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Sacode de Niterói! Viradouro mantém patamar de campeã e ‘samba da carta’ conquista os sambistas

Sacode! A vermelho e branco de Niterói “amassou” a pista montada na Cidade do Samba. O trabalho de uma das escolas que mais ensaia e gosta de treinar com sua comunidade é refletido no sucesso da performance do mini-desfile. Tudo está encaixado na escola. O “samba da carta” caminha para ser a obra do ano, já é uma das principais, e conquistou o público torcedor ou não da escola. O intérprete Zé Paulo conduziu com maestria o carro de som, trabalho de extrema qualidade musical de sua equipe. * VEJA FOTOS

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Com canto forte da comunidade, até o diretor de carnaval Dudu Falcão se emocionou. O diretor falou sobre o evento inédito em 2022, sobre a importância do Carnaval e a projeção da escola para o desfile na Sapucaí, em abril. “O presidente está feliz, a comunidade está emocionada, e independente de ser com a Viradouro, ou não, a festa já é um sucesso. A gente conseguiu um problema bom agora. É um evento que a gente mistura a tal ‘bolha’, com quem é fora da bolha, turista de fora, de dentro, o suburbano, o zona sul, o que gosta de samba e o que é modinha. Enfim, tinha de tudo”, disse o diretor que completou:

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“A gente trabalha muito e a expectativa é sempre a melhor. Tem outras 11 escolas também trabalhando muito, mas eu tenho que acreditar muito no que a gente faz. Já provamos que deu certo. É difícil ganhar, e se manter no topo é mais difícil ainda. Esse ano estamos trabalhando o dobro do que trabalhamos em 2020, e a expectativa é melhor. Se ganharmos, vamos fazer jus ao título, porque o que mais estamos fazendo é trabalhar”.

O ritmo da “Furacão Vermelho e Branco” é avassalador. Nada de “correria”. O andamento adotado é característica, confortável para quem toca e deve ser respeitado. Mestre Ciça, seus diretores e ritmistas conhecem demais. Fazem show em bossas e também na condução do andamento. Para o comandate, o encontro na Cidade do Samba entrou para a história: “Depois de quase dois anos sem um evento dessa estrutura, foi emocionante voltar a desfilar como se estivesse pisando na passarela do samba. Perdemos tanta gente, amigos, familiares, e, depois de tantas perdas, é preciso valorizar esse reencontro, a oportunidade de ver novamente pessoas que venceram essa luta e estão com saúde. Também é muito gratificante fazer um show como esses para proporcionar um pouco de alegria para o povo que vem sofrendo há tanto tempo”, ressaltou o comandante da Furacão Vermelho e Branco.

Nada na Viradouro é feito de “orelhada”, existe muito estudo, organização e trabalho. A gestão tão elogiada e referência na competência administrativa da presidência é, acima de tudo, também da perfeita conjunção de profissionais gabaritados, como os diretores de carnaval, Alex Fab e Dudu Falcão, e, da direção de harmonia com Mauro Amorim. O intérprete Zé Paulo Sierra terminou o mini-desfile da Viradouro impressionado com a interação com o público. Ele confessou que não imaginava que o evento teria essa proporção e aproveita para fazer um desabafo sobre a importância do carnaval para a cultura e economia no Brasil.

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“Eu vou confessar para você que eu estava meio duvidoso que iria ter essa energia que teve. É uma coisa nova, como tudo que é novo a gente sempre acredita que pode melhorar. Eu não acompanhei as outras escolas. Acredito que tenha sido tanta energia como a nossa. Mas, eu amo esse negócio, cara. Cantar para mim é tudo. Cantar samba. Viver isso aqui é privilégio para poucos. Eu me orgulho muito disso porque é uma coisa que meu pai passou para mim, hoje ele não está mais aqui entre a gente. E, eu me orgulho muito de defender o meu gênero. Eu não deixo ninguém massacrar a gente. Eu ponho a minha cara para bater porque eu amo samba-enredo. E, enquanto eu viver, ninguém vai difamar a nossa cultura, contar mentiras, dizer que a gente é responsável por pandemia ou por qualquer tipo de mazela que existe nesse país. A gente tem que acordar para esse detalhe. A gente como povo tem que se conscientizar do tamanho que a gente é. O que a gente fez nesses desfiles é colocar a boca no trombone de verdade. É a voz do povo. O que eu vi acontecer com a Viradouro é o povo, é a verdade de um carnaval que está entalado na garganta. O carnaval é muito grande. Existe uma cadeia produtiva no carnaval. Se tem tanta gente trabalhando nesse evento é por causa das escolas de samba e do carnaval. Porque isso aqui está aberto e isso aqui é do povo”.

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A comissão de frente, comandada pelos coreógrafos Alex Neoral e Marcio Jahú, brindou o público com muita dança e coreografia. Julinho e Rute, casal de mestre-sala e porta-bandeira, são referências profissionais do quesito. Além do figurino espetacular, a dupla ensaia demais e colhe os frutos, com o protagonismo merecido, e a garantia de resultado para Viradouro. Elegantemente trajados com bastante luxo, eles  contaram um pouco da alegria de ter preenchido a data do carnaval com um evento feito para os sambistas.

