A mperatriz Leopoldinense, atual campeã do Grupo Especial do Rio, abre neste domingo a sua temporada dos sambas concorrentes para o Carnaval de 2024. O diretor executivo da agremiação, João Drumond, conversou com o site CARNAVALESCO e falou dos projetos da Verde e Branco.

joao drumond
Foto: Nelson Malfacini/Divulgação Imperatriz

O que significa pisar na quadra hoje como campeão no início da disputa de samba?

“A realização de um sonho. Cresci ouvindo as histórias de uma Imperatriz vencedora, e fazer parte da reestruturação e ajudar de alguma forma a colocar a Imperatriz no lugar que ela merece vai ser sempre um motivo de muito orgulho”.

Qual sua análise até agora da safra da escola?

“A safra de sambas de 2024 é razão de muita alegria e responsabilidade. Sem dúvida alguma é a melhor safra de sambas da Imperatriz desde que a gestão da presidente Cátia assumiu. Temos grandes obras e agora temos que analisar friamente o desempenho das obras na quadra e pautar a escolha aos seguintes fatores: qualidade musical e encaixe junto ao enredo desenvolvido pela escola”.

A escola reabre a quadra hoje. O que foi feito?

“Uma reestruturação de alguns espaços da quadra como a boutique, que agora poderá atender com mais conforto os nossos componentes. Outra novidade é a criação de uma sala de troféus para que a comunidade possa ter em evidência as glórias da nossa escola que são motivos de muito orgulho para todos nós Leopoldinenses. Além disso, criamos também uma sala de aula voltada para um projeto social na área da informática, que iremos dar início agora no segundo semestre de 2023. Por fim, a pintura da quadra foi renovada, e a escola adquiriu ventiladores para ajudar a amenizar os efeitos das noites de calor durante a preparação para o Carnaval 2024”.

O que pensam em fazer na quadra no pós-desfiles?

“A quadra precisa estar aberta para a comunidade o ano todo. Quando não estamos tendo ensaios, precisamos ter ações que tragam a comunidade e a sociedade de uma maneira geral para dentro da escola de samba. Projetos sociais, eventos de entretenimento e intervenções como palestras acontecem, e acontecerão o ano todo”.

Qual é o tamanho da responsabilidade de fazer carnaval para ser bi que não acontece desde 2008?

“Não encaro isso como uma responsabilidade, acredito ser uma oportunidade de quebrar mais um tabu. A Imperatriz tem como objetivo superar o carnaval campeão de 2023. Tenho certeza que fazendo isso, estaremos fortes na briga por mais um campeonato”.

A sinopse foi curta. O que você pensa desse modelo?

“Eu acredito que a sinopse cumpriu o seu papel da maneira que esperavamos desde o início, propiciando grandes obras que serão levadas para a disputa de samba da Imperatriz. Não acredito na rotulação de sinopse curta ou grande. A sinopse tem que ser boa. Existem boas sinopses maiores, e boas menores, como a nossa. O mais importante é a mensagem, e essa precisa ser compreendida por todos. O carnaval é uma festa popular. Acredito que a Imperatriz tenha um enredo pautado na essência popular do carnaval”.

Sobre disputa de samba o que você acha que pode melhorar nos próximos anos?

“Existem alguns modelos que vem sendo colocados em prática por algumas escolas e que podem trazer benefícios em um futuro próximo. Nós na Imperatriz já reduzimos a extensão da disputa, para facilitar e viabilizar a mesma economicamente para todas as parcerias, visto que a disputa de samba passou a observar um fator complicador que é o econômico. A disputa precisa ser democrática e dar oportunidade para todos aqueles que desejam ter a sua obra no concurso. Creio que o futuro precisa ser cada vez mais pautado na criatividade por parte das escolas para facilitar a presença de todas as parcerias e elevar o nível da disputa dessa forma”.

Vai transmitir todas eliminatórias? Qual a importância desse canal?

“A princípio a escola iria transmitir todas as eliminatórias. Porém, temos alguns ajustes de logística na quadra da escola para ajustarmos até o início da eliminatória. Hoje, posso afirmar que a escola irá transmitir as etapas finais da disputa e está trabalhando para ajustar a sua logística para transmitirmos também as etapas iniciais”.

A escola aumentou a relação com o Complexo como isso se reflete nas atividades da escola em relação ao carnaval e ao número de componentes?

“Sem dúvida é um fator determinante, que influencia muito no carnaval da Imperatriz. A Imperatriz pode ter tudo, mas se não puder contar com a força da sua comunidade, nada é possível. A comunidade da Imperatriz é um diferencial. Impulsionada pelo Complexo do Alemão, a Imperatriz tem sido elogiada cada vez mais por sua evolução nos ensaios e também durante seus desfiles. Não tenho dúvida alguma que foi o fator principal para termos conquistado um título após 22 anos”.

O que você ainda planeja no social da escola nos próximos meses e anos?

“O meu sonho é a ampliação de tudo o que é feito na escola e a criação de muitos outros projetos. A Imperatriz precisa ter associado à escola um braço voltado 24h apenas para o âmbito social. Está no planejamento da escola a criação de projetos esportivos, educacionais, culturais e que promovam a cidadania. Ainda pretendemos e vamos desenvolver ainda mais projetos que já estão em andamento, como o Ballet da Rainha”.