz Leopoldinense, através da Presidente Catia Drumond e toda diretoria, se solidariza aos familiares, amigos e a todo mundo do samba. Laíla, seu legado se mantém vivo. Descanse em paz”.

União da Ilha:

“O presidente Ney Filardi e toda direção da União da Ilha lamenta profundamente o falecimento nesta sexta-feira, do Diretor de Carnaval, Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, o Laíla. No Carnaval de 2020, ele passou por nossa escola e deixou seus ensinamentos.
Que Deus conforte seus familiares e amigos neste momento tão triste. O mundo do samba está de luto”.

Império Serrano:


“Com imenso pesar que o Império Serrano recebeu a notícia do falecimento de Laíla, aos 78 anos, personagem que eternizou o seu nome na história do carnaval brasileiro.
Estendemos os nossos sentimentos a todos os familiares, amigos e admiradores do seu trabalho. Obrigado, mestre!”

Unidos de Padre Miguel

São Clemente:

Secretaria de Estado de Cultura do Rio

Mocidade Alegre

Vigário Geral

Águia de Ouro

Gabriel David sobre Laíla: ‘maior sambista que eu já conheci’

Diretor de marketing da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Gabriel David, filho de Anísio Abraão David, e ex-conselheiro da Beija-Flor de Nilópolis, fez uma publicação nas redes sociais sobre o falecimento de Laíla. Veja abaixo:

gabriel laila

“Ao maior sambista que eu já conheci, o meu muito obrigado. Seu legado e sua historia serão eternos. Amigo, conselheiro, humano, um verdadeiro gênio… me faltam palavras para te descrever e agradecer. Sei que de onde você estiver vai estar olhando pela gente. Hoje eu perdi um grande amigo. Um dos caras mais importantes da minha vida”, disse Gabriel David.

O dia é de luto para o mundo do carnaval. Após o falecimento de mestre Mug, a Rádio Tupi informou a morte de Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, o Laíla, de 78 anos, que estava internado no Hospital Israelita Albert Sabin, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele estava com Covid-19 e sofreu uma parada cardíaca na manhã desta sexta-feira e não resistiu. O diretor morreu por volta das 11h30.

Leia mais:

Governador do Rio sobre Laíla: ‘Deixa um legado histórico’

Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro, fez uma publicação em suas redes sociais sobre o falecimento de Laíla, o maior diretor de carnaval da história das escolas de samba. Confira abaixo o texto.

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“A comunidade do carnaval está de luto. Luiz Fernando do Carmo, o Laíla, não resistiu à COVID-19. Deixa um legado histórico e uma gratidão indescritível a quem faz o carnaval. Vá em Paz, Mestre. Aos familiares e amigos desejo força e superação na alegria que ele inspirava”.

O dia é de luto para o mundo do carnaval. Após o falecimento de mestre Mug, a Rádio Tupi informou a morte de Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, o Laíla, de 78 anos, que estava internado no Hospital Israelita Albert Sabin, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele estava com Covid-19 e sofreu uma parada cardíaca na manhã desta sexta-feira e não resistiu. O diretor morreu por volta das 11h30.

LEIA MAIS ABAIXO:

Editorial: ‘Morte de Laíla representa o fim de uma era para a cultura carioca’

Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, o Laíla, foi uma das personalidades mais importante da história dos desfiles de escola de samba. Não é possível contar a história da maior festa popular brasileira sem citar o sambista, nascido e criado no morro do Salgueiro. Todas as inovações e mudanças significativas no que tange o aspecto musical dos desfiles tiveram em Laíla ou testemunha ou criador de tais novidades. * Laíla, gênio e griô do carnaval

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O sambista iniciou sua trajetória na escola de seu coração, o Acadêmicos do Salgueiro. Laíla foi um dos artífices da chamada revolução salgueirense, que mudou os rumos dos desfiles no início dos anos 60. Trabalharam com o sambista nomes da envergadura de Fernando Pamplona, Joãozinho Trinta, Maria Augusta, Renato Lage e Rosa Magalhães.

O destaque atingido no Salgueiro chamou a atenção de todos no mundo do samba. Em meados dos anos 70 Laíla participou de outra revolução que mudou os rumos da folia. Em 1976 foi para a Beija-Flor de Nilópolis, ao lado de Joãozinho Trinta. A dupla foi responsável pelo primeiro tricampeonato da agremiação. Apesar de sua intrínseca relação com o Salgueiro, foi em Nilópolis que Laíla criou sua maior identificação com uma escola de samba. Entre idas e vindas foram mais de 25 anos dedicados à uma das comunidades mais intensas dos desfiles.

A morte de Laíla representa o fim de uma era para a cultura carioca. Além de sua passagem por agremiações que ajudaram a contar a história do carnaval, o mestre foi o responsável por produzir o álbum oficial dos sambas-enredos nos últimos 50 anos. Jamais um disco ou CD foi produzido no Grupo Especial sem a gerência do griô. Laíla deixa um legado de uma vida inteira dedicada às escolas de samba.