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“Muito bom. E, assim, a gente pensava que a data do carnaval passaria em branco, que a gente não podia nem estar fazendo ensaio de rua. Então, ia ser mais um ano que a gente ia ficar de forma estranha dentro de casa. E, com essa expectativa de que a gente teria carnaval esse ano. Mas, não está deixando de ter. E, isso tomou uma proporção, esse mini desfile aqui para todas as escolas, todas levaram muito a sério, prepararam seus componentes para brindar o público e todo mundo se emocionou. Eu acho que não vai haver necessidade pedir garrar, de muita vibração porque eu acho que o pessoal já vai se doar como todos se doaram nas 12 escolas que passaram”, acredita Julinho.

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“Quando eu estava vindo pra cá minha afilhada me falou que no primeiro dia estava lotado, me deu aquele frio na barriga, sabe? Gente, estava todo mundo para se divertir, para celebrar a vida, para celebrar o carnaval , a cultura. Deus, Exu, meus orixás, minha mãe Iansã, eu pedi para que me permitissem que eu fizesse merecer esse público. Que eu seja merecedora da presença deles. E quando eu entrei já lá no palco já fui sentindo uma emoção, eu pensei nas pessoas lá da Viradouro que a gente perdeu, pessoas importantes, pessoas queridas, e falei ‘tô aqui por vocês e para vocês ‘ . Eu senti muita alegria, muita emoção, supriu. Não tem aquela tensão da nota, da Avenida, da disputa, mas me deu muita alegria. Meu coração não ficou enlouquecido não, ficou fervendo de alegria” revela a porta-bandeira Rute Alves.

Participaram da cobertura: Alberto João, Gustavo Maia, Leonardo Damico, Lucas Santos, Nelson Malfacini e Rodrigo Madureira

‘Globais de Caxias’! Grande Rio esbanja talento da bateria, do carro de som e casal de mestre-sala e porta-bandeira

É bom demais ver a “nova” Grande Rio. Uma escola de samba e de sambistas. Comunidade gigante e forte. Referência agora são os “globais de Caxias”, mestre Fadá, Daniel e Taciana, Evandro Malandro, Thiago Monteiro, casal Bejani e os carnavalescos Bora e Haddad. Essa turma é responsável pela mudança da tricolor de Duque de Caxias. Hoje, uma escola abraçada e aguardada pelos sambistas. O que falta para coroar? O título. * VEJA FOTOS

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O diretor Thiago Monteiro elogiou o evento com os mini-desfiles e falou da expectativa da Grande Rio. “Essa festa é maravilhosa. É um evento de confraternização, não de competição. Todos vem, se apresentam, falam com todos e brincam. Tem que fazer isso mais vezes. Torço para que entre no calendário do Carnaval. A expectativa para o desfile é muito grande. São quase dois anos trabalhando esse enredo, com essa comunidade, todos juntos. A intenção é fazer o maior desfile da história da Grande Rio e é isso que vamos fazer”.

Na apresentação, na Cidade do Samba, o contingente maior do que o estipulado foi notado. Ainda assim a “avalanche caxiense” deixou sua marca na pista. O andamento praticado pela bateria e carro de som é agradável demais. “Não correr” é característica do mestre e da escola, não vamos levar isso em consideração, Fafá é talento puro e está correto em adotar para sua bateria o “andamento para trás”. Ele decide! O jovem comandante merece ser tratado com muito carinho pela direção da Grande Rio. O julgamento tem que ser feito é na pista, e, até o momento, nada precisa ser corrigido.

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“Somos todos amigos, mas nem sempre conseguimos nos ver pessoalmente. Nesse encontro na Cidade do Samba pude ver que todos estão muito bem ensaiados e treinados, desenvolvendo trabalhos muito bonitos. Deu pra sentir um gostinho de festa. Em breve estaremos na Sapucaí com um carnaval pela saúde e pela vida!”, comentou Fafá.

No comando do magnifício carro de som, Evandro Malandro segue no mais alto nível possível. Canta demais! O samba-enredo está na ponta da língua da comunidade. O intérprete eufórico falou à reportagem do site CARNAVALESCO no final do mini-desfile enquanto o público da Cidade do Samba não parava de cantar o samba da Grande Rio.

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“Isso é maravilhoso! Desculpa a euforia, não é nem a voz cansada, é a euforia de ter visto tanta gente aqui na Cidade do Samba cantando o samba. Isso é maravilhoso para a Grande Rio, é um momento muito bonito da Grande Rio, vocês podem ver que a escola acabou de desfilar e o pessoal ainda está ali. A gente fica muito feliz, muito satisfeito de fazer uma ótima apresentação no palco e um belo desfile para vocês”, admite Evandro de forma emocionada.

Evandro também revelou em partes um trunfo que o carro de som está preparando para o desfile oficial no sambódromo em abril. “A gente está preparando um negócio muito bacana para a Sapucaí, esse ano é mais um ano em que a Sapucaí vai cantar literalmente junto com a Grande Rio. A gente vai parar a escola toda. Estou falando aqui, já, alguns segredos. Vamos parar a escola toda e deixar só a Sapucaí cantar para consolidar essa situação de que o samba pegou o Rio de Janeiro, pegou o Brasil inteiro, vou ficar muito feliz por isso, e é hora do povo, na Sapucaí, cantar junto com a gente também”.

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A comissão de frente, comandada pelo casal Bejani, mostrou uma coreografia impactante. Muita dança e coreografia em cima do samba. Perfeição! O adjetivo também vale demais para o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Daniel e Taciana, que encanta em cada apresentação que faz, seja nas quadras ou ensaios. Independente de torcida ou pavilhão é impossível ver a exibição da dupla e não ficar de boca aberta com tanto talento.

