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Mais oito escolas! Sábado da Série Ouro promete luta acirrada entre favoritas ao Acesso

A segunda noite de desfiles das escolas da Liga Rj vai ter as apresentações de oito agremiações que sonham pela vaga ao Grupo de Acesso. Entre elas, a disputa mais acirrada deve acontecer no meio da noite quando as favoritas, a quinta a desfilar Porto da Pedra, que vai apresentar uma grande aventura na Amazônia e um grito de alerta, será seguida da União da Ilha, homenageando a madrinha centenária Portela e os próprios 70 anos da tricolor insulana. Antes, a União de Jacarepaguá abre a noite em sua volta à Sapucaí apresentando a história de Manoel Congo e Marianna Crioula. Em seguida, a Unidos da Ponte trará toda a religiosidade de Mãe meninazinha de Oxum, logo depois a Unidos de Bangu apresenta um enredo afro cantando uma das qualidades do orixá Xangô e a Em Cima da Hora traz para a Avenida a história de Esperança Garcia.

No final da noite, o Império da Tijuca, penúltima a desfilar, vai falar sobre o pintor argentino Carybé. A noite será encerrada pela Inocentes de Belford Roxo que trará o protagonismo feminino das artesãs Paneleiras da região das Goiabeiras no Espírito Santo. Os desfiles começam às 21h. Após a apuração na quarta-feira de cinzas, apenas a campeã vai subir para o Grupo Especial e as duas piores colocadas caem para a Série Prata e vão desfilar na Intendentes em 2024. Veja abaixo o resumo do que será de cada desfile.

União de Jacarepaguá – 21h

A União de Jacarepaguá volta a Marquês de Sapucaí depois de sete anos na Intendente de Magalhães com o desafio de se firmar na Série Ouro. A Verde e Branco aposta no enredo “Manoel Congo e Marianna Crioula: Heróis da liberdade no vale do café”. A escola optou novamente por um enredo afro-brasileiro na linha do enredo de 2022 que levou a agremiação de volta à Série Ouro. Para pensar o enredo, a escola aposta em uma dupla de carnavalescos: Lucas Lopes, já parte do campeonato da Série Prata, e Rodrigo Meiners, contratado para esse carnaval. O intuito é usar o carnaval para mais pessoas conhecerem a história de Manoel Congo e Marianna Crioula, que lutaram contra o fim da escravidão. Cansados da violência, se rebelaram e criaram o segundo maior quilombo do Brasil.

Unidos da Ponte – 21h50

A Unidos da Ponte vai reverenciar na Marquês de Sapucaí a luta de Mãe Meninazinha de Oxum, uma personalidade do candomblé que tem seu terreiro no bairro São Mateus, em São João de Meriti. Os carnavalescos Rodrigo Marques e Guilherme Diniz desenvolveram o enredo intitulado “Liberte Nosso Sagrado: o legado ancestral de Mãe Meninazinha de Oxum”. A construção desse carnaval partiu da proposta de Rodrigo de falar do Acervo Nosso Sagrado, coleção de objetos de religiões de matriz africana apreendidos pelas forças policiais entre os anos de 1891 e 1946 e que estavam sob poder da Polícia Civil até poucos anos atrás. O desfile vai abordar muito do racismo religioso que ainda existe, e existe de uma maneira muito grande, enraizado na nossa sociedade estruturalmente falando.

Unidos de Bangu – 22h40

Em sua estreia na Série Ouro e na Unidos de Bangu o tricampeão pelo carnaval do Espírito Santo, Robson Goulart promete um grande desfile para agremiação, que este ano trará para a avenida o enredo “Aganjú: a visão do fogo, a voz do trovão no Reino de Oyó” que vai contar a história de uma das qualidades do orixá da justiça. O enredo trata de uma qualidade de Xangô que é Aganjú, para quem não o conhece é o orixá ainda criança, diferente da sua qualidade mais conhecida, até sua data de comemoração é diferente, no sincretismo religioso Aganjú é São João e não São Jerônimo. É um xangô menino. Tudo que é relacionado a ele tem doces, como ele é sincretizado com São João as festas dele tem balões, pipas e bandeirinhas.

Em Cima da Hora – 23h30

A Em Cima da Hora vai levar para a Avenida a história e representatividade de Esperança Garcia, considerada a primeira advogada mulher do Brasil. Negra e escravizada, ela foi a responsável por redigir uma carta com embasamento jurídico ao governo do Piauí, em 1770, denunciando os maus tratos ocorridos na fazenda em que era forçada a trabalhar. Com o enredo “Esperança, Presente!”, do carnavalesco Marco Antônio Falleiros, a agremiação pretende honrar a história dela e inspirar outras mulheres negras. Ao passar pela ancestralidade, a vida cruel na fazenda e a inspiração para diversas mulheres, Falleiros propôs construir um desfile iluminado e colorido em prol da didática.

