Início Site Página 11

Minidesfiles Rio Carnaval 2026: apresentações técnicas e fortes com as candidatas brilhando na Cidade do Samba

0

As três noites de minidesfiles do Grupo Especial na Cidade do Samba deram o pontapé inicial para o Carnaval 2026, com apresentações marcadas por técnica, emoção e forte participação da comunidade. Brilharam comissões de frente criativas, casais de mestre-sala e porta-bandeira talentosos e baterias impecáveis, mostrando que o pré-carnaval de 2026 já está sendo memorável. Veja abaixo a análise escola por escola.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

ACADÊMICOS DE NITERÓI: O samba-enredo, como esperado, rendeu muito com os componentes e o público cantando junto com a escola. Dois destaques foram o intérprete Emerson Dias pela atuação no canto (harmonia) e com toda sua energia impulsionando a evolução da comunidade, além da porta-bandeira Thainara, que vem tendo exibições cheias de talento e vigor na dança. Como o presidente Wallace Palhares falou no discurso: “a escola não vai fazer feio” e realmente não fez. Uma estreia digna de quem pisa pela primeira vez no Grupo Especial.

IMPERATRIZ: Impressionante! Nada supera o trabalho! A Verde e Branco calou todos os críticos. O samba tão criticado, pós-escolha, funciona e não somente isso, consegue ser cantado não com “raiva”, mas com amor e devoção. O componente gresilense é um ser feliz. A escola possui muitos ingredientes para brigar no topo, ou seja, é impossível não esperar que lute e muito pelo título. O intérprete Pitty de Menezes e o mestre Lolo são pilares do sucesso. Porém, não apenas eles. O casal Phelipe e Rafaela mostrou porque é um dos melhores do grupo, a comissão de frente traz o talento de Patrick Carvalho. Enfim, é só se jogar na festa.

PORTELA: Vivendo uma nova fase, após a eleição do presidente Junior Escafura, a Portela fez um grande minidesfile. O samba, como na rua, aconteceu demais entre os componentes. A obra é muito boa e conta com uma dupla muito afiada: o intérprete Zé Paulo e o mestre Vitinho. Ótima estreia dos coreógrafos Claudia Mota e Edifranc no comando da comissão de frente. O portelense começa a deixar de sonhar e ter certeza que 2026 será muito, muito, muito, diferente dos anos anteriores.

MANGUEIRA: Escola repleta de quesitos fortes é a Estação Primeira de Mangueira. Como falado pelo CARNAVALESCO, o intérprete Dowglas Diniz está voando e conduziu com maestria o canto da Verde e Rosa, que possui a melhor ala musical do Grupo Especial, com os diretores Vitor Art e Digão. Excelência no ritmo tem nome é a “Tem que respeitar meu tamborim”, dos mestres Rodrigo Explosão e Taranta Neto. Outras duplas de sucesso da Mangueira são os coreógrafos Lucas e Karina, na comissão de frente, e o casal Matheus e Cintya. A comissão fez, sem dúvida, uma das melhores apresentações das três noites de minidesfiles. Já o mestre-sala e a porta-bandeira conseguem unir muita categoria na dança e energia. Mérito da escola, através do comando do diretor Dudu Azevedo, foi ter apresentado uma evolução com os componentes mais soltos.

MOCIDADE: Apresentação marcada por leveza, musicalidade e alegria, mostrando que o astral da escola está renovado, mas mantendo os pilares que a sustentam nos últimos anos. O ritmo “Não Existe Mais Quente”, de mestre Dudu, foi fundamental para evidenciar canto e irreverência, enquanto o intérprete Igor Vianna brilhou no carro de som, acompanhado de vozes femininas que deram contraste e sofisticação à apresentação. A comissão de frente, comandada por Marcelo Misailidis, encantou ao representar vampiros e roqueiros com sensualidade e criatividade. Diogo Jesus e Bruna Santos, mestre-sala e porta-bandeira, equilibraram vigor e delicadeza, incorporando coreografias que dialogaram com o enredo de forma irreverente. A evolução da escola se destacou pela fluidez, organização e espontaneidade.

BEIJA-FLOR: A Beija-Flor, atual campeã do Grupo Especial do Rio de Janeiro, levou à Cidade do Samba uma apresentação marcada por empolgação, organização e força cultural, celebrando o enredo “Bembé”. A comissão de frente, coreografada por Jorge Teixeira e Saulo Finelon, encantou com sincronismo e impacto visual, especialmente no tripé de flores secas e nas alas que evoluíram no chão. O casal Claudinho e Selminha Sorriso destacou-se pelo bailado seguro e elegante. A escola evoluiu com fluidez, mesmo com muitas alas coreografadas. O samba, considerado um dos melhores da safra, arrebatou o público com refrões marcantes e a performance entrosada de Nino e Jéssica, além da bateria dos mestres Rodney e Plínio. Lutará e muito pelo bicampeonato.