Daniel e Taciana falaram sobre a ansiedade de pisar novamente na Sapucaí e projetaram os últimos ensaios antes do desfile ofical. “O coração está a mil, a ansiedade tava grande e eu cheguei a passar mal. Mas a Grande Rio fez uma belíssima apresentação, tudo dentro do planejado. Que esse seja o trabalho que repercuta muito na avenida. Vão ser mais dois meses de trabalho intenso, que vamos continuar nos dedicando, querendo dar o nosso máximo, pra junto da nossa escola, trazer o campeonato. Caxias merece muito e no último Carnaval ficou entalado”, disse a porta-bandeira.

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“Sem dúvida esse contato mais próximo do público dá mais energia. É maravilhoso, com o povo. É bom demais ver que as pessoas estão curtindo o nosso trabalho. Só sucesso até o Carnaval. A tendência agora é intensificar ainda mais os ensaios e buscar a nota máxima. Queremos ajudar a escola a trazer o campeonato, que ano passado a gente ficou mordido e vamos brigar por ele mais uma vez”, completou o mestre-sala.

Para fechar essa análise fica a dica: pesado é o preconceito de quem fala do enredo e do samba da Grande Rio. “É no toque da macumba, saravá, alafiá”.

Participaram da cobertura: Alberto João, Gustavo Maia, Leonardo Damico, Lucas Santos, Nelson Malfacini e Rodrigo Madureira

Trabalho competente da Mocidade devolve o protagonismo para escola e a indicação de ser uma das favoritas ao título

A Mocidade está pronta para lutar pelo título do Grupo Especial no Carnaval 2022. Podemos afirmar sem medo de errar que a Verde e Branco de Padre Miguel, pelos quesitos apresentados na Cidade do Samba, está muito forte para o desfile deste ano. Obviamente, ainda existe os quesitos plásticos e o fator “dia do desfile”, mas é inegável o trabalho competente feito pela agremiação sob o comando de Marquinho Marino, um dos principais diretores de carnaval do momento. * VEJA FOTOS

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O samba-enredo, um dos melhores do ano, foi disparado o mais cantado pelo presente no local. Wander Pires, um dos maiores cantores da história, vive o seu melhor momento profissional e tem uma equipe muito bem alinhada e profissional no carro de som. Querido pelo público, o cantordeu mais um bonito show, dessa vez na Cidade do Samba, falou com o CARNAVALESCO sobre o evento.

“Essa festa foi maravilhosa. Uma coisa inédita aqui na Cidade do Samba. Foi muito emocionante, com muita garra, vibração e coração batendo forte. Eu acho que vinga, e vai melhorar ainda mais para os próximos anos. “A expectativa é grande, muita ansiedade. Mocidade é gigante. Com o trabalho que a gente está fazendo, vamos chegar entre as favoritas e para brigar pelo título”.

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Marino ressaltou a importância de as escolas realizarem o evento após um contexto de dois anos de pandemia sendo fundamentais também na parte social das comunidades. “A iniciativa é espetacular. Nós passamos dois anos de muita pancada, de muita hipocrisia, de muita perseguição, e nós mostramos durante a pandemia inteira que nós temos consciência social. Nós sempre cuidamos dos nossos componentes, e dos componentes de todas as escolas como um todo. Nada mais importante neste momento do que a gente reafirmar a nossa posição e mostrar que o carnaval é a maior manifestação cultural do Rio de Janeiro e do Brasil. Respeitamos todos, entendemos todas as crenças e tudo que as pessoas acham importantes para suas vidas. Agora tem que respeitar o carnaval , porque nesses dias de desfile é uma prova da grandeza do carnaval e ninguém vai tirar. Pode ser por convicções políticas, convicções religiosas, nada vai tirar a força do carnaval. E o carnaval está provando isso aqui hoje”.

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O diretor de carnaval também avaliou um pouco do desempenho da Mocidade no evento e a relação com o público que foi a Cidade do Samba. “Nós estávamos precisando disso porque é com calor humano, não só dos componentes, mas do torcedor, ele é o termômetro, ele que te mostra que o caminho está certo, se precisa melhorar. Você passar durante 50 minutos em um desfile e você, todos sem exceção, você olhava camisa de todas as escolas, e as pessoas estavam aqui pelo carnaval, não só pela sua escola, e você ver todo esse envolvimento, toda essa participação do povo, mostra que além do carnaval ter essa força que ninguém vai tirar, que a Mocidade está no caminho certo. Esse é um evento para a gente poder brindar o público e fazer com que os nossos componentes brinquem. Evidente que você passar em uma apoteose como essa, nos dá muita esperança de continuar o mesmo trabalho, fortalecer o que precisa ser fortalecido e a força do samba, do carro de som e dos componentes, da bateria, mostrou que nós estamos no caminho certo e a Mocidade sim, com todo respeito, com todo carinho, é sim postulante ao título”.

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No mini-desfile foi arrebatadora a performance do casal de mestre-sala e porta-bandeira, Diogo e Bruna, que merecidamente receberam o reconhecimento dos Independentes pela qualidade da dança. Aliás, a porta-bandeira, que foi revelação em 2020 pelo site CARNAVALESCO, entra com todos os aplausos possíveis no hall de artistas que já representaram o quesito com muito sucesso na Mocidade, principalmente, nomes como Babi Cruz, Lucinha Nobre e Marcella Alves. O mestre-sala esbanja felicidade na dança. Sem dúvida, um dos principais casais do Grupo Especial.

