A terça-feira foi dia de reunião na quadra da União da Ilha com o time que irá para avenida no próximo carnaval. Sob a coordenação do presidente Ney Filardi, o intérprete oficial Ito Melodia, os carnavalescos Cahê Rodrigues e Severo Luzardo, o casal de coreógrafos da comissão de frente, Priscila Motta e Rodrigo Negri, e o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Danielle Nascimento e Marlon Flôres, os mestres de bateria Keko Araújo e Marcelo Santos, os diretores de Carnaval Wilsinho Alves e Dudu Azevedo, o diretor de barracão, Luiz Carlos, o presidente da Ala dos Compositores, Joelson Souza e o gerente de marketing/comercial, Mauricio Filardi participaram do encontro.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, publicou em suas redes sociais, na manhã desta terça-feira, que desconhece a proposta de um evento-teste no Sambódromo, em novembro de 2021. A informação do projeto foi divulgada pela coluna Radar, da Revista Veja, e confirmada pelo site CARNAVALESCO.
Segundo nossa apuração, o encontro seria uma espécie de lavagem da Avenida, em novembro, com cada agremiação do Grupo Especial do Rio de Janeiro levando um tripé e 80 fantasias.
O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Perlingeiro, explicou para CNN o projeto.
“O Leandro Viera, carnavalesco da Mangueira, montou um projeto através da Secretaria de Cultura e o prefeito está interessado. Vamos preparar uma escola de samba montada pelos próprios funcionários dos barracões. Eles vão ter uma renda voltada para eles. Foi uma maneira que a gente encontrou de remunerar. Cada escola vai montar baianas, comissão de frente. Serão mais de mil componentes”, disse Jorge Perlingeiro.
O diretor de carnaval da Beija-Flor de Nilópolis, Dudu Azevedo, revelou ao site CARNAVALESCO que foi autorizado que os compositores que ainda seguem na disputa da azul e branco possam alterar suas composições para o enredo “Empretecer o Pensamento é Ouvir a Voz da Beija-Flor”.
Foto: Eduardo Hollanda
“Nós liberamos que os compositores façam alterações porque entendemos que o enredo é um debate até o carnaval. Mexe muito com o sentimento. Neste período, a gente fechou toda parte plástica e a defesa do enredo. Percebemos que existe um sentimento que podemos alcançar nos sambas. Não entregamos nenhum documento novo para eles. Só pedimos para eles desenvolverem um sentimento que a defesa do enredo está trazendo. Não tem limite para mudança, os compositores é que decidem e o Neguinho da Beija-Flor vai regravar essas obras”, disse o diretor.
Dudu Azevedo revelou como está o processo de disputa de samba-enredo na Beija-Flor.
“Paramos com dez sambas. Lançamos em fevereiro. Vamos retomar fazendo eliminatórias, a partir do dia 8 de julho, e vamos fazendo os cortes. Aí, teremos três sambas até o fim de agosto para a grande final. Ficaremos aguardando a decisão da Liesa”.
O diretor da Beija-Flor contou ainda que a escola está focada no planejamento perfeito para o desfile do ano que vem.
“A gente fez toda estrutura do carnaval. Desenhamos, defendemos o enredo e buscamos cotação dos materiais. Nossa pegada é deixar o carnaval bem estruturado no planejamento. Assim, quando estiver tudo liberado vamos começar a execução dos trabalho”.
A Prefeitura do Rio estuda com a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) a realização de uma espécie de evento-teste, no mês de novembro, no Sambódromo da Marquês de Sapucaí. A informação foi divulgada primeiro na coluna Radar, da Revista Veja, e confirmada pelo site CARNAVALESCO.
Paes anunciou a antecipação do calendário de vacinação – Beth Santos/Prefeitura do Rio
Segundo nossa apuração, a proposta do prefeito Eduardo Paes é que cada agremiação faça um tripé e 80 fantasias. As escolas de samba do Grupo Especial já estão cientes da ideia do prefeito.
Vacinação com a 1ª dose até agosto
Na sexta-feira, o prefeito Eduardo Paes deu duas boas notícias à população carioca. Primeiro, que o calendário de vacinação por faixa etária vai ser bastante antecipado, com todas as pessoas de 18 anos ou mais imunizadas com a primeira dose até 31 de agosto. Pelo cronograma anterior, esta etapa só terminaria no dia 21 de outubro. E, segundo, que a vacinação dos adolescentes, de 12 a 17 anos, será realizada entre os dias 1º e 15 de setembro.