VIRADOURO: Dona dos quesitos. Essa é a Vermelho e Branco de Niterói. Exibição de gala da Viradouro. Sem dúvida, a mais bonita das três noites. É preciso sempre frisar que mestre Ciça ser enredo é uma das histórias mais bonitas da história da Marquês de Sapucaí. Carrega técnica e emoção. A escola apresentou componentes muito bem fantasiados e maquiados, com materiais de alta qualidade, e um excelente entrosamento entre bateria e carro de som, comandado por Wander Pires. A comissão de frente, comandada por Priscila Motta e Rodrigo Negri, destacou-se com figurino criativo e teve grande interação com o público. Julinho e Rute Alves, mestre-sala e porta-bandeira, exibiram o espetáculo da verdadeira técnica apurada. A Viradouro entregou um minidesfile de grande qualidade, equilibrando emoção, precisão e carisma. Quer o topo, mais uma vez.

UNIDOS DA TIJUCA: A Unidos da Tijuca encerrou a segunda noite de minidesfiles com uma apresentação marcada por energia, confiança e organização, mostrando sinais de retomada do nível que a escola atingiu até meados da década passada. O enredo sobre Carolina Maria de Jesus foi explorado com força em alas coreografadas que traduziram a luta e a garra da homenageada, enquanto a comissão de frente, comandada por Ariadne Lax e Bruna Lopes, impressionou pela teatralidade e impacto. O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Matheus André e Lucinha Nobre, apresentou um bailado equilibrado entre tradição e coreografias inovadoras. A evolução da escola ganhou ritmo e fluidez à medida que a apresentação avançava. Canto potente de um dos melhores sambas do ano. Desempenho consistente e no mais alto nível da “Pura Cadência”, do mestre Casagrande.

PARAÍSO DO TUIUTI: Impecável! Apresentação marcada pela leveza e comunicação intensa com o público. A escola mostrou que atingiu a maturidade técnica com quesitos fortes. A comissão de frente, comandada por David Lima, encantou com coreografia ritualística e figurinos afro, fez uma excelente estreia. casal de mestre-sala e porta-bandeira, Vinícius Antunes e Rebeca Tito, apresentou bailado tradicional com movimentos ágeis e sintonia exemplar, incorporando passos que remetem a danças latinas, combinando suavidade e vigor. O intérprete Pixulé brilhou no carro de som, conduzindo o canto da comunidade com energia, enquanto a bateria de mestre Marcão manteve o ritmo com paradinhas estratégicas e bossas criativas, garantindo interação com o público. A evolução da escola foi fluida e organizada, com componentes soltos, cantando e celebrando o samba, tornando o minidesfile uma apresentação vibrante, envolvente e bem-sucedida. Sem dúvida, uma das melhores dos três dias.

VILA ISABEL: A Vila Isabel apresentou um minidesfile arrebatador na Cidade do Samba, mostrando que chega ao Carnaval 2026 como uma das fortes candidatas ao título. O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Raphael Rodrigues e Dandara Ventapane, encantou com coreografia sedutora, técnica apurada e momentos de tirar o fôlego. O samba-enredo, conduzido magistralmente por Tinga, destacou-se sendo cantado em perfeita sintonia pela comunidade e pelo carro de som. A evolução foi coesa e fluida e a bateria de mestre Macaco Branco garantiu ritmo e energia desde a abertura. A Vila Isabel entregou uma apresentaçãoequilibrando musicalidade, técnica, emoção e espetáculo, deixando claro que está de volta ao seu melhor nível.

GRANDE RIO: Excelência no ritmo e na harmonia. A escola de Duque de Caxias não se empolga por coisa pouca. Ela mantém sua identidade musical. Não se perde!. Destaques foram a comissão de frente, casal de mestre-sala e porta-bandeira, bateria e evolução. A comissão, coreografada por Beth e Hélio Bejani, impressionou com movimentos dinâmicos, trocas de posição, e teatralidade, garantindo sincronia e impacto visual. Daniel e Taciana defenderam o pavilhão com elegância, leveza e segurança, mostrando refinamento típico de um dos principais casais do carnaval carioca. A evolução foi constante e bem ritmada. O canto da escola se manteve correto e harmônico, apoiado pelo carro de som de Evandro Malandro, enquanto a bateria de mestre Fafá apresentou um desempenho sólido, com bossas pontuais e destaque para o refrão central. A Grande Rio entregou um minidesfile competente e bem estruturado, combinando musicalidade, técnica e estética, apesar da apresentação não ter sido explosiva. Ah… e Virgina Fonseca. Sinceramente? Não é quesito, não acrescenta e nem prejudica ao que mais interessa que é a avaliação dos julgadores. Fora isso, a escola que sabe a dor e a delícia de ser o que é.

SALGUEIRO: Encerrou com chave de ouro. A Academia do Samba volta a sonhar. Será que agora vai, salgueirenses? Aqui, sempre defendi o samba de 2026, porque sei que tem poesia, tem melodia e conta com craques, como o intérprete igor, sua equipe do carro de som, o diretor Alemão do Cavao e os mestres Guilherme e Gustavo. Posso cravar, sem medo de errar, que foi uma das melhores das três noites. A comissão de frente, coreografada por Paulo Pinna, destacou-se pela coreografia divertida e figurino muito bonito. O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Sidclei e Marcella, exibiu bailado seguro e elegante, com movimentos precisos e figurinos belíssimos, reafirmando seu padrão de excelência. Evolução digna de manual, com dinamismo e interação. Foi uma passagem memorável e de alto nível para fechar o fim de semana de minidesfiles.