“É uma sensação única. Eu acho que nem nos ensaios técnicos a gente conseguiu tanta vibração positiva como essa. Eu acho que veio para ficar. A Liesa, a prefeitura tem que manter essa tradição do público com a gente. Não pode desfile no pré carnaval não ter esse contato com o público de jeito nenhum . Eu estou saindo desse desfile magnificamente bem, positivamente perfeito. Muito obrigado Liesa, muito obrigado prefeitura, obrigado Mocidade”, comentou um eufórico Diogo Jesus.

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Bruna Santos revelou que a dupla já apresentou alguma coisa que pretende levar para o desfile, como um momento coreográfico no trecho do samba que cantava “Ôh Juremê, Ô Juremá”. “É por aí, é por aí (sobre o passo). Mas, com certeza esse ensaio foi maravilhoso, deu a energia do carnaval, ainda mais com o calor do público. Foi uma coisa incrível, maravilhoso, parabéns a todos. E o ritmo é forte, agora só para no carnaval”, explicou Bruna.

Mestre Dudu e a “Não Existe Mais Quente” resgataram o ritmo da bateria mais esperada do carnaval. O comandante, que se prepara para um carnaval cheio de comemorações – além das homenagens que recebe no enredo e no samba, completa dez anos à frente da bateria da Mocidade – contou que era de se esperar o carinho do povo: “A Mocidade acertou na escolha do samba, e um bom samba é meio caminho andado. Nós nos preparamos para fazer esse belo trabalho, agora é segurar a expectativa para a hora do desfile”, explicou.

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O mestre da “Não Existe Mais Quente” frisou que, apesar do resultado do último carnaval, quando a bateria perdeu dois décimos, a escola não vem mordida: “A homenagem à bateria da Mocidade no nosso enredo é a melhor resposta ao julgamento de 2020. A bateria não merecia aquelas notas, mas carnaval tem dessas coisas”.

Para Dudu, que recebeu na abertura do carnaval o carinho do mestre Sombra, da Mocidade Alegre, os mini-desfiles vão vingar: “Se depender de mim tem carnaval todo mês. O sambista precisa de eventos como esse”, concluiu.

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A dupla de coreógrafos da comissão de frente, Saulo Finelon e Jorge Teixeira, com muito talento e competência, também já colocou seus trabalhos no ranking dos melhores da Mocidade. Na apresentação na Cidade do Samba, o grupo formado apenas por homens, ainda interagiu com o casal.

A Mocidade está completamente “areretizada” e sonha em deixar todo o carnaval assim e conquistar o caneco do Grupo Especial.

Participaram da cobertura: Alberto João, Gustavo Maia, Leonardo Damico, Lucas Santos, Nelson Malfacini e Rodrigo Madureira

Cuidado que a Mangueira vem aí! Verde e Rosa pisa forte na Cidade do Samba

Fundamento da raiz do samba! Assim, a Estação Primeira pisou na Cidade do Samba. O samba tão criticado no pré-carnaval funcionou e muito com a comunidade. O trabalho do carro de som, comandado por Alemão do Cavaco, com a bateria chegou ao ponto ideal para condução de um desfile. Impressiona o que mestre Wesley faz no comando da “Tem que respeitar meu tamborim”. Qualidade musical espetacular! “Ainda” tem Evelyn Bastos, como rainha de bateria, dona do sambo né, “recheado” com beleza, carisma e responsabilidade social. * VEJA FOTOS

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Moacyr Barreto, membro da comissão de carnaval da Mangueira, avaliou a abertura do Rio Carnaval como um formato que deu certo: “Tem que ter continuidade. É uma oportunidade para a escola sentir a pulsação do seu samba e compartilhar com o público um pouco do que vai levar para a avenida”. Para o diretor, o evento serviu para provar a garra da comunidade da Mangueira: “A escola está empolgada, tem o chão forte, com ancestralidade. A verde e rosa está preparada para ser a campeã do carnaval. Com todo o respeito às coirmãs, o carnaval só começa depois que a Mangueira passa na avenida”.

Para mestre Wesley, o mini-desfile não deixou dúvida sobre a qualidade do hino da escola: “Mostramos que aqueles que estavam criticando o samba da Mangueira estão muito enganados. Nesse desfile eu me emocionei, chorei, mas terminei muito feliz por provar que, quando a Mangueira pisa em qualquer lugar, é diferente. Até porque são três gênios criados no morro da Mangueira: Cartola, Jamelão e Delegado, não é qualquer escola que pode contar uma história dessas. Depois dessa noite, nossa expectativa fica maior ainda. Está tudo encaminhado pra gente pegar o caneco novamente, se Deus quiser”, afirmou.

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A Verde e Rosa é uma das agremiações que possui uma gama de quesitos em que a projeção é gabaritar na apuração, principalmente, com a comissão de frente e o casal de mestre-sala e porta-bandeira. Os coreógrafos Rodrigo e Priscila realizam trabalhos impecáveis. Na Cidade do Samba, o grupo formado apenas por homens dançou o tempo todo e abriu o show mangueirense com samba no pé. Frutos de Mangueira, Matheus e Squel dignificam a arte do mestre-sala e porta-bandeira. Ele caminha para se tornar um dos maiores do quesito pela dança, mas também pelo jeito de cortejar e pelos movimentos coreográficos e ela vive o auge na Mangueira. Squel é de uma sutileza encantadora na condução do pavilhão.