“A primeira boa notícia é que vamos terminar a vacinação de todos os cariocas acima de 18 anos um mês e 21 dias antes do que tínhamos previsto. Nos meses de julho e agosto, tem a previsão da chegada de muitas vacinas, o que vai nos permitir acelerar quase um dia para cada idade”, afirmou Paes, ao lado do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e do secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
O prefeito agradeceu, reiteradas vezes, ao Ministério da Saúde pela regularização do fluxo de chegada das vacinas ao Rio. Esse foi o principal motivo para que o município pudesse antecipar a vacinação e chegar aos adolescentes.
“Queremos ser a primeira cidade brasileira a anunciar, já para o mês de setembro, a vacinação dos nossos adolescentes. A nossa angústia é fazer com que esse processo se acelere para salvar vidas. E com esse imunizante chegando, vamos ter carnaval em 2022, com a possibilidade de voltar a receber bem os outros, de nos abraçar, comemorar e celebrar. Isso para nós, cariocas, é muito importante”, declarou o prefeito.
Desde 31 de maio, quando começou a vacinar o amplo público, a cidade do Rio já contemplou cariocas de 50 anos ou mais – idade convocada nesta sexta-feira (18/06) -, sendo uma das capitais brasileiras com a campanha de vacinação por idade mais avançada. Esta semana, o município alcançou a marca de metade da população adulta protegida com a primeira dose da vacina: 2.659.145. A meta é chegar aos 90% no final de agosto, número estimado em 5.279.803 pessoas.
Além da aceleração da aplicação da primeira dose (D1), outra frente de atuação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) tem sido a busca ativa por pessoas que não retornaram no prazo para tomar a segunda dose (D2) da vacina. Atualmente, no município do Rio há 79 mil pessoas que descumpriram a data prevista para a D2, o que representa 4% dos que já atingiram esse prazo. É fundamental que a população não perca a data de retorno (anotada a lápis no comprovante da D1), pois somente com o esquema vacinal completo, de duas doses, é possível garantir a eficácia da imunização. Quem estiver com a D2 em atraso deve retornar ao local de vacinação onde tomou a D1, o quanto antes, para completar a proteção contra a Covid-19.
A SMS disponibiliza 280 pontos de vacinação em toda a cidade, funcionando de segunda-feira a sábado, para facilitar o acesso da população à vacina. A lista desses pontos, seus horários de funcionamento, o calendário de vacinação e mais informações sobre grupos prioritários, documentos, etc. estão disponíveis em coronavirus.rio/vacina e nas redes sociais da SMS. Neste sábado (19/06), haverá repescagem da vacinação para pessoas com deficiências, trabalhadores da saúde e para quem tiver 50 anos ou mais.
A Grande Rio promove, no próximo dia de 28 de junho, o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, entrada gratuita para todos em seus tours virtuais do Carnaval Experience, projeto turístico que fomenta o trabalho social da escola mirim Pimpolhos da Grande Rio.
Foto: Divulgação
As visitas turísticas aos bastidores do Carnaval da Grande Rio vêm acontecendo de maneira remota desde maio de 2020, devido à pandemia do Coronavírus. Normalmente, a fábrica de alegorias da agremiação, na Cidade do Samba, recebe cerca de 50 mil turistas anualmente que querem conhecer como o maior espetáculo da Terra é produzido. Mas o interesse pela festa não diminuiu com a pandemia: os tours virtuais já contaram com milhares de visitantes de diferentes localidades do mundo, como EUA, Alemanha, Irlanda, França, Japão, China, Argélia, Israel, Filipinas, Austrália e Brasil.
A realização da ação promocional neste dia tem um objetivo muito claro, conforme destaca Akiva Postaman, diretor do Carnaval Experience: “Nós sempre trabalhamos com o viés da inclusão em todas as nossas ações, porque acreditamos no potencial da escola de samba como transformadora da realidade social. O Dia do Orgulho LGBTQIA+ tem como objetivo levantar a bandeira do respeito a todas as formas de amor e nós consideramos fundamental que a sociedade entenda cada vez mais esse recado”.
Com mais de 10 anos de experiência, o Carnaval Experience oferece experiências carnavalescas inovadoras de alto padrão em formato de tours, oficinas, teambuilding, desfiles, eventos e shows durante o ano todo.
