InícioIntendenteImpério da Uva conta sobre Maria Padilla em desfile luxuoso, mas carro...

Império da Uva conta sobre Maria Padilla em desfile luxuoso, mas carro trava na pista

Por Anderson Madeira

Oitava a entrar na Passarela do Samba, a Império da Uva, a verde branco de Nova Iguaçu, veio luxuosa para contar o enredo “Laroyê Rainhas das Marias”, sobre Maria Padilha, entidade da Umbanda, que que foi ainda personagem histórica Maria de Padilla (1334-1361), nobre que foi companheira do rei Dom Pedro I de Castela, o Cruel. O enredo foi desenvolvido pelo carnavalesco Clébio de Freitas. Apesar das belas fantasias e do bom samba, a escola teve problema com o segundo carro, que travou na pista e criou um grande buraco. Os 850 componentes correram para terminar o desfile em 40 minutos. O samba teve como autores: Adriano Cássio e Clebio de Freitas. Este animou as arquibancadas e foi um dos destaques do desfile.

Comissão de Frente

Os componentes vieram com a fantasia “O feitiço da rainha”, em referência à dama da madrugada e rainha das encruzilhadas, senhora da magia, a mulher que muda o destino de uma corte europeia. Teve como coreógrafos Carla Flor e Júnior. A apresentação foi impecável e muito aplaudida pelo público e os jurados.

Mestre-Sala e Porta Bandeira

Roberto Vinicius e Clênia Freitas vieram com a fantasia cujo significado era “Amor ao Rei”. A elegância e o luxo da roupa chamaram a atenção, além da apresentação sem erros. Os jurados e o público nas arquibancadas aplaudiram bastante o casal. A sincronia entre os dois foi perfeita e o bailado, bastante suave.

Harmonia

Se a parte plástica foi bem, a harmonia teve o canto irregular. Algumas alas cantaram muito, enquanto outras, nem tanto, com componentes passando em silêncio. Outras cantaram apenas o refrão. O que pode se refletir na perda de décimos preciosos.

Enredo

O enredo contou como Maria Padilha inspirou a criação da ópera “Carmem”, de George Bizet, sobre uma cigana que enfeitiçou o militar Don José e o abandonou, sendo depois morta por ele. No Brasil, sua imagem foi absorvida por religiões afro-brasileiras (umbanda, quimbanda e candomblé) na figura de Pombagira. A história foi contada de forma linear e forte na avenida.

Evolução

A escola começou evoluindo muito bem até a metade do desfile. Nesse instante, o segundo carro, “Povo de rua”, travou no meio da pista e os empurradores não conseguiam tirá-lo do lugar, próximo à cabine de jurados. Com isso, abriu-se um grande buraco na avenida, o que fará a escola perder pontos em evolução, pois as alas à frente tiveram que parar, até que a alegoria conseguisse avançar. Depois, para não estourar o tempo, os componentes das últimas alas tiveram que correr na pista e encerrar o desfile.

Samba

O samba foi muito bem defendido pelo intérprete Aldo Ribeiro, que incentivou as alas a cantarem a plenos pulmões e empolgou o público nas arquibancadas, que cantou junto, principalmente o refrão principal.

Fantasias

Tiveram beleza, luxo e bom acabamento, ajudando a contar a história do enredo, de fácil leitura. Durante toda a avenida não foi encontrado nenhum pedaço solto. Na maior parte das alas, a roupa era leve e facilitava a evolução e o samba no pé do componente.

Alegorias

Os carros alegóricos primaram pela beleza, a imponência e o luxo e ajudaram a contar o enredo, com acabamento impecável. Somente o segundo carro causou problema ao parar no meio do desfile, prejudicando a evolução e a harmonia.

Outro destaque foi a ala das baianas, cuja fantasia foi de Rainha Maria Padilla, impressionando pela beleza do figurino e o rodopiar. A rainha de bateria, Giselle Araújo, foi de Maria Padilha, arrancando aplausos do público. Os 200 ritmistas da ala vieram de Ogan (que tocam tambores nos terreiros de Candomblé) e as paradinhas e bossas foram levantaram as arquibancadas. Eles foram comandados por Mestre Dó.

- ads-

Posição de desfile e critérios de julgamento: Presidente Paulo Serdan fala perspectivas do Carnaval 2025 em São Paulo

A Mancha Verde foi a sexta escola a desfilar na sexta-feira de carnaval. Entretanto, o presidente Paulo Serdan revelou ter outra preferência de horário...

Começa a 2ª FLIC, Feira Literária e Cultural da Mangueira, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação

Nesta sexta-feira, a quadra da Estação Primeira será palco da 2ª edição da FLIC Mangueira, com estandes de editoras, oficinas de criação poética, de...

Confira a sinopse do enredo da Unidos da Tijuca para o Carnaval 2025

Estou aqui para contar a minha história… 1 - Nascente. Olho d’água... Útero do mundo. Numa cabaça mergulhada no fundo do rio turvo, um espelho...