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O samba do Paraíso do Tuiuti, com compositores renomados como Moacyr Luz e Cláudio Russo, levou apenas uma nota dez, do julgador Eri Galvão. Os jurados apontaram problemas com rimas, que para eles ‘enfraquece’ a riqueza poética da obra.

“Letra – a insistência nas rimas -ado, -eia/eiro enfraquece a riqueza poética do samba, tornando-o pouco inventivo. (-0,1) Melodia – o samba está construído a partir de frases melódicas muito curtas (inclusive o refrão), tornando-o cansativo durante o desfile. (-0,1) Além disso, os dois refrões apresentam apoio melódico na sensível, acompanhado por acorde de V. Isso tornou os dois muito semelhantes harmonicamente, o que reforçou a ideia de que o samba era pouco variado. (0,1)”, justificou Felipe Trotta.

Alfredo Del Penho elogiou a melodia da obra mas tirou um décimo por conta da alongamento da notas.

“Melodia -0,1. Apesar da bela variação melódica em termos de altura das notas, o samba perde ao ser recorrente na duração das notas de “todo 20 de janeiro” até “sem futuro nem passado” e de “tocam liras na favela” até “pede ao santo proteção” soando alongado em alguns trechos”, disse o jurado.

Alice Serrano apontou problemas na coesão das imagens, do entendimento do enredo através do samba e ainda citou o problema de um samba eufórico para narrar episódios trágicos.

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“Letra: faltam detalhes de coesão das imagens, como por exemplo do 6º verso para o 7º verso da primeira estrofe, não ficando claro como Sebastião chegou no mar. A letra é predominantemente metafórica, fazendo com que sejam necessárias analogias, quase todo o tempo, para que o real significado de cada mensagem passada nos trechos da letra seja compreendido. Não trata de forma compreensível a relação do Sebastião Rei de Portugal e o Santo Sebastião. Um enredo complexo, que ao ler profundamente explorado, gerou uma obra menos popular e de difícil compreensão para o público que precisa compreender o enredo através do que lhe é apresentado visualmente e do samba. (-0,1) A letra é enriquecida com uma proposta poética, mas apresenta excesso de rimas em “ado”, e deixa a desejar em beleza nos refrões, com uma sutileza no refrão do meio, que apesar de funcionar bem apresenta proposta melódica bem contrária, proposta melódica em oposição a proposta dos versos. A melodia é “pra cima” enquanto a mensagem dos versos faz referência a acontecimentos dramáticos, como desfecho trágico: o arraial erguido na terra do protetor, Pedra Bonita e Canudo; ou seja, uma mensagem trágica sustentada numa melodia eufórica. (-0,1)”, explicou Alice.

“A segunda estrofe tem os quatro últimos versos terminando na tônica “A”, o que destoa de toda a letra”, disse Clayton Fabio de Oliveira.

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