Porto da Pedra – 0h20

Há 10 anos na Série Ouro, a Unidos do Porto da Pedra vai brigar para voltar ao Grupo Especial com o enredo “A Invenção da Amazônia” desenvolvido pelo carnavalesco Mauro Quintaes, que está de volta ao carnaval carioca depois de passar cinco anos no paulista. A escola de São Gonçalo vai apresentar um desfile inspirado no livro de Júlio Verne chamado “A jangada”, de 1881. O livro é ambientado na Amazônia brasileira e a jornada feita pelos protagonistas apresenta com uma riqueza de detalhes a cultura amazônica. A partir da ficção, Mauro Quintaes elaborou um enredo que vai do ficcional ao político, do misticismo à conscientização. Para a história contada na Avenida, o carnavalesco colocou Verne e seus personagens para encontrar personalidades contemporâneas. Entre os três escolhidos está a escritora Zeneida Lima, responsável por dissertar sobre os Caruanas em “O mundo místico dos Caruanas da Ilha de Marajó”, que rendeu um enredo para a Beija-Flor em 1998. A segunda personagem que o autor encontra é a pajé Baku, indígena sateré-mawé, única mulher a assumir a liderança da sua tribo. E, por último, Júlio Verne conhece Tonzinho Saunier, cronista, poeta e historiador de Parintins, que representou os povos ribeirinhos.

União da Ilha – 1h10

Em 2023, o povo do samba comemora o centenário da Portela e os 70 anos de existência da União da Ilha do Governador. O vínculo de afilhada e madrinha foi o fio necessário para a insulana definir como enredo “O encontro das águias no Templo de Momo”, desenvolvido pelo carnavalesco Cahê Rodrigues. A proposta é homenagear a maior campeã do carnaval carioca e contar a história da União, mas de uma forma lúdica e não necessariamente documental. O desfile da Ilha promete ser emocionante do início ao fim. Além de falar das aniversariantes homenageadas, a agremiação está fazendo uma grande homenagem ao carnaval, aos bailes, aos blocos e aos cortejos. O enredo foi muito bem recebido pelo presidente Ney Filardi e pelos insulanos. Para aproveitar essa empolgação, neste ano, a opção artística é usar bastante as cores da escola (vermelho, azul e branca) para firmar a identidade da comunidade.

Império da Tijuca – 2h

Após ficar injustamente em nono lugar da Série Ouro no Carnaval 2022, o Império da Tijuca aposta em uma dupla de carnavalescos com estilos diferentes, porém complementares, para compor o enredo deste ano: Junior Pernambucano e Ricardo Hessez. O Primeiro Império do Samba vem com o enredo “Cores do Axé”, uma proposta que se inspira na documentação artística do pintor argentino Carybé sobre o Axé enquanto energia criadora, os orixás, os terreiros, a baianidade e as festividades. Para unir as estéticas díspares dos integrantes da dupla, as obras de Carybé foram essenciais. O artista plástico argentino, mas de alma baiana, viveu no século XX, se encantou com a cultura afro-brasileira e foi uma figura importante porque pôs em tela e em escultura muitos elementos que faziam parte da tradição oral dos terreiros. A construção de um conceito de baianidade passou pelas suas mãos tanto quanto por outras renomadas personalidades.

Inocentes de Belford Roxo 2h50

Desde 2013 longe do Grupo Especial, a Inocentes de Belford Roxo esse ano aposta em exaltar a força feminina com o enredo “Mulheres de barro”. O carnavalesco Lucas Milato está desenvolvendo um desfile contando a história e a rotina de trabalho da Associação das Paneleiras de Goiabeiras, grupo de mulheres artesãs em Vitória no Espírito Santo. Lucas está em seu segundo ano no cargo, a intenção do carnavalesco é fazer um desfile com alegorias maiores em relação a 2022. O presidente Reginaldo Gomes manifestou a vontade de exaltar a força feminina na avenida e por isso o tema foi escolhido em relação a outros. A sinopse, e consequentemente todo desenvolvimento do desfile, foram elaborados com base nas vozes das Paneleiras, tudo que estará presente no desfile, foi baseado nas próprias falas das Paneleiras. Para encerrar a noite, a Inocentes promete um desfile com alegorias volumosas. O carnavalesco Lucas Milato está motivado a levar um dos maiores conjuntos alegóricos do Grupo.

Regulamento

De acordo com o regulamento do Carnaval 2023 ficou definido pela Liga RJ que o tempo de duração do desfile de cada escola de samba será de, no mínimo, 45 (quarenta e cinco) minutos e, no máximo, 55 (cinquenta e cinco) minutos. As escolas de samba, cuja posição na ordem de desfiles correspondam à numeração par, deverão se concentrar a partir da lateral do setor 01 da Avenida dos desfiles no sentido do edifício “Balança Mas Não Cai”. As escolas de samba, cuja posição na ordem de desfiles correspondam à numeração ímpar, deverão se concentrar a partir do prédio do Juizado de Menores, no sentido dos prédios da Cedae e da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. A primeira escola de samba a desfilar em cada um dos dias de desfiles deverá se concentrar a partir da Área de Armação (Área anterior ao portão de início de desfile.

Outros aspectos importantes a se destacar no regulamento são as obrigatoriedades: número mínimo de 900 componentes por agremiação; número mínimo de 35 baianas; comissão de frente com o mínimo de 10 e máximo de 15 componentes aparentes; mínimo de 130 ritmistas agrupados na bateria; mínimo de 02 e o máximo de 03 alegorias, podendo no máximo 01 alegoria acoplada, além do número máximo de 02 tripés, sem contar o elemento cenográfico permitido que eventualmente possa ser apresentado pela Comissão de Frente.

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