Denominada de “O Calvário”, a quarta alegoria da Estação Primeira de Mangueira retratou a crucificação de Cristo. Uma gigantesca cruz no alto da alegoria revelou a figura de Jesus crucificado. Na parte superior, onde na cultura cristã ficam as iniciais “JNRJ”, foi colocada a palavra “Negro”. Justamente para levar a reflexão das políticas raciais e sociais.

Os tons escuros predominaram a alegoria, devido a associação inspirada nas partes mais trágicas dos evangelhos da bíblia.

As múltiplas cruzes da alegoria carregavam pessoas crucificadas, fazendo uma crítica a forma como a sociedade trata as minorias. O componente André Bento, 38 anos, explicou o que representavam as composições da alegoria.

“São 10 cruzes, representando a classe LGBT, mulheres, negros, índios e os catulados que são as religiões de matrizes africanas”. André ainda completou que sua fantasia representava a classe homossexual e o motivo da representação. “É a classe crucificada todos os dias. Morta seja pela intolerância ou por não aceitação da orientação sexual alheia”.

Com 12 anos de Mangueira, Fernanda Porrio, 47 anos, afirmou que enredos polêmicos estão agradando muito a comunidade mangueirense.

“O carnavalesco retratou como se Jesus nascesse novamente, mas agora, como menino um de nossos meninos de Mangueira. Enredos polêmicos estão conquistando toda nação mangueirense”, finalizou.

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