InícioGrupo EspecialPorto da PedraMauro Quintaes: 'Porto da Pedra foi a escola que me projetou'

Mauro Quintaes: ‘Porto da Pedra foi a escola que me projetou’

De volta ao Porto da Pedra, escola que o projetou para o carnaval carioca, após 14 anos, o carnavalesco Mauro Quintaes celebrou seu retorno à comunidade de São Gonçalo. Depois de carnavais se dedicando exclusivamente aos desfiles de São Paulo, Mauro considera o retorno ao carnaval carioca como um “reinício” em sua carreira. * LEIA AQUI A SINOPSE

Fotos: Gabriel Gomes/Site CARNAVALESCO

“Sem dúvida nenhuma, a Porto da Pedra foi a escola que me projetou porque, através da Porto da Pedra, quando nós fizemos quatro anos aqui, ‘O campo cidade em busca da felicidade’, ‘Carnaval dos Carnavais’, o samba do endiablado e aí, quando eu fiz o carnaval da loucura, a escola conseguiu voltar nas campeãs. Eu trago comigo essa felicidade de ter levado a Porto da Pedra a única vez ao Desfile da Campeãs e, logo depois, tivemos a infelicidade de um enredo muito ousado e esse enredo não foi aceito e a escola caiu. Aí, eu parti para o Salgueiro. Eu só consegui ir para o Salgueiro porque a Porto da Pedra impulsionou minha trajetória. Eu tenho um carinho muito grande pela Porto da Pedra e meu retorno está sendo pontuado por alegria, reencontros, eu acho bacana, é um reinício”, afirmou.

Na sinopse do enredo “A invenção da Amazônia: Um delírio imaginário de Júlio Verne”, baseado no livro “A Jangada: 800 léguas pelo Amazonas”, versará sobre o imaginário e as aventuras do escritor francês sobre a Amazônia para exaltar os contadores de história da região. Desenvolvida por Quintaes e o enredista Diego Araújo, a sinopse apresenta as letras do início de cada parágrafo formam um acróstico da palavra “Amazônia”, que será retratada pela Porto da Pedra no próximo carnaval.

“Você quando é um carnavalesco tem de estar ligado em tudo que está em seu entorno. E, numa dessas minhas zapeadas e pesquisas, eu me deparei com esse livro chamado “A Jangada”, que é o livro do Júlio do Verne, do século 18, no qual ele relata uma Amazônia onde ele nunca pisou. É o imaginário amazônico e eu vou pegar esse mote, que é o imaginário e vou transformar em enredo. Pegamos uma coisa que é palpável, que é um livro e transformamos isso em enredo. Essa jangada sai levando Julio Verne e aí, começa a encontrar os ribeirinhos, os contadores de histórias, todos esses personagens que vão permear o imaginário amazonense”, explicou Mauro Quintaes.

O presidente de honra, Fábio Montibelo, falou sobre o processo de repatriação do carnavalesco Mauro Quintaes, que retorna à escola, após a saída de Annik Salmon rumo à Estação Primeira de Mangueira.

“A Annik me ligou, eu estava dirigindo, dizendo que tinha recebido uma proposta da Mangueira. Ela foi uma parceira da Porto da Pedra, mas eu não pude cobrir a proposta dela e liberei ela porque também é a vida dela. Aí, na hora, me deu um estalo na cabeça, ‘Vou ligar para o Mauro Quintaes’, liguei para ele, estava em São Paulo, disse para ele vir para cá, tinha uma proposta, nós estávamos em uma ascensão de brigar pelo título e a gente precisa de você para botar o carnaval na avenida. Fiz a proposta a ele, paguei a preço de ouro e consegui botar a escola, em uma segunda-feira dessa a comunidade está presente e a gente vem para brigar, com ajuda da Prefeitura de São Gonçalo, com certeza esse ano a
gente está na briga”, contou Fábio Montibelo.

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