Protagonismo e arte! Giovanna Paglia na linha de frente da bateria da Portela

0

Em 102 anos de sua gigantesca história, a Portela teve apenas duas mulheres como diretoras de algum naipe em sua bateria. Um cargo majoritariamente masculino, mesmo com um número significativo de mulheres ritmistas, uma barreira ainda existente. Mas suplantada por algumas mulheres corajosas, valentes e talentosas, como Giovanna Paglia. Mineira de Ituiutaba, patinadora artística na adolescência, onde seu corpo começou a desenvolver um lado artístico e rítmico, radicada em Brasília, lugar onde conheceu e se apaixonou pelo xequerê, ela se define como nômade, descobrindo e vivenciando diferentes locais, experiências que também a enriquecem como musicista e ritmista. Criadora do Agbelas, importante movimento de percussão afro-brasileira, agora experimenta, pela primeira vez, a sensação de tocar e comandar ritmistas em uma escola de samba. Mais um desafio para quem se permite tanto experienciar o que a vida lhe entrega.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

giopaglia
Foto; Luiz Gustavo/CARNAVALESCO

“Já em Brasília, fui a uma oficina de blocos de vários ritmos, com diferentes instrumentos. O professor me deu o xequerê e me disse para eu copiar minha colega. Como assim eu aprenderia simplesmente copiando alguém? Isso mexeu com minha veia educacional, que sempre tive, e me deu vontade de fazer as pessoas aprenderem a tocar o instrumento diferente de como me foi ensinado. Então passei a querer aprofundar no fundamento, na mágica da cabaça, no que isso representa para além da beleza do instrumento que vai na frente. Aí entrei nesse mergulho de querer ensinar, pois, antes mesmo de me reconhecer como artista, eu sou arte-educadora. Quando o xequerê chegou à minha mão, eu queria ensinar; só há dois anos rolou a virada de chave de, além de professora, me enxergar como ritmista, musicista e sambista”, declarou Giovanna, que, como diretora dos xequerês da Tabajara do Samba, exercerá esse lado educador, comandando uma ala com dez mulheres, formando a primeira fila da bateria, uma posição nobre.

O desejo de ensinar foi o maior impulsionamento para a criação do movimento Agbelas, surgido em 2019. O projeto visa não só ensinar a prática do instrumento, mas também falar de sua história, sua ancestralidade e todo o seu significado. Atualmente, o projeto conta com cerca de 3.000 alunas em todo o mundo, em aulas presenciais e online. Uma iniciativa que ensina não apenas as inscritas, mas também a própria Giovanna. “O Agbelas me ensinou a escutar, silenciar e escutar a mim mesma antes de tudo, aquela voz interna que muitas vezes a gente não quer ouvir, mas, principalmente, escutar o coletivo. Quando trabalhamos com muitas mulheres juntas, lidamos com inúmeras feridas, traumas, muitas faltas. A Agbelas, antes de ser um movimento educacional, é um espaço de acolhimento, é um grande movimento. Vejo nosso projeto como um portal de entrada para muitas mulheres se conectarem com a arte, um lugar onde elas se sentem passíveis de transformação. Tenho várias alunas que seguiram outras vertentes artísticas: flautista, perna de pau, maquiadora, saxofonista, dançarina; temos uma menina que virou artesã do nosso ateliê e faz xequerê para o mundo inteiro, e essa transformação também ocorreu comigo, que, quando percebi, estava me transformando em luthier, cantora, dançarina, maestrina — tudo surgiu a partir dessa vivência”, afirma.

Nos últimos anos, o movimento ganhou notoriedade ao participar de apresentações com nomes importantes da música, como Margareth Menezes, Luiz Caldas e Carlinhos Brown, que se tornou padrinho do grupo. Esse impulso certamente contribuiu para o convite que Giovanna recebeu para ser diretora da Portela, mas ela já tinha iniciado uma tentativa de tocar no Carnaval carioca, e antes da azul e branco quase se tornou ritmista da Mangueira.

“Honrando minha vida nômade, decidi vir para o Rio de Janeiro e me aproximar do universo das escolas de samba. O conceito de escola de samba e sua comunidade me chamaram de alguma forma, e ver minhas amigas do xequerê brilhando na Mangueira me permitiu estar mais perto dessa realidade. Em novembro do ano passado fui à quadra, participei de um ensaio e confirmei que era realmente isso que eu queria. Ensaiei outra vez, porém não foram abertas novas vagas para a ala e fiquei de fora. Cheguei a pensar em voltar para Salvador ou ir para Recife, mas um grande amigo que fundou o naipe de xequerês da Mangueira me avisou que a Portela estava abrindo a ala do instrumento. Compareci à quadra e entrei no naipe; pouco tempo depois recebi o convite para comandar essas ritmistas”.

Dirigir um naipe em uma das escolas mais tradicionais do varnaval é uma grande honra e responsabilidade. Ser a terceira mulher a alcançar o feito em mais de um século de história tem uma representatividade imensa.

