Com um enredo em homenagem à sua escola madrinha, Portela, a União da Ilha do Governador celebrou não apenas o encontro das águias. O desfile se desenvolveu como um grande ato de enaltecimento ao carnaval brasileiro.
O segundo carro alegórico da agremiação, intitulado “O Carnaval de nossas vidas”, encerrou o terceiro setor com um retorno aos carnavais antigos, abraçando a alegria que sempre esteve presente nos cantos da cidade carioca.
Jean Mendes, de 44 anos, se emocionou ao comentar a importância de fazer parte do maior espetáculo da terra. “Estou revivendo tudo que meu pai, minha avó e minha bisavó viveram. Tenho a oportunidade de ter esse momento no presente, e essa é a coisa mais linda do mundo. O carnaval é algo extraordinário. Não há nada como a magia de quando se entra na Avenida”, afirmou.
A alegoria apresentava diversos elementos nostálgicos, mas Thaís Louzada, de 29 anos, comenta que não há motivos para desmerecer a realidade. “Sentimos saudades, mas dentro das quadras o espírito do carnaval é o mesmo. Geralmente desfilamos há anos, com a família ou amigos, então temos esse encontro de pessoas que amamos”, comentou.
Ao serem questionados sobre a importância dos bailes e decorações de rua, ambos saíram em defesa. “É total! Sem isso, esse estado não é o Rio de Janeiro. Depois do carnaval, vou para um monobloco no domingo. Hoje também teve bloco. Estou muito feliz”, informou Jean.
Thaís fez questão de elogiar a pluralidade do carnaval como uma festa cultural. “Tem espaço para a vovó, para o vovô, para o titio… Cada um se sente melhor num tipo de carnaval e aqui temos todos”, concluiu.