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Matheus, que terá a responsabilidade de ser mestre-sala em um enredo que homenageia um dos maiores da função, mestre Delegado, falou da emoção de sentir o carinho do público durante o mini-desfile.

“Eu estou muito emocionado. A gente deu tudo de si, porque ser mangueirense é isso. E a gente está honrando a nossa majestade, são três fenômenos, são três referências, para eu que sou criado no morro, para eu que vivo no morro, para eu que estou tentando ser uma referência para aquelas crianças da comunidade. Você não faz ideia da emoção que eu estava aqui hoje, viva o samba, viva o carnaval, viva a Estação Primeira de Mangueira. A gente é só felicidade, tem que segurar o jogo, só foi felicidade. Essa felicidade vai para Sapucaí. Agora o trabalho está sendo bem feito com carinho e com cuidado para o dia 23 de abril”.

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Já Squel Jorgea fez questão de ressaltar a importância de ocupar os lugares que são de direito dos sambistas. “A preparação nunca deixou de acontecer, continuamos buscando dar o nosso melhor para a nossa escola, e que bom que pudemos ocupar o nosso lugar que é de fato e de direito do sambista. A Cidade do Samba é para gente e nós temos que ocupar esse lugar.

O intérprete Marquinho Art Samba, a cada ano que passa, conquista ainda mais os mangueirenses. No desafio de cantar uma obra que levou tantas pancadas, ele passou com louvor e sorrindo de orelha a orelha. Aliás, estratégia perfeita da escola parar o canto e deixar a comunidade cantar o verso “a voz do meu terreiro”, que é uma referência para Jamelão.

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Marquinho Art’Samba falou sobre o evento e o mini-desfile da Verde. “Isso aí é Mangueira. Ela causa toda essa emoção aí na gente. Mangueira é mais inspiração do que qualquer outra coisa. E eu quando canto Mangueira, eu me incorporo no velho. Esse primeiro evento foi ótimo. Eu só acho que tinha que ser um pouco mais acessível para o povo, essa é minha única reivindicação. Nós ficamos dois anos sem Carnaval. Acho que vai vingar, mas tem que trazer mais o povo para cá”.

Por fim, é bonito demais ver o capricho mangueirense no figurino para o mini-desfile e sentir toda emoção dos passistas da Verde e Rosa.

Participaram da cobertura: Alberto João, Gustavo Maia, Leonardo Damico, Lucas Santos, Nelson Malfacini e Rodrigo Madureira

Cultura carnavalesca! Destaques de luxo desfilam em hotel exaltando o trabalho artístico do carnaval

A tradição dos desfiles de fantasias de luxo começa a ser recuperada no Rio de Janeiro. A ideia, resgatada em 2020 pelos empresários Alexis Vaulx e Marcelo Monteiro, teve sua segunda edição na noite da última segunda-feira, véspera do feriado de carnaval, mas sem a tradicional competição e sim em formato de desfiles e exaltação. Os oito destaques de várias escolas de samba se apresentaram no salão nobre do hotel Fairmont, Copacabana, exibindo as fantasias extremamente luxuosas, que variam de R$ 35 mil a 100 mil. Passaram pela passarela montada no hotel os destaques: Entre os belíssimos destaques desfilantes:elder, Nelcimar Pires, Zezito Ávila, Elton Oliveira, Simara Sukarno, Edmilton Paracambi, Rodrigo Leocadio e Rogéria Meneguel.

“Não dá para falar de fantasias de luxo, sem falar da inspiração Clóvis Bornay, e a gente quer trazer esse evento de volta para o calendário oficial da cidade. A cultura é responsabilidade social e responsabilidade com o planeta, por isso a gente precisa ter cada vez mais iniciativas carnavalescas no Rio de Janeiro. Precisamos saudar os destaques e os investimentos que eles fazem nas fantasias e no trabalho para abrilhantar ainda mais os desfiles das escolas de samba”, explicou Alexis Vaulx.

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De fato, o evento é feito por pessoas apaixonadas pelo carnaval, e que dedicam suas vidas ao trabalho. O destaque João Helder conta que começa a montar a fantasia em julho para que esteja pronta em fevereiro. Inclusive, é ele quem costura, borda e faz todo o processo de produção. No baile, ele estava com a fantasia inspirada em Osiris, divindade do panteão egipcio. Todos os anos as fantasias mudam, mas Helder conta que os materiais podem ser reutilizados de um ano para o outro.

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“A gente consegue reaproveitar pedrarias e penas para as novas fantasias, o meu prazer está em montar a minha fantasia, começo a fazer do zero e faço todos os detalhes. Eu sempre gostei dessa apresentação, já participei em alguns lugares do Brasil, mas aqui no Rio era necessário ter um evento desses, porque a gente tem um acervo gigante que passa na Marquês de Sapucaí e a gente não aproveita”, relatou.

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Com o intuito de voltar ao calendário da cidade, o concurso de fantasias já teve outros palcos além do Municipal. No fim do século XX, Copacabana Palace e Hotel Glória recebiam o evento. O diretor cultural da Liesa e também presidente da Portela, Luis Carlos Magalhães, lembra que a mãe Araci era uma das fãs dos desfiles de fantasia de luxo e relembra as edições da revista Manchete que noticiavam os destaques de luxo.