“Estar na linha de frente regendo dez mulheres, carregando um útero na mão, que é a cabaça, é uma honra que não tem tamanho. Uma responsabilidade gigantesca, um trabalho árduo, mas quando o mestre Vitinho me disse que a bateria precisava deste trabalho, eu não hesitei em contribuir para a Portela, para a Tabajara do Samba. Ter tocado no minidesfile foi maravilhoso. Eu, que sou amante de tocar este instrumento, no desfile não estarei tocando, estarei de costas, cumprindo uma missão. Às vezes, pensar nisso assusta, mas o trabalho com o Vitinho está sendo bacana, ele escuta muito. Hoje já estreie a emoção, o nervosismo; agora é deixar aflorar o restante das emoções e cumprir essa missão tão bonita”, ressaltou uma vibrante Giovanna.

Se depender da energia e da entrega dela ao xequerê, a Portela virá ainda mais carregada no dendê.

Brahma lança coleção de latinhas para o Carnaval 2026 em ação especial na Cidade do Samba

0

A noite de minidesfile do Grupo Especial, na última sexta-feira, marcou mais do que apenas a prévia do que as escolas de samba levarão para a Sapucaí em 2026. Logo na entrada da Cidade do Samba, o público era recebido por um túnel gigante formado por latinhas enormes da Brahma, pois, para acessar o evento, era preciso passar por dentro dele. A ação, montada especialmente para os três dias de programação, serviu para anunciar uma das grandes novidades da noite: o lançamento do novo design das latinhas oficiais da marca para o Carnaval 2026.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

latinhas brahma4
Fotos: Carolina Freitas/CARNAVALESCO

A coleção, que faz parte da parceria entre Brahma e Rio Carnaval, chega ao terceiro ano homenageando um dos maiores símbolos das escolas de samba: o casal de mestre-sala e porta-bandeira. A gerente de Marketing da Ambev, Renata Pimenfel, explicou que a ideia surgiu da vontade de inovar, mantendo o carinho do público pelas latinhas temáticas.

“Nós temos uma parceria com o Rio Carnaval e estamos indo para o nosso terceiro ano. Desde o primeiro, a forma de homenagear as escolas foi através da nossa lata. Agora, pensamos: o que podemos fazer de diferente? Resolvemos homenagear o mestre-sala e a porta-bandeira, que carregam o símbolo mais importante da escola, que é o pavilhão. A ideia para o design foi trazer novos elementos das escolas para continuar fazendo essa homenagem”.

latinhas brahma
Gerente de Marketing da Ambev, Renata Pimenfel

O resultado, segundo Renata, superou as expectativas. “O balanço é superpositivo. O Carnaval é uma paixão cultural gigantesca, e o brasileiro pulsa muito por esse momento. É um período de muita felicidade para o nosso povo, e poder colocar isso em uma das nossas marcas é superespecial. A gente fica muito feliz de representar as escolas e o carnaval através da latinha de Brahma. Não sei nem colocar em números, mas é mega positivo”.

As novas latas começam a chegar ao grande público já em dezembro. “Vamos começar a vender nos mercados também, nos grandes e nos menores. Todo mundo vai conseguir encontrar as latinhas de Brahma, além das quadras”, confirmou a gerente.

Para o presidente da Liesa, Gabriel David, a iniciativa reforça uma parceria que transformou o carnaval atualmente.

latinhas brahma2

“A parceria com a Ambev é fundamental, mudou a história do carnaval há três anos. Estamos indo para o próximo ano desse contrato, que é muito importante para as escolas. Fico feliz de ter ajudado a construir e espero que dure por muito, muito tempo. Todos os sambistas se identificam com a Brahma. Fico feliz de a Ambev estar entendendo cada vez mais o macroambiente do carnaval, investindo não só na Liesa, mas também nos sambistas e artistas que fazem a festa acontecer. E hoje, em um dia como esse, ver que todos os contratados da ação são sambistas é muito legal”.

A novidade também animou colecionadores, como a enfermeira Viviane Freitas, 42 anos, moradora de Padre Miguel e torcedora apaixonada da Mocidade. Ela contou que guarda suas latinhas com carinho desde que ganhou as primeiras de presente.

latinhas brahma5

“Eu ganhei as minhas latinhas de um amigo que conseguiu para mim nos ensaios técnicos. Ele me deu de presente a da Mocidade e a da Beija-Flor. Eu fiquei muito feliz porque sou nascida em Nilópolis, mas meu coração foi para Padre Miguel, onde criei raízes após me mudar para lá por amor. Esse presente tem um apego emocional muito grande”.

Empolgada com a coleção, Viviane criou até um grupo para troca de latinhas. “Estou guardando as que tenho e fiz um grupo para todo mundo que tiver latinhas e quiser doar ou trocar as repetidas. Pode ser de qualquer lugar, até de fora da cidade”.

Ela também torce para que a ação cresça. “Eu queria latinhas do Grupo de Acesso também. A Série Ouro tem ótimas escolas que lutam muito para estar no Carnaval. Todas são merecedoras, porque, para chegar até aqui, é necessária muita garra. Um espacinho para cada uma seria gratificante”.

