No desfile das campeãs, Jorge Freitas conversou com o CARNAVALESCO e explicou todo o trabalho da escola feito no carnaval 2023. O artista da Dragões da Real, que já está renovado para o próximo ano, avaliou o projeto como positivo e enalteceu que o desfile foi aprovado pelo público, mesmo que as justificativas e os critérios de julgamento não tenham sido de agrado da agremiação.
De acordo com o carnavalesco, a relação com a ‘comunidade de gente feliz’, já é de carinho e amor, onde na Dragões da Real se encontrou uma escola muito bem organizada.
Primeiro trabalho
O profissional, que teve passagens em quatro escolas antes de chegar à comunidade tricolor, chegou para desenvolver o enredo homenageando a cidade de João Pessoa, capital paraibana. O carnavalesco avaliou o seu primeiro projeto como positivo e, segundo ele, já tem uma relação recíproca de amor e carinho.
“Eu acho que meu sentimento é de estar na Dragões há muito tempo. Eu tenho apenas nove meses, mas parece que estou uma eternidade. Acho que o que a Dragões me proporcionou de alegria e de ver uma escola totalmente organizada, é difícil não nos atrair, mas o meu sentimento é de paixão, amor e o que nós fizemos tanto no desfile oficial debaixo daquela chuva e no desfile das campeãs é para o público. São eles que devem sair satisfeitos. O jurado nos tira do vice-campeonato por causa da luva. A ala estava toda vestida com as luvas e ele alega que não. São coisas que acontecem que não deveria nem para nós e nem para as coirmãs”, disse.
As críticas em relação ao julgamento
Como várias outras personalidades do carnaval, Jorge Freitas criticou fortemente o critério de julgamento da competição. De acordo com o artista, tal jeito de avaliação das escolas prejudicam a forma de ver o espetáculo. Além disso, a Dragões da Real desfilou debaixo de uma imensa chuva. Entretanto, para Freitas, não foi o maior empecilho. O carnavalesco falou sobre tudo isso.
“Eu não vejo que isso (chuva) tenha sido o maior problema, tanto é que na justificativa não tem nada de chuva. Têm dois erros de justificativa que nos tira da competição. Eu não vou nessa de que é muito acirrada, porque na prática não é muito isso. Acho que nós temos que melhorar a forma de fazer o julgamento. Não é trocando o jurado ou fazendo isso e aquilo. É fazer um regulamento para que o espetáculo saia vencedor. A escola que venha aqui e faça o melhor espetáculo seja campeã, onde termine o desfile e você pergunte para qualquer pessoa na arquibancada e, mesmo que não tenha nenhum grau de carnaval, ele vai responder certo. Eu acho que algumas coisas tem que zerar e refazer para que o espetáculo ganhe. As 14 agremiações vão procurar fazer o melhor como estão fazendo, mas está muito amarrado. É só você não errar. A gente tem que julgar a virtude e o que aquela escola proporcionou de espetáculo melhor. Não é só penalizar. Para fazer isso não precisa trazer tanto jurado bom. É só colocar um fiscalizador”, declarou.
Projetos para o próximo ano
De acordo com o carnavalesco, tudo vai ser analisado com calma para o próximo carnaval ser executado. “Vamos sentar para analisar como foi João Pessoa, que nos proporcionou um desfile descontraído, alegre, colorido e vibrante. Quem vê as nossas cores, fica fascinado e é isso que o público quer. Portanto a gente vai estudar o próximo enredo para o próximo ano fazer um belo desfile”, explicou.
Com o tema “Paraíso Paraibano – João Pessoa, a Porta do sol das Américas”, a agremiação conquistou um lugar no desfile das campeãs, ficando na quinta colocação.