No dia 28 de junho, os tours acontecerão em diversos horários, alguns em português e outros em inglês, conforme agenda que divulgada tanto nas redes sociais do projeto Carnaval Experience (carnaval_experience) quanto na página do evento: https://www.airbnb.com.br/experiences/2213367.
Para grupos fechados ou atendimentos particulares, basta entrar em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (21) 97953-4140 (também Whatsapp).
A quadra da Portela é um sucesso como posto de vacinação da Covid-19. A prova é que no fim de semana o espaço bateu a marca de 10 mil pessoas vacinadas. O vice-presidente portelense, Fábio Pavão, falou com o CARNAVALESCO sobre o número.
“É um número marcante bater 10 mil pessoas vacinadas. A gente já contava que a quadra viraria esse sucesso de vacinação. As escolas de samba já exercem essa função social. O lugar é estratégico para região. Além disso, tem muito portelenses que vem de fora do bairro para se vacinarem aqui. A Portela tinha que assumir esse papel importante e fico feliz que tenha dado certo”.
Fábio Pavão também citou que torcedores de outras escolas de samba estão se vacinando na quadra da Portela. Além do espaço, a quadra da Mocidade, o Sambódromo e o Cacique de Ramos são lugares procurados pelos sambistas.
“Temos percebidos pessoas de outras escolas vindo aqui tomar a vacina. É como se tivesse valorizando a identidade de sambista. Independente da bandeira, todos os sambistas precisam estar unidos para vacinação avançar e saímos disso tudo o mais rápido possível”.
O vice-presidente portelense revelou o que pensa a escola sobre o cronograma para 2022.
“Temos que ter a segurança sanitária. A perspectiva a médio prazo é bem positiva. O processo de realização de eventos é lento, mas tem início quando a vacinação atinge determinado patamar e estamos chegando nesta etapa. Hoje, o poder público já liberou, mas seria incoerente fazer algo ainda com muitos casos. Estamos acompanhando e a média de mortes tendo um número menor poderemos fazer os eventos. Espero que seja possível a partir de agosto. O carnaval esperamos a antecipação de recursos para julho. Estamos elaborando os protótipos e aguardamos a posição da Liesa sobre a escolha do samba. Os trabalhadores do carnaval precisam trabalhar no barracão e seguindo todos os protocolos”.
A Mangueira definiu que o compositor Hélio Turco é o novo presidente de honra da escola. Ele entra no lugar de Nelson Sargento, que faleceu no fim de maio. Ao todo, Turco venceu 16 vezes o concurso de sambas-enredo na Mangueira, fora duas outras vitórias na Mangueira do Amanhã, o que o colocam como o recordista de vitórias em concursos de sambas-enredo na Verde e Rosa. Ele é sócio benemérito da Mangueira, de onde nunca se mudou.
Sua carreira de compositor somente se iniciou depois de ter entrado quase por acaso na Ala dos Compositores da Escola de Samba Mangueira. Em 1957, esperava o amigo Jurandir durante uma reunião da Ala dos Compositores da escola, que então passava por uma crise e precisava formar uma diretoria. Por falta de quórum foi indicado pelo amigo para integrar a ala, embora até então não tivesse composto. Sua primeira composição apareceu em 1958, o samba “Decaída” . No mesmo ano participou de seu primeiro concurso de samba-enredo. Em 1959, ganhou pela primeira vez o concurso de sambas-enredo com “Brasil através dos tempos”, parceria com Pelado e Cícero, com a Mangueira chegando em terceiro lugar no desfile.
Em 1960, tornou a vencer o concurso com o samba “Carnaval de todos os tempos”, parceria com Pelado e Cícero, com a escola tornando-se campeã do carnaval daquele ano. Em 1961, veio o bicampeonato com “Recordações do Rio Antigo”. Perdeu a disputa em 1962, mas voltou a vencer nos três anos seguintes com “Exaltação à Bahia”, “História de um preto velho” e “Rio através dos séculos”.
Em 1967, a Mangueira foi campeã do carnaval com “O mundo encantado de Monteiro Lobato”. Em 1968, voltou a vencer o concurso de sambas-enredos e a Mangueira obteve o bicampeonato com “Samba, festa de um povo”, parceria com Darcy, Batista e Dico. Em 1969, tornou a vencer o concurso com “Mercadores e suas tradições”, com Darcy e Jurandir, feito que tornaria a ocorrer em 1971 com “Modernos bandeirantes”, com a mesma dupla de parceiros.
