Por Diogo Sampaio

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O Império Serrano abriu sua quadra, na noite de sábado sábado, e apresentou para sua comunidade os protótipos das fantasias que levará para Marquês de Sapucaí, pela Série A. No carnaval de 2020, a escola defenderá o enredo “Lugar de mulher é onde ela quiser”, que irá marcar a estreia do carnavalesco Júnior Pernambucano na agremiação. Em conversa com a reportagem do site CARNAVALESCO, Júnior revelou sua preocupação em elaborar um trabalho dentro da realidade atual da escola e do grupo em que está. Uma solução encontrada pelo artista foi o uso dos chamados materiais alternativos:

“Tive muito cuidado em relação aos custos dos materiais, para não ficar tão caro. Tem alas bem criativas, com materiais alternativos, para baratear a fantasia. Usei etaflon, usei palha, usei juta… A maioria das alas tem um pouco de cada coisa assim. A minha principal preocupação foi não encarecer. Todos as alas têm essa preocupação financeira, no custo”.

A abertura do desfile do Império Serrano promete ser emocionante para qualquer torcedor da escola ou amante do carnaval. As tradicionais baianas da Serrinha serão a primeira ala a se apresentar. Com uma fantasia branca, com direito a plumas, as senhoras trarão em suas saias o símbolo maior da agremiação, a coroa.

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Na sequência, virá a velha guarda, que prestará homenagens a Tia Eulália, cuja residência foi palco para a fundação do Império. No entanto, quem esteve presente na quadra não pode conferir como será o figurino, já que a escola optou por guardar segredo até o dia do desfile. O mesmo aconteceu com a fantasia da ala seguinte, a ala 3, que tem como nome “Empoderadas Imperianas”.

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No segundo setor, o Reizinho de Madureira entra no aspecto histórico de seu enredo e dá voz para mulheres pouco representadas nos livros didáticos, mas que desempenharam grandes papeis. É o caso da índia potiguara Clara Camarão, que liderou um grupo de nativos armados contra invasores holandeses, fixados em terras hoje correspondentes as cidades de Recife e Olinda, no estado de Pernambuco.

A fantasia que representa Clara na ala 6 se destaca pelos tons de verde usados e a estampa que remete a cultura indígena. O trabalho com penas artificiais também chama atenção no figurino.

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Mulheres que revolucionarão em seus tempos e fizeram a diferença na sociedade. O terceiro setor da apresentação do Império Serrano trará nomes como o de Antonieta de
Barros, a primeira mulher negra eleita deputada no Brasil. Outra figura lembrada nessa parte do desfile é a bióloga Bertha Lutz, que liderou movimentos pelo sufrágio feminino.

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Nesse setor, há o predomínio de fantasias mais leves, que propiciam uma melhor evolução dos componentes. Há também forte presença das cores da escola, o verde e o
branco, nas bases dos figurinos. A cor amarela também se destaca.

A parte final da apresentação imperiana pretende reverenciar o empoderamento feminino nos mais diversos campos e aspectos da sociedade, como a ciência, a música, as artes e os esportes. Para representar, foram escolhidos nomes como os das cantoras Carmem Miranda e Chiquinha Gonzaga até o da jogadora de futebol feminino Marta, que curiosamente será enredo de uma coirmã da Série A, a Inocentes de Belford Roxo.

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Assim como as alas 2 e 3, a ala 25, intitulada de “Marcha das Margaridas”, não teve seu figurino apresentado ao público. Porém, a escola revela se tratar de uma de suas grandes apostas e promete surpreender.

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Ala 01 (Baianas): Mãe Imperiana Mãe!

Ala 02 (Velha Guarda): Sementes de Tia Eulália

Ala 03: Empoderadas Imperianas

Ala 04: O desabrochar do Jardim Imperiano

Ala 05: Florescer de um Poderoso Império

Ala 06: Empoderada Nativa – Clara Camarão

Ala 07: Guerreiras de Tejucupapo

Ala 08: Sacrossanta Liberdade – Madre Joana Angélica

Ala 09: Farroupilhas de Anita Garibaldi

Ala 10: Militar Pioneira – Maria Quitéria

Ala 11: Heroína da Independência – Maria Felipa

Ala 12: Rainha Quilombola – Teresa de Benguela

Ala 13 (Damas): Educar para Libertar – Nísia Floresta

Ala 14: Vossa excelência Antonieta – A Primeira Negra Deputada

Ala 15 (Passistas): Pagu – Revolucionária das Palavras

Ala 16 (Bateria): Nativos Doutorandos de Leonilda

Ala 17 (Guerreiras): Sacro Tentação – Rose Marie

Ala 18: Bertha Lutz – Votar é um Direito

Ala 19: Poderosas Operárias

Ala 20: Louca Arte – Nise da Silveira

Ala 21: Alô, Alô, Tai Carmem Miranda

Ala 22 (Compositores): Abram Alas para Chiquinha

Ala 23 (Crianças): Xô, Perereca! Dercy Gonçalves

Ala 24: Rainha dos Gramados – Marta

Ala 25: Marcha das Margaridas

Ala 26: Maria da Penha – Ter Direito é Ter Poder

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