Morre Laíla, gênio e griô do carnaval

O dia é de luto para o mundo do carnaval. Após o falecimento de mestre Mug, a Rádio Tupi informou a morte de Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, o Laíla, de 78 anos, que estava internado no Hospital Israelita Albert Sabin, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele estava com Covid-19 e sofreu uma parada cardíaca na manhã desta sexta-feira e não resistiu. O diretor morreu por volta das 11h30. * Editorial: ‘Morte de Laíla representa o fim de uma era para a cultura carioca’

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O diretor de campeão campeão em diversos carnavais com a Beija-Flor de Nilópolis também teve passagens na Unidos da Tijuca, Vila Isabel e União da Ilha, que foi sua última agremiação no Carnaval de 2020. O início foi no Salgueiro. * Gabriel David sobre Laíla: ‘maior sambista que eu já conheci’

Em fevereiro de 2021, ao site Metrópoles, Laíla falou sobre a Covid-19.

“As entidades onde trato minha vida espiritual falaram e, não foi só para mim, que viria uma doença para abalar o mundo. E muita gente não acreditou. Veio para mostrar que o ser humano está indo além do seu limite com a ambição. O país não tem trabalho, educação, os caras roubam descaradamente e continuam aí. O povo do morro vive sem saneamento”.

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Luto no samba! Morre mestre Mug, comandante da bateria da Vila Isabel por mais de 30 anos

O dia está mais triste para os apaixonados por carnaval. Faleceu Amadeu Amaral, o mestre Mug, que por mais de 30 anos comandou a bateria da Vila Isabel. O sambista estava internado desde 12 de março no Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE), em Vila Isabel, Zona Norte do Rio de Janeiro.

mug

Mug, presidente de honra da bateria da Vila Isabel, foi internado para tratar uma hérnia de disco na cervical e na lombar. Durante a internação, ele contraiu uma bactéria no pulmão. Em setembro de 2020, o mestre chegou a vencer a Covid-19 e falou ao sair do hospital.

“Eu venci a Covid1-19! Que felicidade poder ir para casa. Agradeço a minha família, a todos os meus fiéis amigos que samba me deu, vocês nunca me abandonam. Obrigado por todas as orações, pensamentos positivos, inúmeras mensagens e ligações. O mestre voltou, obrigado meu Deus!”.

Depoimentos de sambistas sobre Mug para o Departamento Cultural da Vila Isabel.

Décio Bastos, ex-diretor de Harmonia da Vila
“Ele é amigo, parceiro, grande mestre, parceiro, competente. Minha relação com ele transcende o samba. Me recebeu muito bem, antes de 1988. Dentro do samba, a gente sempre teve relação boa com a bateria. Fizemos vários carnavais”.

Ruça, ex-presidente da Vila Isabel
“Eu queria muito que a Vila Isabel revelasse seus valores e componentes. Tinha um bateria, um ser fantástico, que a gente chamava de Mug. A gente sabia que ele tinha condição de ser um mestre de bateria”.

Gera, intérprete de Kizomba em 1988
“O Mug tem muita relação com minha história na escola. Ganhamos Kizomba com ele como diretor. A gente era muito entrosado. A gente se olhava e sabia o tom e andamento. Uma pessoa maravilhosa. Tenho muito orgulho de falar dele e ter participado do carnaval de 88 com ele”.

Paes revela que a Prefeitura do Rio está perto de assinar o contrato do Carnaval 2022 com a Liesa

Após receber a primeira dose da vacina conta a Covid-19, na manhã desta quinta-feira, na quadra da Portela, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, respondeu a pergunta do site CARNAVALESCO sobre a assinatura do contrato do Carnaval 2022 com a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa).

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Paes e Tia Surica com o mascote da Filhos da Águia. Foto: Alberto João/Site CARNAVALESCO

“Está muito perto de assinar o contrato com a Liga Independente das Escolas de Samba do Carnaval do Rio de Janeiro (Liesa). Já acertamos os dados finais de contrato, está passando pela Procuradoria do município agora, e em breve, vamos assinar esse contrato”, disse o prefeito.

Paes reafirmou seu compromisso em ajudar as escolas de samba do Rio de Janeiro.

“Vamos ajudar as escolas de samba do carnaval carioca, vamos ajudar o Grupo Especial, o Grupo de Acesso, a Liga mirim. É importante pra cidade ter o carnaval em 2022. As coisas caminhando como estão caminhando, vamos fazer o maior carnaval da história”.

O presidente da Portela, Luis Carlos Magalhães, esteve presente na quadra e celebrou não só a vacinação do prefeito na quadra, como a expectativa para que o carnaval de 2022 aconteça.

“A importância é a Portela estar de cabeça no pior momento da história desse país. Recebemos a informação da chegada de mais mil cestas. Batendo recordes em cima de recordes de vacinação. O prefeito é uma autoridade e é portelense. A presença dele aqui traz muita esperança. A tendência agora é correr com o cronograma e cresce a expectativa pelo nosso carnaval”, disse o presidente ao CARNAVALESCO.