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Mocidade Unida da Mooca encerra desfiles do Acesso I com chave de ouro e vira uma das favoritas pelo título

Agremiação pisa forte no Anhembi e novamente sonha com inédita vaga no Grupo Especial.

Por Gustavo Lima e fotos de Fábio Martins

Fechando todo o carnaval paulistano, a Mocidade Unida da Mooca deu ao público um desfile de gala. Digno de Grupo Especial. A MUM gabaritou praticamente em todos os quesitos e a escola conseguiu homenagear a escritora Helena Thedoro perfeitamente. A comissão de frente onde havia uma Helena criança interagindo com a sua mãe de religião africana, Iansã, foi um dos pontos altos do desfile. Além disso, o canto, bateria e as alegorias foram de uma enormidade. O abre-alas vale um destaque especial por sua grandiosidade, foi algo monumental que deu a escola um conjunto alegórico que viria a ficar em evidência logo após. Contudo, vale ressaltar que tudo o que foi feito nos ensaios técnicos, a agremiação da Zona Leste repetiu no desfile oficial e, com isso, a briga pela vaga no Especial é uma realidade novamente para a comunidade da Mooca sonhar.

Com o enredo “Oyá Helena”, a Mocidade Unida da Mooca fechou o grupo de Acesso I e todos os desfiles das agremiações filiadas á Liga..

Comissão de frente

A ala mostrou uma coreografia criativa e de fácil leitura. Nela, uma criança representava Helena Theodoro criança e interagia com outra bailarina que representava a orixá Iansã. Aparentemente, a entidade dava à criança o dom da leitura. No grande tripé elaborado, ela subia, abria um livro e começava a jogar borboletas. Uma encenação lúdica, mas que indicava o perfeccionismo que a escritora iria herdar no futuro. Grande sacada do coreógrafo do coreógrafo Nilson Jeffer e, com certeza, um dos destaques do desfile da MUM.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O estreante casal, Jefferson Gomes e Karina Zamparolli, não sentiram o peso de pisar pela primeira vez em um desfile oficial pela Mocidade Unida da Mooca. A dupla realizou uma apresentação para lá de satisfatória. O entrosamento desde a Mocidade Alegre nitidamente permanece e dá para analisar que os dois saem felizes com o desempenho. A sincronia entre os movimentos na coreografia fora vital para o sucesso da atuação.

Enredo

O tema da MUM consistia em homenagear a escritora Helena Theodora em forma de religiosidade, visto que ela é filha da orixá Iansã, na ótica da matriz africana.

Tudo foi explicado perfeitamente, principalmente na comissão de frente. A ala já decifrou o enredo inteiro, onde acima foi explicado, que ambas interagiam entre si e a entidade dava o dom para a criança que representava a Helena.

Alegorias

O abre-alas veio com uma grande escultura realista logo à frente. Na alegoria, havia bastante água, parecia até uma pequena chuva e deixou um pouco a pista molhada. Belo jogo de cores e abriu bem o conjunto alegórico que a Mocidade levou ao Anhembi.

A segunda alegoria foi totalmente dedicada à escola de samba Acadêmicos do Salgueiro. Não é segredo que Helena tem uma paixão pela agremiação. Com isso, a MUM fez um carro com iluminação toda vermelha e uma escultura de Xangô com martelo e segurando o brasão da ‘academia do samba’.

O terceiro carro foi visto com uma gigante escultura de um búfalo. Acoplado, a homenageada desfilou nesta alegoria, sendo na primeira parte da própria. Um tom todo dourado destacou o elemento.

Fantasias

Vestimentas bem acabadas e com fácil domínio dos componentes deram o tom do quesito. A Mocidade Unida da Mooca abriu mão do luxo, mas não deixou de colocar a grandiosidade em suas roupas. Foi visto que a escola abusou bastante do vermelho, cor predominante da agremiação, o que deu certo. Sobre a evolução com as próprias, os desfilantes se sentiram à vontade e conseguiram se movimentar facilmente, bem como fizeram nos ensaios técnicos.

Harmonia

O canto da MUM, como sempre, foi forte. Esse samba claramente foi o mais abraçado desde o ano de 2020. Só para recapitular, na apresentação da quadra, quase toda a quadra já sabia a letra. E isso já foi levado para a avenida nos ensaios técnicos e sacramentado no desfile oficial. Uma harmonia forte do início ao fim foi destaque e, além disso, vale destacar que os integrantes da harmonia estavam leves e havia pouca cobrança para cima dos componentes.

Samba-enredo

Impressionante a performance do trio Bico-Doce, Gui Cruz e Clayton Reis, especialmente do primeiro, que teve o tom mais evidente que os demais. Os outros, apareciam nos cacos dentro do samba. Talvez pelo fato do forte grave que a voz do Bico tem. A performance do carro de som casou perfeitamente com a bateria e tudo deu certo no quesito. Mais um tópico gabaritado.

Evolução

O quesito fluiu naturalmente. Em todos os setores, mesmo com os vários tripés levados, a evolução foi satisfatória. O espaçamento foi válido entre as alas e as fileiras conseguiram evoluir bem entre si. Foi uma noite em que deu tudo certo para a Mocidade Unida da Mooca, e o quesito evolução é um grande termômetro para avaliar tais questões.

Outros destaques

A bateria “Chapa Quente”, regida pelo mestre Dennys, deu um andamento diferenciado. De longe, parece uma batucada acelerada e, de perto, cadenciada. Um dos destaques do desfie também.

A rainha de bateria, Waleska Reis, sambou na frente da bateria e se destacou por uma coreografia que realizava junto a um grupo cênico. Tal feito, provocou uma grande reação do público.

Vários tripés foram levados, com destaque para sambistas ligados à Helena, como Beth Carvalho, Jorge Aragão e Zeca Pagodinho.

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