InícioGrupo EspecialMocidadeJack Vasconcelos: 'Elza é um ato político ambulante'

Jack Vasconcelos: ‘Elza é um ato político ambulante’

Por Diogo Sampaio. Fotos: Allan Duffes

Ao conversar com o site CARNAVALESCO, durante a final de samba-enredo para o Carnaval 2020, Jack Vasconcelos comentou a força do enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel e deu uma visão rápida da proposta que será realizada na homenagem para Elza Soares.

“Elza é um ato político ambulante. Eu me senti muito a vontade com o tema. Acho que até um pouco do meu nome ter sido lembrado para esse enredo é por conta do viés político. Eu me identifico muito com discurso e com o trabalho que ela tem. E pesquisar sobre a vida da Elza, ouvir as músicas dela, querer entender e entrar na cabeça dela… Por que ela escolheu tais músicas para cantar? Eu não posso adiantar como será, mas posso garantir que não é uma biografia simples, de retrato por exemplo”.

O carnavalesco da Mocidade revelou a ótima recepção por parte dos independentes.

“Desde o momento que eu cheguei na escola entendi que o meu papel esse ano era de ser um instrumento. Eu não enxergo o enredo como meu, por exemplo. Quando eu cheguei, o tema já estava escolhido. E eu já sabia o quanto as pessoas estavam esperando por ele. Sei o quanto cada independente sente um pouco dono do enredo também, porque todo mundo fala muito dele, há muitos anos. Fui escolhido para ser a ferramenta para que tudo isso fosse possível, para que isso tudo fosse realizado. Para mim, é um ano atípico nesse sentido: Não foi um enredo que eu propus, que originalmente eu queria fazer, mas eu me sinto escolhido para ser o braço, para ser a mão, que vai edificar isso tudo. E para mim é uma honra”.

O artista também comentou a crise econômica que vivem as escolas de samba e citou o andamento do trabalho na verde e branco da Vila Vintém.

“Fazer carnaval, fazer arte no Brasil em geral, não é fácil e nunca foi. Quem escolhe esse caminho tem de ter consciência de que a vida não será tranquila. Eu acredito que esses anos de acesso, que ainda são muito recentes na minha memória e no meu raciocínio de carnaval, me ajudam muito a fazer trabalhos que não são tão caros, em termo de dinheiro, como eles aparentam ser. É muito fácil fazer carnaval quando se tem grana: É só colocar uma pluma, um material importado, que vai ficar bonito. A crise financeira força a nós reaproximar dos fundamentos de uma escola de samba. É claro que tem o lado muito ruim disso tudo, que é o ataque encima da importância que a escola de samba têm culturalmente como identidade. Então, a gente sabe que essa falta de dinheiro tem origem nisso. Isto que é complicado, que é difícil. Devemos ficar atentos e combater da forma que a gente puder. No momento, a gente está terminando protótipos e fazendo o projeto dos carros alegóricos. Também já começamos a entregar destaques. Estamos com um cronograma bem pensado com a direção de carnaval, justamente para otimizar o nosso tempo e o nosso dinheiro”.

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