Em 1984, voltou a vencer um concurso de sambas-enredo após 13 anos de afastamento, com “Yes, nós temos Braguinha”, com o qual a Mangueira conquistou o carnaval daquele ano, o primeiro do Sambódromo. Em 1985, nova vitória no concurso para escolher o samba-enredo, dessa feita com Jurandir e Darcy no samba-enredo “Ô abram alas, que eu quero passar”, com o qual a escola verde e rosa chegou em sétimo lugar.
Em 1988, compôs com Jurandir e Alvinho o samba-enredo com o qual a Mangueira foi vice-campeã, “Cem de abolição: realidade ou ilusão?”, cujo refrão foi escolhido como o melhor da história dos sambas-enredo. Venceu ainda os concursos de 1990, 1991 e 1992.
Compôs também batucadas, marchas-rancho e sambas de quadra. Entre seus principais parceiros estão Fernando Lima, Alvinho e Jurandir. Em 1992, recebeu do Museu do Carnaval o diploma de destaque de compositor de sambas-enredo.
Nos anos 1990, começou a afastar-se das disputas de samba enredo por discordar de uma série de imposições colocadas aos compositores. Passou então a compor para escolas de samba de fora do Rio de Janeiro e também para bandas, como a do Novo Leblon. Em 2000, teve o samba “Yes, nós temos Braguinha”, escolhido por júri popular em concurso promovido pelo “Jornal dos Sports” e Rádio FM 94 como o melhor do século.
Numa iniciativa para que o Terreirão do Samba seja reaberto e passe a funcionar permanentemente, produzindo samba durante todo o ano, a Prefeitura do Rio, por meio da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (CDURP), com coordenação da Riotur, está lançando um chamamento público para o desenvolvimento de estudos de viabilidade econômica e financeira em uma modelagem cultural, turística e comercial do local.
Foto: Rafael Catarcione/Riotur
A ideia, num modelo de Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), é licitar a concessão da gestão do equipamento público de 13.600 m2 — o equivalente a quase dois campos de futebol — buscando investimentos privados para a sua revitalização e requalificação. O edital de chamamento dos interessados, que poderão ser pessoas físicas, profissionais liberais, empresas e organizações sem fins lucrativos, foi publicado no Diário Oficial da Prefeitura do Rio desta segunda-feira, dia 21.
Os interessados poderão se habilitar e apresentar suas ideias e conceitos inovadores no prazo de 30 dias. Uma comissão multidisciplinar de avaliação das propostas definirá, após análise, o estudo que mais se enquadra nas premissas e parâmetros estabelecidos no Edital do PMI. Assim, a comissão escolherá aquele que realizará os estudos num prazo de 90 dias.
“É um processo em que os interessados apresentam estudos completos para o melhor uso do espaço público. Até o fim do ano a Prefeitura deve ter o modelo de Concessão definido para seguir com o processo licitatório“, projeta Gustavo Guerrante, presidente da Cdurp.
A realização e aprovação das propostas deverá balizar a licitação para a gestão do tradicional espaço carioca inaugurado em fevereiro de 1991 e situado à Rua Benedito Hipólito, nº 66, no Centro, a poucos metros do Sambódromo da Marquês de Sapucaí. A Riotur quer a modernização do equipamento através de uma gestão profissional e eficiente, usufruindo a expertise de grandes empresas de entretenimento e eventos que o Rio de Janeiro e o Brasil possuem.
Para isso, obrigatoriamente 60% da programação anual do novo Terreirão do Samba deverão ser dedicadas ao samba e suas diferentes vertentes e matrizes. Além disso, durante o período de Carnaval, toda a programação deverá ser exclusivamente dedicada ao samba.
Entende-se por período de carnaval o compreendido entre os 25 dias antes da sexta-feira de Carnaval, passando pela semana dos desfiles das escolas de samba no Sambódromo, e os oito dias posteriores ao Desfile das Campeãs, no sábado após o Carnaval. Todo o planejamento, programação e produção artística deste período carnavalesco deverá ser decidido mutuamente com a Riotur.
