Compositores: Thiago Meiners, Marco Moreno, Denilson Sodré, Bertolo, Domingos PS e Dilson Marimba

Me faço Iaguar, Jaguaretê
Suaçurana, Tipai, Maracajá

PELAGEM DOURADA DE ONÇA PINTADA
JAGOARETÉ-APIABA, TUPINAMBÁ

Soam tambores pro senhor da criação
Reinava a noite na constelação
Quando a brasa incendiou
Trovão Tupã rasgou, oceano fez cicatriz
Em batalhas, Sumé trouxe a ira
Renasceu com Maíra o espírito aprendiz
Seus filhos corriam no avesso da mata
À luz de Cuaraci
Meu curumim caraíba ruge
Pra que a terra mude aos olhares de Jaci

VIVE O CANTO ARAWETÉ, WARI, KAMAYURÁ
VIVE O CANTO DO MAWÉ, JURUNA, KAIOWÁ
É O BRASIL DO URUCUM AOS BATUQUES MARACÁS
CLAMOR DE ONÇA GRANDE AOS ANCESTRAIS

VIVE O CANTO DO XIPAIA, TUKANO, PATAXÓ
VIVE O CANTO DO BANIWA E KAYAPÓ
É O BRASIL DO URUCUM AOS BATUQUES MARACÁS
CLAMOR DE ONÇA GRANDE AOS ANCESTRAIS

Na gira de caboclo, okê okê
A flecha e o ponto, versador
Se o onceiro é poesia
Caetana ganhou asas e voou
E o nosso destino é ser bicho onça
É ser a luta do irmão
Um estandarte pra erguer revolução
Resistir na voz dos carnavais
Quero ser o “selvagem” desse meu país
Pajé-onça de um futuro ancestral
Herdeiro originário da raiz

ÔÔÔÔ ÔÔÔÔ
PANTEÃO TUPINAMBÁ, GRANDE RIO, EU SOU
KIÔ KIÔ CANIDÉ-IOUUE
OUÇA O GRITO DE CAXIAS AO RUGIDO DO TAMBOR