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“Eu venho sempre, eu gosto de prestigiar, pois o carnaval não se resume aos desfiles, ao contrário. Em 1963, tivemos a surpresa de ter a Isabel Valença, a Xica da Silva do Salgueiro como primeira colocada e aquilo mas foi um grande momento do carnaval. É uma alegria ver o concurso de volta”, disse.

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O destaque Edmilton Paracambi lembra que começou há mais de 20 anos, mas que desde criança acompanhava os desfiles, já que a família gostava de carnaval. A primeira escola em que desfilou foi a Beija-Flor, justamente pela proximidade com Paracambi, onde morava.

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“Essa roupa é incrível e tem uns balangandãs, que tinha tudo a ver com o enredo da Viradoura. Eu comecei a me tornar mais conhecido graças ao Milton Cunha, que começou a me divulgar, eu amo o carnaval e faço isso aqui com muito amor. Foram oito meses para preparar”, explicou.

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Pelo caráter tradicional do evento, era esperada a presença da corte do Carnaval, que neste ano, em função do adiamento dos desfiles para abril, pode passar pela passarela dos destaques de luxo para “matar a saudade” da Avenida. O Rei Momo diz que vive um momento histórico de resgate do carnaval antigo.

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“O destaque de luxo é uma das categorias do carnaval carioca e eu me sinto hoje na época do Clóvis Bornay, inclusive, Nelcimar Pires está aqui desfilando. Precisamos acabar com esse preconceito ao carnaval”, reforçou.

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Nelcimar Pires, que está desde 1998 com fantasias de luxo, ganhou o primeiro de inúmeros prêmios em 2003. Hoje é um nome reconhecido do carnaval, sobretudo, na Imperatriz. Ela conta que a atual fantasia foi bordada junto com as vizinhas, amigas e com a mãe durante a pandemia. “Minha família sempre foi do carnaval e sempre me apoiou”, lembrou.

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Bruno Chateaubriand também falou da importância cultural do evento para o Rio de Janeiro e para o carnaval, pois estimula os destaques que se dedicam às fantasias. “É necessário homenagear e prestigiar esses artistas, pois faz com que eles queiram aprimorar seus trabalhos ainda mais. Já tivemos desfiles de destaques de luxo televisionados. Referências da moda como Valentino e Jean-Paul Gaultier vem aos desfiles das escolas de samba para ver as referências, pois é tudo muito autoral, agora tenta encontrar eles numa semana de moda brasileira, eles não vem” explicou.

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O evento foi modernizado na sua essência e entre as apresentações dos destaques de luxo, membros e componentes das escolas de samba se apresentaram. O casal de mestre-sala e porta-bandeira do Salgueiro Sidclei e Marcella, bem como o coreógrafo Carlinhos do Salgueiro estiveram no desfile. Outros casais também se apresentaram na passarela, Grande Rio, Mocidade, São Clemente e Portela. Vinícius e Jéssica, casal da Unidos de Padre Miguel, também fizeram parte do evento. Pinturas corporais, apresentações de embaixadinhas e até a Miss Brasil de Beleza Internacional 2021 e o Mister Guanabara 2022 caíram no samba.

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“A gente está ansioso para o carnaval em abril, mas até lá a gente está aproveitando para matar as saudades. Achamos o evento incrível, com fantasias maravilhosas, e realmente de luxo. Resgatar eventos carnavalescos é fundamental para que a cultura do carnaval seja valorizada e também menos marginalizada”, relatou o casal da UPM, Vinícius e Jéssica.

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Erê tijucano arrepia na apresentação da Tijuca na Cidade do Samba com a condução de Wantuir e Wic Tavares

A escola do Borel fez uma das principais arrancadas dos mini-desfiles na Cidade do Samba. Arrepiou! Condução avassaladora de Wantuir, Wic Tavares e da bateria Pura Cadência. Esses pilares da azul e amarelo garantiram o bom resultado da performance tijucana. Mestre Casagrande tem seus ritmistas nas mãos. Trabalho reconhecido por todos e de excelência tanto no andamento, quanto nas bossas. No final do mini-desfile, ao site CARNAVALESCO, ele não escondia a felicidade de ver que tudo havia dado certo. Fez questão de ressaltar a interação com o público e se mostrou satisfeito com o desempenho da bateria, acreditando que os ritmistas já estão prontos para o desfile. * VEJA FOTOS

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“A gente estava com saudade, né? A gente estava com saudade disso aqui, do calor humano do povo do samba, estou muito emocionado, muito contente, muito alegre. E, a bateria estava com muita vontade de tocar. E hoje a gente deu uma demonstração que a Tijuca está pronta, com belíssimo samba, tem uma comunidade guerreira, uma comunidade que não abandona a escola. Cara, eu estou muito contente, a bateria está afiada, estamos ensaiando até mais do que vai precisar, a gente vai ter tempo para ensaiar mais um pouco, e é isso, a gente está pronto, você sabe como é a bateria da Tijuca, se preocupa em tocar para escola”, disse.

