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Maria Madalena dos anos 2000: Ala da Mangueira faz homenagem à comunidade LGBTQIA+

madalenamangueiraA Estação Primeira de Mangueira foi a terceira escola a desfilar na Marquês de Sapucaí no noite do último domino. Com um enredo que gerou polêmica desde a sua revelação, a verde e rosa levou para a Avenida uma reflexão de como seria a vida de Jesus Cristo no mundo atual repleto de intolerância, preconceito, violência e perseguição.

A ala 17, representava Maria Madalena do mundo contemporâneo. A figura é historicamente associada ao pecado, a prostituta que foi apedrejada na história bíblica, foi apresentada no desfile fazendo uma associação aos homossexuais.

“Estamos vestidos de Maria Madalena nos tempos atuais. Ela foi prostituta e hoje vem travestida. Isso é importante porque essas pessoas também sofrem preconceito e nós estamos aqui pra pedir um basta”, explicou Socorro Carvalho, 54, que disse também que a sociedade tem problemas maiores para se preocupar do que criar polêmica por conta do enredo da verde e rosa.

“Temos que repensar o Brasil, repensar se é mais importante discutir a fome, a educação, a saúde ou se é mais importante criar polêmica por causa dessa situação.”

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Na fantasia, os componentes utilizavam perucas de cores distintas e sob a cabeça uma coroa com estrelas que lembrava os santos da igreja. Portavam uma capa nas cores da bandeira LGBT e um estandarte com inúmeras fitas coloridas penduradas, além da frase ‘irmão, vai tacar pedra?’, em referência à história de Maria Madalena.

“Justamente por Maria Madalena ter sido apedrejada, na Bíblia ela era a escória da sociedade, e hoje a bandeira LGBT é um símbolo disso”, contou Thiago Oliveira, 32, explicando a bandeira presente na fantasia.

Claudio Sampaio, 52, veio do Maranhão e desfilou pela primeira vez na Mangueira. Ele contou que estava lisonjeado por se sentir inserido no desfile da escola. “O enredo do Leandro é muito importante porque ele exorta a inclusão social através de um Cristo modernizado, de um Cristo que nasceu para os excluídos e não para os palácios. Eu, como deficiente físico, me senti muito lisonjeado por essa inclusão que o Leandro propôs.”

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