De volta à Marquês de Sapucaí após mais de dez anos, a Lins Imperial contou a vida e obra do humorista Mussum, nascido na comunidade do Lins de Vasconcelos, na abertura da segunda noite de desfiles da Série Ouro. Responsável pela revelação do artista para o mundo, o grupo “Os Originais do Samba” foi retratado pela sexta ala da Verde-Rosa.
Em entrevista ao Site CARNAVALESCO, os componentes da ala, intitulada “Os LP dos Originais do Samba”, falaram sobre suas recordações do gênio de humor e o sentimento de representá-lo na avenida. Para retratar o grupo de pagode, que já foi chamado de “Os Sete Modernos”, os carnavalescos da escola, Eduardo Gonçalves e Ray Menezes, colocaram um disco de vinil, o famoso “LP”, no ombro das fantasias da ala.
Mais veterana entre os entrevistados, a carioca Nádia Veríssimo, técnica em contabilidade, recordou com muita emoção as obras de Mussum, de quem guarda ótimas lembranças, que remetem à sua juventude.
“O enredo da Lins Imperial é muito lindo. Mussum é alegria, é divertimento.O Mussum fez parte da minha infância, acompanhei muito os trabalhos dele, não só no Originais do Samba. A comédia foi um dos marcos principais da década de 70, 80 e 90. O falecimento do Mussum acabou com uma geração de comediantes do tipo “pastelão”. Ele e o Zacarias eram as principais pessoas que alegravam nossos dias na televisão, junto com Chico Anysio, também. Eu não perdia nenhum filme no cinema. A minha infância e das minhas sobrinhas foram enriquecidas pelo Mussum.”, recorda Nádia.
Diferente de Nádia, o publicitário Jorge Nogueira, carioca de Guadalupe, não assistiu os grandes sucessos de Mussum ao vivo. Porém, assim como muitos brasileiros, associa a imagem do humorista ao seu maior sucesso na carreira, o programa “Os Trapalhões”.
“Os Originais do Samba não eram da minha época, sou mais novo. Mas, eu gosto muito do Mussum, já vi muita coisa dos trapalhões, principalmente. Desfilar aqui hoje, na Lins Imperial, homenageando ele é uma grande honra.”, disse.
Já a contadora Cristina Crespo, de 54 anos, também se considera uma grande fã do humorista Mussum. Emocionada por representar a escola de sua comunidade na Avenida Marquês de Sapucaí, relembrou a época em que assistia as obras do artista. “O Mussum faz parte da minha infância, eu acompanhei muito, ouvia Os Originais do Samba, assistia sempre os trapalhões. Eu adorava o Mussum.”