“Vamos devolver esse equipamento incrível para a cidade com samba o ano inteiro, valorizando a região e trazendo um novo espaço para o turismo e para a gastronomia, movendo a economia e gerando trabalho. A volta do Terreirão do Samba é para ser comemorada!”, celebra a presidente da Riotur, Daniela Maia.
O Acadêmicos do Salgueiro está lançando, em parceria com a multiplataforma Carnavalize, o catálogo em formato de livro da exposição virtual “Sal60: uma revolução em vermelho, branco e negro”. O projeto celebra os 60 anos do período conhecido como “Revolução Salgueirense”, que marcou para sempre a história da cultura carioca e da arte brasileira, e reúne artistas e estudiosos interessados em investigar o assunto, por meio de textos e obras visuais.
Foto: Divulgação
O período da “Revolução Salgueirense” promoveu uma série de mudanças artísticas no carnaval carioca, com enredos de temática negra e uma nova estética, em contato com vários movimentos artísticos e culturais para além dos desfiles das escolas de samba. Após realizar um desfile sobre Debret em 1959, o carnaval de 1960 do Salgueiro foi um marco de virada definitiva da estética e das narrativas carnavalescas. Na ocasião, junto com Arlindo Rodrigues e Newton Sá, Fernanda Pamplona assinou “Quilombo dos Palmares”, garantindo o primeiro título da história da Academia do Samba. Estendido até 1971, o período contou com desfiles que mudariam para sempre a maior forma de expressão cultural e artística do país: os desfiles das escolas de samba.
Reunindo textos de mais de vinte pesquisadores sobre carnaval, os quatro capítulos são divididos em três partes diferentes. Primeiro, são apresentados crônicas dos desfiles apresentados pelo Salgueiro no período, com um rico relato sobre os bastidores de cada apresentação. Depois, são apresentados os personagens de cada apresentação, biografando carnavalescos e dançarinos, contando com nomes tais quais Fernando Pamplona, Arlindo Rodrigues, Isabel Valença, Paula do Salgueiro, Nelson de Andrade, Djalma Sabiá e Mercedes Baptista. Fechando cada capítulo, estão as intituladas “Reflexões”, que convidam nomes como Luiz Antonio Simas, Helena Theodoro, Fábio Fabato, Leonardo Bruno, Mauro Cordeiro e outros autores para repensar diversos aspectos dos desfiles, além de atualizar e lançar um olhar contemporâneo para os personagens abordados nos enredos do período, como Zumbi dos Palmares, Xica da Silva e Chico Rei.
Todo esse material vasto de pesquisa e texto é ricamente ilustrado com a obra de mais de 60 artistas convidados. São pinturas e fotografias de artistas como Adriana Varejão e Ayrson Heráclito que se juntam a croquis e fantasias de Rosa Magalhães e Leandro Vieira para pensar os enredos abordados pelo Salgueiro. A seleção de nomes mistura ainda artistas como Dalton Paula, Mulambö, Cibelle Arcanjo, Jefferson Medeiros e Mônica Ventura a artistas do universo do carnaval, como Jorge Silveira, Alex de Souza, Mauro Quintaes, Leonardo Bora e Gabriel Haddad. Além deles, juntam-se ao time os jovens talentos do universo das escolas de samba, promovendo, assim, um encontro de várias gerações distintas em torno da importância do tema.
Segundo o curador do projeto, Leonardo Antan, a reunião de um time tão diverso e amplo de pesquisadores e artistas mostra a importância do período: “A Revolução Salgueirense é um capítulo fundamental da História da Arte e da cultura brasileira do século XX, pois ela junta artistas de universos diferentes em único objetivo. De nomes das Belas Artes a sambistas e dançarinos, todos tiveram papel fundamental para transformar as escolas de samba num grande espetáculo da cidade durante o carnaval. É por isso que o Salgueiro foi de fato revolucionário”, resume o curador.
Toda a iniciativa de construção de memória e registro desse período está alinhada com a proposta do projeto multiplataforma Carnavalize, que atua por eventos, textos, vídeos e podcasts com a missão de valorizar e resgatar a trajetória do carnaval. O livro integra o selo Carnavalize, que já conta com outras cinco publicações, e tem 356 páginas coloridas. Ele está à venda na lojinha do Carnavalize.
Comprando na pré-venda até dia 21 de junho, além do seu exemplar, você ganha ainda um bloquinho e um cartaz exclusivo de brinde.