O bibliotecário Guilherme Costa, 31, morador de Niterói, também aprovou a iniciativa, especialmente pelo vínculo visual com as escolas.

latinhas brahma6

“Legal essa iniciativa, pois aproxima a marca e as escolas de samba. Conecta de outra forma, além do álcool e da celebração, criando uma identidade visual que tem aderência com a escola do coração. Já vi da Imperatriz, da Mangueira no mercado, nos ensaios de rua. Sempre vende bastante”.

Sobre o design deste ano, Guilherme achou familiar, mas ainda assim bonito. “Achei bacana. Não vi muita diferença do ano passado, mas achei tão bonita quanto. Eu bebo muito pouco, mas pretendo comprar para colecionar”.

latinhas brahma3

Com o túnel de latinhas gigantes fazendo sucesso nas redes sociais e milhares de pessoas passando por ele nos três dias de Minidesfile, a apresentação das novas embalagens virou parte da festa e reforçou o papel da marca dentro do carnaval carioca. Para além da estética, a coleção 2026 reafirma o que Renata, Gabriel e os foliões destacam: a Brahma tem encontrado, nas latinhas, uma forma de celebrar a identidade das escolas e aproximar ainda mais o público dessa paixão nacional que é o carnaval do Rio.

Liga Carnaval SP e Radar Records apresentam álbum oficial “Sambas-Enredo Carnaval SP 2026”

0

A Liga Carnaval SP em parceria com a Radar Records, unem suas forças e abrem alas para mais um grande espetáculo com o lançamento do álbum oficial “Sambas Enredo Carnaval SP 2026”. O álbum reúne os sambas oficiais das escolas dos Grupos Especial, Acesso e Acesso II. A coletânea traduz a diversidade, a criatividade e a emoção que marcam a preparação para os desfiles no Sambódromo do Anhembi, destacando temas que exaltam a história, a ancestralidade, a cultura e as vozes das comunidades sambistas.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

capa albumsp
Foto: Divulgação

Entre as faixas, ganha brilho especial o samba da Rosas de Ouro, atual campeã do Carnaval paulistano, que retorna com força total apresentando o enredo “Escrito nas Estrelas”. A agremiação do bairro da Freguesia do Ó, na Zona Norte do estado, mergulha no universo, na astrologia e no encanto dos astros para construir um enredo cósmico, poético e profundamente emocionante.

“Sambas Enredo Carnaval SP 2026” é mais do que uma coletânea: é um registro da alma do samba paulistano e o convite perfeito para sentir, desde já, o calor da avenida.

O álbum já está disponível na principais plataformas de música como Spotify, Deezer, Amazon Music, entre outras.

Com abordagem própria, Camisa Verde e Branco revela identidade de seu enredo sobre Exu

0

O Camisa Verde e Branco realizou no último sábado sua feijoada com a apresentação dos pilotos para o Carnaval 2026. A escola já vinha ensaiando com foco no próximo desfile, mas esta festa marcou o primeiro grande evento após a retomada das atividades da agremiação. O encontro, feito na quadra da agremiação, contou com diversas atrações, incluindo a participação da coirmã Barroca Zona Sul. Depois da apresentação da ala musical do Trevo, ocorreram homenagens feitas pela presidente Érica Ferro e pelo vice-presidente João Victor Ferro. Em seguida, chegou o momento mais esperado: a revelação das fantasias. Enquanto o carnavalesco Guilherme Estevão explicava a concepção e o significado das vestimentas, elas eram exibidas no palco.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

O Carnaval 2026 representa um grande desafio para o Camisa Verde e Branco. O barracão foi reaberto recentemente, pois as atividades estavam suspensas devido a imbróglios judiciais. Com isso, tanto o galpão quanto a quadra permaneceram fechados, impossibilitando o trabalho da equipe. O CARNAVALESCO conversou com Guilherme Estevão, artista responsável pelo desfile do Camisa Verde e Branco no próximo ano. Com o enredo “Abre Caminhos”, o Trevo da Barra Funda irá fechar os desfiles do Grupo Especial, sendo a última escola do sábado.

Respeito com a comunidade

estevao camisa
Fotos: Gustavo Lima/CARNAVALESCO

Segundo o artista, a escola se mobilizou para demonstrar maior respeito aos componentes e apresentar como o trabalho vem sendo realizado no barracão. Um tempo recorde foi estipulado para a produção das fantasias. “Foi um carinho a mais com a comunidade. passamos por toda essa turbulência para conseguir iniciar o trabalho. Havia muitas dúvidas no ar e precisávamos mostrar que o trabalho está sendo feito e bem feito. Esta festa marca a retomada da feijoada do Camisa e também serve para mostrar um pouco do que estamos produzindo. Foi um piloto construído em menos de um mês, em tempo recorde. A escola se organizou em projeto, equipe de ateliê e busca de fornecedores. É importante apresentar à comunidade como as fantasias estão sendo confeccionadas. Era uma resposta que precisávamos dar, um gesto de carinho de forma geral”, afirmou.