A contratação e a formação do casal de mestre-sala e porta-bandeira, Phelipe e Denadir, foi um gol de placa. Aliam dança e vibração. Ele muito técnico e ela raçuda. Combinação perfeita! Loucos para estrear pela Unidos da Tijuca, eles explicaram a interação com o público e defenderam a realização do evento. “Eu achei a iniciativa maravilhosa porque já que está acontecendo carnaval, só não tem desfile de escola de samba, mas carnaval de rua está tendo. Então, nada mais justo que nós pudéssemos fazer a nossa festa também. O desfile foi maravilhoso, muito proveitoso e eu estou muito feliz”, explicou a porta-bandeira Denadir.

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“Graças a Deus o retorno do público que gosta, que ama o carnaval, que é o público que esteve presente, foi maravilhoso. Matar um pouco dessa saudade do calor do carnaval, está sendo incrível e ainda estou em êxtase. E, assim, a gente vai buscar ainda mais o reconhecimento de quem realmente ama e faz o carnaval acontecer que é a galera que esteve na Cidade do Samba. Sobre a preparação para abril, agora vamos descansar primeiro e depois a gente começa a trabalhar na semana que vem”, revela Phelipe Lemos.

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Coreógrafo da comissão de frente, Sérgio Lobato, mostrou a dança com vigor dos seus artistas. O público delirava sempre que um dos integrantes “voava” na pista. Com um dos melhores sambas do ano, o canto tijucano foi forte e correspondido pelo público. A comunidade acreditando é o ponto fundamental para devolver a pujança da Unidos da Tijuca, perdida nos últimos anos. Fernando Costa, diretor de carnaval e harmonia da Unidos da Tijuca, acredita que a abertura do “Rio Carnaval” deu o recado de que o sambista resiste: “Esse evento veio pra ficar! Foram duas noites maravilhosas, em que tudo deu certo, com a necessidade de pequenos ajustes. Vimos o povo interagindo com as escolas, cantando o samba com empolgação. Tenho certeza de que será feito outras vezes. Pelo momento que estamos passando, era importantíssimo dar o recado de que o sambista está vivo e pronto para viver o carnaval em abril”.

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Outro ponto forte é o carro de som. Uniforme, vibrante e com pai e filha, Wantuir e Wic, “voando” pela pista. O intérprete elogiou o inédito evento no local e falou também da empolgação do público com o samba. “De repente, a Liga pode aproveitar isso, aparar algumas arestas e continuar com essa festa. É um evento maravilhoso, contato direto com o público. É uma prévia da Sapucaí e deu pra perceber que o público se comportou maravilhosamente bem. Espero que esse evento continue sim, talvez, com um pouquinho mais de divulgação”, disse Wantuir, que encerrou: “A bateria dispensa comentários, uma harmonia maravilhosa e um carro de som sensacional. Vamos lutar muito em abril. Na última década a Tijuca foi uma das maiores campeãs. Tivemos alguns anos ruins, ninguém fica sempre no topo. Mas a Tijuca está aí se fazendo presente”, concluiu.

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Estreante no Grupo Especial na Sapucaí, Wic Tavares apresentou grande talento. A intérprete comentou o contato de perto com o público e também falou sobre a emoção de cantar com o pai. “Pra mim hoje foi o termômetro do que a gente vai fazer na Sapucaí. É um samba alegre, que envolve, é um samba afetuoso. Não poderia ser diferente quando a gente vem cantando Erê no refrão. Erê é pureza e contagiou o público. Hoje eu estou entendendo minha posição. Hoje caiu minha ficha. Até então eu não fazia ideia. É um sonho, ainda mais cantar do lado do meu pai. Eu ganhei na loteria. O carinho das pessoas, querendo falar comigo e vibrando junto”.

Participaram da cobertura: Alberto João, Gustavo Maia, Leonardo Damico, Lucas Santos, Nelson Malfacini e Rodrigo Madureira

O homem voltou! Mestre Marcão conduz a bateria do Tuiuti em um show de ritmo na Cidade do Samba

O Paraíso do Tuiuti abriu a segunda noite e pisou forte na Cidade do Samba. Como pede o enredo, a comissão de frente, comandada pela coreógrafa Cláudia Motta, mostrou uma dança vibrante. Detalhe importante de ser apontado é que todos os integrantes cantavam o samba, mesmo fazendo a coreografia. No comando da Super Som, mestre Marcão voltou oficialmente com o pé na porta. Uma apresentação impecável de um dos maiores comandantes de bateria da história do carnaval. Trabalho de excelência no ritmo do Tuiuti.

Ao site CARNAVALESCO, o mestre falou sobre o evento e a ansiedade dos ritmistas pelo desfile oficial. “Essa pandemia deixou a gente aí muito pra baixo. Agora que a gente está vendo a realidade do Carnaval, porque a gente respira isso. Nosso pão de cada dia vem do Carnaval. Eu acho que vinga, foi muito legal e está pegando forma”, disse Marcão, que emendou: “A gente acaba virando psicólogo do pessoal. Vamos conversando com eles pra não afrouxar. Já temos outro ensaio hoje. Não podemos parar, porque a gente se programou para o desfile hoje”, completou. * VEJA AQUI FOTOS DA APRESENTAÇÃO

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Extasiado ao fim do mini-desfile, vindo próximo da bateria, o diretor de carnaval do Paraíso do Tuiuti, André Gonçalves, elogiou o trabalho de todas as escolas no evento e aproveitou para falar um pouco sobre os próximos passos da escola.

