O carnaval das escola de samba e dos blocos não acontecerá em 2021 devido à pandemia da Covid-19, mas a data segue no calendário e não pode ser esquecida pelos sambistas e autoridades públicas. Por isso, o Museu do Samba propôs para secretaria municipal de Cultura a realização de uma agenda simbólica e de valorização do samba como forma de expressão.

“Embora não tenhamos condições sanitárias de realizar os desfiles das escolas de samba acreditamos ser importante marcar simbolicamente o carnaval, até como um ato de resistência a tristeza e a dor deste momento”, diz um trecho do ofício enviado pelo Museu do Samba, assinado pelo presidente do Conselho Deliberativo, Neuzo Sebastião de Amorim Tavares.

Ao site CARNAVALESCO, fundadora do Museu do Samba, Nilcemar Nogueira, deu detalhes da ideia.

“Como um lugar importante da nossa ancestralidade, pela Tia Ciata e todas as Tias, pelos sambistas que já se foram, achamos apropriado marcar a data com um gesto simbólico, sem presença de público, e guardada todas as recomendações sanitárias. Seria um grupo pequeno de baianas, com o simbolismo da lavagem desse chão onde tantos pisaram e também como uma homenagem aos que se foram por causa da Covid, além de ser uma manifestação de esperança que em breve estaremos todos juntos. O surdo, um único surdo, marcaria essa pequena procissão, com um coração que bate e quer continuar a bater, a do samba e do carnaval”, explicou Nilcemar.

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