Apesar dos percalços, o trabalho segue firme

camisa proto26 2

Guilherme explicou o processo de criação e afirmou que, mesmo com a interrupção das atividades, o desenvolvimento do tema continuou no projeto estético, na sinopse e no samba-enredo. “Executamos o projeto desde abril. Não conseguíamos avançar na execução das fantasias e dos carros porque não podíamos acessar o barracão, mas sabíamos que, assim que isso acontecesse, precisaríamos iniciar tudo com rapidez. A sinopse foi construída desde abril, acompanhamos os compositores no samba-enredo e desenvolvemos fantasias e alegorias. O projeto estético precisou ser ajustado ao tempo disponível para este carnaval. É fazer o melhor dentro dessa nova realidade. Se não tivéssemos começado antes, hoje não conseguiríamos entregar o que estamos realizando”, disse.

União para o sucesso

O carnavalesco afirma que tem recebido total suporte da diretoria e que todos caminham juntos, já que o enredo nasce de uma promessa da presidente Érica Ferro. “O enredo é uma promessa da presidente. Era um desejo dela e da diretoria. Eles me propuseram o desafio e, desde o início, me deram o suporte necessário. As dificuldades vão além do tempo: há a questão do material, da mão de obra e dos custos. A diretoria está se desdobrando para fazermos o melhor dentro dessa realidade. O processo reúne inteligência administrativa e criação estética. Tudo precisa caminhar junto e eu não avanço sem ter todos ao meu lado. A escola inteira está andando na mesma direção”, declarou.
Enredo sobre Exu: uma abordagem diferente.

camisa proto26 1

Nos últimos anos, quando se fala em Exu na avenida, o desfile da Grande Rio de 2022 se tornou referência. Porém, segundo Guilherme, a proposta do Camisa Verde e Branco segue outro caminho. “Não vamos fazer o Exu da Grande Rio. Aquele desfile foi uma obra de arte. São enredos diferentes. Embora o orixá seja o mesmo, as abordagens são distintas. Nosso objetivo é mostrar os caminhos de energia de Exu e como ele está presente na nossa vida, abrindo caminhos para o povo brasileiro e para o Camisa Verde e Branco. Também há a questão do tempo: Exu encerrou o carnaval de São Paulo e abrirá o próximo. Exu representa continuidade e transformação. Enquanto o caos estava instaurado, conseguimos organizar. Essa é a mensagem dele. Estamos realizando um pré-carnaval carregado da energia de Exu, e por isso o enredo não poderia ser outro”, comentou.

Uma nova experiência profissional

Guilherme Estevão fala sobre sua estreia como carnavalesco solo no carnaval paulistano e diz que deseja corresponder às expectativas.

“É minha estreia como carnavalesco sozinho em São Paulo. Já havia desenhado para outras escolas e participado da produção, mas nunca colocado carnaval na rua assinando sozinho. Está sendo uma oportunidade incrível. Sempre brinco que, no meu caminho, ou trabalho com escolas jovens ou com as matriarcas, como foi com a Mangueira, agora com o Camisa e com a Império da Tijuca. É um grande desafio coordenar uma escola desse porte e definir sua estética e projeto artístico. O trabalho é intenso e cansativo, até porque também atuo na União do Parque Acari, no Rio de Janeiro, mas tem sido produtivo e prazeroso. Espero corresponder à expectativa da comunidade, da presidência e do público de São Paulo e do carnaval em geral. Sei que muitos estão curiosos para ver o que vamos apresentar, e estamos trabalhando diariamente para entregar um grande desfile”, concluiu.

Veja imagens das fantasias

camisa proto26 14 camisa proto26 13 camisa proto26 12 camisa proto26 11 camisa proto26 10 camisa proto26 9 camisa proto26 3 camisa proto26 4 camisa proto26 5 camisa proto26 6 camisa proto26 7 camisa proto26 8

Exposição no minidesfile do Grupo Especial celebra legado de Rosa Magalhães, Maria Augusta e Márcia Lage

0

Na noite da última sexta-feira, enquanto as escolas Acadêmicos de Niterói, Imperatriz Leopoldinense, Portela e Mangueira percorriam a Cidade do Samba na primeira noite de minidesfiles do Grupo Especial, um outro espetáculo chamava a atenção do público: a exposição criada pelo Departamento Cultural da Liesa em homenagem às carnavalescas Rosa Magalhães, Maria Augusta e Márcia Lage. Idealizada por Evelyn Bastos, rainha de bateria da Mangueira e diretora cultural da Liga, a mostra reuniu fotos, textos e memórias de desfiles emblemáticos assinados por essas três referências do carnaval.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

Evelyn Bastos, que esteve presente para desfilar e acompanhou a movimentação do público, destacou o propósito emocional e histórico da homenagem.

“Quis trazer nossas três estrelas carnavalescas, mulheres revolucionárias, que tiveram a oportunidade de estar no carnaval da forma que elas quiseram, utilizando a arte, a magia e o dom. Trouxemos Rosa Magalhães, Maria Augusta e Márcia Lage de uma forma poética, mas também mostrando curiosidades e eternizando todos os seus carnavais, a história e o legado de cada uma. Dessa forma, provamos o quanto é importante ter mulheres em todos os lugares. A história das três é eterna, e que passemos isso de geração a geração. Que as crianças saibam quem são essas grandes estrelas que deixam um marco extremamente importante e mágico para nós”.