“Primeiramente, o mundo do samba estava precisando disso. Fomos pegos de surpresa mais uma vez pela pandemia. E, o que aconteceu aqui, todas as co irmãs fizeram um trabalho maravilhoso. O Tuiuti passou para apresentar o que iremos fazer também na Avenida, em abril, dia 23 de abril. E, mostrando a garra da comunidade, mostrando a força, mostrando o que nós temos de melhor que é esse chão, essa comunidade maravilhosa. Vamos começar nossos ensaios novamente às segundas feiras, porém cumprindo ainda os protocolos, estamos aguardando para voltar para a rua, mas vamos realizar nossos ensaios de quadra na segunda feira com força total, e mostrar que o samba está aí, o samba não morreu. O samba está mais vivo do que as pessoas imaginam. Hoje estamos conseguindo realizar dois carnavais em um ano, isto está sendo maravilhoso”.

Os intérpretes Celsinho Mody e Grazzi Brasil formam uma combinação perfeita. A dupla conduziu com perfeição o ótimo samba-enredo do Tuiuti. Ao site CARNAVALESCO, Celsinho disse que a abertura do “Rio Carnaval” permitiu colocar pra fora um grito que estava preso na garganta: “Esses anos sem carnaval foram um tempo de muita angústia. Eu senti um grito preso na garganta. Por isso, ver o povo cantando lindamente o samba do Tuiuti me deixou com muita fé no trabalho que estamos desenvolvendo. Jogador não entra em campo pra perder, então nós vamos pra cima, fazer o maior Carnaval de nossas vidas. Vamos em busca da vitória com muita humildade”.

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Grazzi Brasil, parceira de Celsinho, está de volta ao Paraíso do Tuiuti. Para a cantora, apesar do adiamento da folia, o sambista não deixou de ser feliz. “Deu pra matar um pouquinho da saudade da festa. A energia do público foi maravilhosa. Foi lindo ver todo mundo cantando. O samba é nossa raiz, é resistência desde suas origens. Estar de volta ao Tuiuti com mais um samba necessário como o do enredo atual cria uma expectativa enorme para mostrarmos o nosso trabalho na Sapucaí. Vai ser lindo demais”.

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O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Raphael e Dandara, esbanjou talento na pista. Sincronia nos movimentos, delicadeza nas horas certas e raça em outros momentos em que a música indica. A título de registro pelo que já representam no mundo do carnaval, a dupla não precisa ter o nome no pavilhão da agremiação. Foi um presente da gestão da escola, pode ser utilizado em ensaios de quadra, mas o símbolo da agremiação precisa estar “limpo” em eventos oficiais. Para a dupla, a abertura do Rio Carnaval foi um ato de resistência. “Depois de dois anos longe da nossa maior paixão, reencontrar o público provoca uma sensação indescritível. Não tenho palavras para expressar o que eu sinto nesse momento, só sei que é muito forte. O meu corpo inteiro está chorando de felicidade”, descreveu Raphael, que completou: “O samba é o nosso sangue e a nossa cultura. Essa raiz não pode morrer”, concluiu.

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“O sambista sofreu muito durante a pandemia, afastado do seu trabalho. Nesse momento em que não podemos estar no sambódromo, a nossa resposta veio com festa e alegria, do jeito que o sambista gosta. Hoje tivemos a chance de mostrar o quanto o samba permanece forte, apesar de tantos ataques. A Cidade do Samba é uma grande conquista do povo do carnaval, precisamos ocupar esse espaço que já é nosso. Essa linda iniciativa precisa se perpetuar”, afirmou Dandara.

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A escola caprichou na apresentação com figurinos especiais para alas de baianas e na ala de passistas. Muito bonito ver a arte do samba no pé e a valorização desse segmento tão importante e fundamental. É fundamental que olhem com atenção o processo realizado pela escola no pré-carnaval, porque em 2018 o caminho trilhado foi muito parecido com o que vem sendo realizado para o desfile de 2022. O quilombo do Tuiuti promete escrever uma nova história inesquecível no carnaval.

Participaram da cobertura: Alberto João, Gustavo Maia, Leonardo Damico, Lucas Santos, Nelson Malfacini e Rodrigo Madureira

Vice-presidente da Liesa sobre evento na Cidade do Samba: ‘Fomos bem em todos os quesitos’

O vice-presidente da Liesa, Hélio Motta, celebrou o resultado da abertura do “Rio Carnaval 2022”, realizada no sábado e domingo, na Cidade do Samba. O evento reuniu mais de 5 mil pessoas por dia. O diretor destacou estaca que o carnaval precisa de pautas positivas para encontrar novos caminhos.

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Fotos de Divulgação/Liesa

“A gente vem criando algumas ao longo dos últimos meses. O êxito do evento se deve ao planejamento, maior presença digital, provocando mais interatividade com o público, e a um somatório de ações, como a criação de uma marca – a Rio Carnaval – para os desfiles, projeto do diretor de marketing da Liesa, Gabriel David. Foi por esses fatores que o evento registrou a frequência de mais de 5.300 pessoas no sábado e outras tantas no domingo”, comentou.

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O vice-presidente e diretor de carnaval da Liga, Elmo José dos Santos, se revezavam no comando dos desfiles, saudando os presidentes, diretores e componentes de cada agremiação. Na entrada da Cidade do Samba, todos presentes tiveram que apresentar comprovante de vacinação em dia, de acordo com os protocolos e calendário da Secretaria Municipal de Saúde.