Para o presidente da Liesa, Gabriel David, a exposição representa um novo passo no fortalecimento do departamento cultural da Liga.

gabriel david
Fotos: Carolina Freitas/CARNAVALESCO

“É uma das maiores exposições do nosso Departamento Cultural. Já vínhamos fazendo isso em outros eventos, e agora entra todo o time da Evelyn trabalhando e mostrando algo muito significativo para nós. Fico muito feliz que possamos também utilizar a Cidade do Samba como um espaço para relembrar, homenagear e agradecer a essas mulheres tão importantes para a história do carnaval”.

O público que circulou pelo galpão durante o minidesfile também fez questão de prestigiar a mostra. A professora portelense Valéria de Oliveira, 51 anos, que foi ao evento pela primeira vez acompanhada da filha, se emocionou ao ver o conteúdo exposto. “Essa exposição é muito importante para as pessoas conhecerem a nossa cultura. O carnaval é uma das maiores festas do Brasil, por isso é essencial que ele seja mostrado para todos como é de verdade, exaltando a beleza e a dedicação que há por trás de quem faz essa festa acontecer.”

Dayane Lopes, 29 anos, técnica de enfermagem e torcedora da Beija-Flor, destacou o impacto da mostra para quem vem de longe. “É importante até mesmo para o público que vem de fora, seja do estado ou do país, saber mais sobre os desfiles marcantes que já tivemos no nosso carnaval”.

Já Jade Medeiros, 28 anos, salgueirense e namorada de Dayane, ressaltou o caráter educativo do projeto. “É mostrar que o carnaval é cultura o ano inteiro, não só em fevereiro. Eu acho que isso é a melhor coisa”.

exposicaomini1

Entre os apaixonados por carnaval que passaram pela exposição estava o contador Felipe Passarelli, 28 anos, salgueirense e ritmista da Vila Isabel e do Império Serrano.

“Parei aqui para observar e o que mais gostei foi ver os carnavais mais marcantes que já passaram na Sapucaí. Acho muito bacana botar a cultura popular para cima com essas exposições, mostrando desde a era antes do Sambódromo até agora, na contemporânea. Temos que manter essa memória viva, principalmente aqui na Cidade do Samba, pois está vindo aí a nova geração do carnaval carioca, que talvez nunca tenha visto isso aqui.”

A amiga Marcelle Diniz, 21 anos, publicitária e mangueirense, que acompanhava Felipe, concordou com a importância da iniciativa.

“Ele falou bem sobre essa nova geração, porque a Cidade do Samba também contempla um público muito grande e diverso. Com essa exposição, a galera mais nova ou leiga também pode conhecer o carnaval antigo, como os feitos por essas grandes mulheres.”

Sua irmã, Ynara Diniz, 29 anos, jornalista, mangueirense e também amiga de Felipe, reforçou o papel social do evento.

exposicaomini2

“Eu acho mega importante promover esse tipo de coisa nesse evento que já é acessível para a galera, por ser gratuito, e facilitar ainda mais o acesso à informação. Além de ver as escolas, o público ainda pode contemplar o conhecimento de tudo o que é muito importante para o carnaval. Está de parabéns, Liesa”.

Entre os visitantes mais experientes estava Renato de Almeida, 68 anos, santista, diretor de alas técnicas da Mangueira e desfilante há 52 anos no carnaval brasileiro. Para ele, a homenagem a Rosa trouxe lembranças especiais.

“A exposição é muito legal e me emocionou principalmente por Rosa. Em 1989, eu a levei à cidade de Santos para fazer uma palestra. Ela, Laíla e Fernando Pamplona. Foi um grande aprendizado. Ela foi carnavalesca da Mangueira e fez um excelente trabalho, e vê-la sendo homenageada aqui hoje, dessa forma linda, ao lado de outros grandes nomes do carnaval feminino, é sem comentários”.

exposicaomini3

Entre memórias, aprendizado e reverência, a exposição se consolidou como um dos pontos altos da primeira noite de minidesfiles e ficará em exibição nos três dias do evento.

Liesa faz nesta terça venda de ingressos para arquibancadas do Setor 9 para o Carnaval 2026

0

A Liesa abre, a partir desta terça-feira, no Dia Nacional do Samba, a última chamada para a venda de arquibancadas para os desfiles do Rio Carnaval 2026 na Marquês de Sapucaí. Nessa etapa final, o público passa a contar com uma novidade na oferta de ingressos: pela primeira vez, o Setor 9 será comercializado diretamente ao público geral. Historicamente associado à experiência turística na Sapucaí, o Setor 9 passa agora a integrar a oferta oficial de ingressos do Rio Carnaval, em um movimento que tem como foco ampliar as opções e qualificar ainda mais a experiência de quem assiste aos desfiles.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

desfile
Foto: Léo Queiroz/Divulgação Rio Carnaval

Com localização e vista privilegiadas da pista, próximo ao segundo recuo de bateria, o Setor 9 se diferencia das demais arquibancadas por oferecer lugares marcados, garantindo maior organização e conforto ao público.

“A cada ano, buscamos aperfeiçoar a forma como o público vive o Carnaval na Sapucaí. Ao trazer o Setor 9 para a venda oficial, ampliamos as possibilidades de escolha e oferecemos uma categoria especial de arquibancada, com lugares numerados e uma experiência mais organizada para quem quer acompanhar os desfiles”, destaca o diretor financeiro da Liga, João Drumond.

Por contar com configuração diferenciada de assentos e localização, o Setor 9 possui valor de ingresso superior ao das demais arquibancadas, posicionando-se como uma categoria diferenciada dentro do conjunto de opções disponíveis ao público.

A oportunidade contempla os últimos lugares remanescentes de arquibancada para os desfiles do Rio Carnaval 2026, com estoque limitado e vendas disponíveis enquanto durarem os ingressos.

As vendas serão realizadas exclusivamente pelos canais oficiais da Ticketmaster, com abertura a partir das 11h desta terça-feira (2), evitando a ação de intermediários e garantindo segurança na compra.

Outras informações podem ser acessadas nos canais oficiais da Liesa.

Análise! Como foram os minidesfiles do Tuiuti, Vila Isabel, Grande Rio e Salgueiro

0

Vídeos: arrancada do samba e minidesfile completo da Acadêmicos de Niterói

Grande Rio reafirma identidade musical, consistência rítmica e alta performance do casal no minidesfile

0

A Grande Rio foi a terceira escola a entrar na pista de minidesfiles da Cidade do Samba e realizou uma boa apresentação, com organização e uma bela abertura formada por um ótimo desempenho da comissão de frente e uma elegante atuação do casal formado por Daniel e Taciana. A agremiação de Duque de Caxias manteve sua tradição de trazer um samba bastante cadenciado, fazendo a escola ter uma evolução competente, porém não explosiva. A escola apresentou um tripé muito bonito e uma criativa ala em que os componentes simulavam estar sujos de lama. Foi uma passagem agradável da tricolor, que será a terceira a desfilar na terça-feira de carnaval, apresentando o enredo “A Nação do Mangue”, de autoria do carnavalesco Antônio Gonzaga, estreante na agremiação.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

COMISSÃO DE FRENTE

Os coreógrafos Beth e Hélio Bejani são craques do quesito e costumam trazer comissões com a parte de dança muito afiada e dinâmica. A apresentação do minidesfile seguiu essa linha, com movimentos muito bem executados, uma coreografia criativa e bastante troca de posições entre os integrantes, aliadas a uma ótima teatralização.

A parte final do ato mostrou algumas acrobacias, como uma bailarina da comissão se jogando de costas e sendo segura pelos demais integrantes, que representavam pescadores da zona do mangue. Uma comissão muito bem pensada e executada, com excelente sincronia entre os membros.

granderio minidesfile26 4
Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

Daniel e Taciana defenderam o pavilhão da Tricolor de Duque de Caxias com a costumeira qualidade. O casal possui muita elegância no bailado, leveza e firmeza nos movimentos, além da segurança de quem alcança um nível maior a cada ano. Foi uma belíssima apresentação, com coreografias pontuais no refrão central; de resto, a série foi solta e de excelência, digna de um casal que conquistou seu lugar entre os principais do carnaval carioca.

granderio minidesfile26 2
Foto: Thais Brum/Divulgação Rio Carnaval

EVOLUÇÃO

Se a Grande Rio não teve uma evolução arrebatadora, certamente foi firme e constante durante toda a passagem da escola. Os componentes vieram no ritmo cadenciado do samba e ocuparam a pista sem correria. A primeira ala, representando a lama, chamou a atenção pela garra com que avançava pelo espaço destinado ao minidesfile. A organização das alas, sem prendê-las em demasia, foi outro ponto de destaque. A agremiação de Caxias chegou com tranquilidade ao fim de sua apresentação.

HARMONIA E SAMBA

A Grande Rio apresentou um canto constante neste dia final de minidesfiles, com poucos componentes deixando a desejar ou demonstrando dificuldades com a letra do samba. Além do refrão de cabeça, o trecho “Freire, ensine um país analfabeto, que não entendeu o manifesto da consciência social” foi cantado com mais força pelos componentes. Não foi um canto visceral da comunidade, até pelas características do samba, mas a missão foi cumprida com correção.

granderio minidesfile26 5
Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

O samba possui uma estrutura com vários trechos em tom menor e uma letra que traz um toque de melancolia, o que destaca seu lado poético. No entanto, acabou tendo funcionalidade limitada no minidesfile, apesar da competência de Evandro Malandro e seu carro de som. O lindo refrão central, “Manamauê Maracatu, Saluba ê Nanã, Yabá, a vida parecida com as águas, não é doce como o rio nem salgada feito o mar”, tem potencial de crescimento na obra.

granderio minidesfile26 3
Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

OUTROS DESTAQUES

Mestre Fafá conduziu sua bateria com as marcas de seu trabalho; o resultado foi mais um desempenho muito bom no quesito, com destaque para a bossa no refrão central.
Virgínia Fonseca marcou presença à frente da bateria, ainda um pouco travada no início, foi mostrando mais desenvoltura com o avançar da escola.

granderio minidesfile26 1
Foto: Thais Brum/Divulgação Rio Carnaval

A Grande Rio também trouxe várias musas, como Tati Minerato, que mostrou samba no pé em dia. A ala de baianas passou com excelente canto e muito bem vestida.