InícioGrupo EspecialFreddy Ferreira analisa a bateria da Viradouro no ensaio técnico

Freddy Ferreira analisa a bateria da Viradouro no ensaio técnico

A bateria da Unidos do Viradouro fez um ótimo treino para o desfile oficial, no último ensaio técnico da noite de sábado, sob o comando de mestre Ciça. A “Furacão Vermelho e Branco” apresentou um ritmo integrado ao seu melodioso samba-enredo, com destaque para elaboração de arranjos musicais com utilização de timbales, além de se aproveitar da pressão dos marcadores nas retomadas, sempre executadas com precisão.

A cozinha da bateria ficou marcada pelo tom grave, devido ao peso das afinações envolvendo as marcações da “Furacão Vermelho e Branco”. Os marcadores dos surdos de primeira e segunda tiveram um desempenho notável, bem como os surdos de terceira proporcionaram balanço à escola do bairro do Barreto, tanto fazendo ritmo, quanto participando das bossas. Repiques se exibiram de modo coeso e firme, adicionando valor sonoro ao ritmo da bateria da Viradouro. As caixas de guerra, tocadas em cima sem talabarte, serviram de plataforma musical sólida, amparando os demais naipes com sua batida peculiar. Vale ressaltar o belo trabalho envolvendo ritmistas tocando timbal, que acrescentaram bastante à musicalidade da bateria.

Na cabeça da bateria, uma ala de cuícas de técnica musical elevada contribuiu de forma considerável com a sonoridade da parte da frente do ritmo. Um naipe de chocalhos sólido auxiliou com bom volume. Uma ala de tamborins acima da média tocou com firmeza e precisão um inspirado desenho rítmico baseado nas nuances melódicas do belo samba da Viradouro. As peças leves foram consistentes o suficiente para estarem plenamente integradas com toda a bateria.

A paradinha do refrão principal era iniciada ainda no final da segunda do samba-enredo. Na palavra “cortejo” todos os naipes davam dois tapas consecutivos juntos (Tum-Tum!), provocando explosão e permitindo que o último verso da segunda fosse cantado em coro. A retomada para o refrão principal uniu pressão e ritmo, deixando os surdos de terceiras soltos para dar balanço, mas sem retomar os surdos de primeira e segunda, que só voltavam a ditar o andamento na segunda passada do estribilho, dando impacto sonoro ao ritmo da agremiação de Niterói.

Uma bossa na cabeça do samba, por vezes exibida em sequência, deu extensão musical à apresentação da bateria da Viradouro. O arranjo musical mais uma vez aliou a pressão provocada pelo peso envolvendo a afinação das marcações com o peculiar balanço da “Furacão Vermelho e Branco”. Foi possível perceber uma espécie de Afoxé, que auxiliou de forma notável com um swing envolvente, junto dos ritmistas tocando timbal.

Já a bossa do refrão do meio utilizou os dois tapas consecutivos nas duas vezes que é cantado o trecho “É vento”, permitindo uma explosão sonora antes de um solo bem pontuado e executado de ritmistas com timbal e agogô de duas campanas (bocas). Uma integração musical considerável foi percebida entre o ritmo e as levadas dos timbales. Surdos de terceira também deram um auxílio luxuoso ao arranjo musical simples, mas que se demonstrou eficiente e funcional.

Um ensaio técnico que exibiu uma bateria da Viradouro pronta para seu desfile oficial, além de esperançosa em obter a almejada nota máxima dos julgadores. Um ritmo que mesclou acertos musicais e culturais. A utilização de ritmistas com timbal permitiu um molho diferenciado nas convenções exibidas, todas realizadas com precisão durante toda a pista. Mestre Ciça certamente saiu satisfeito com um treino repleto de virtudes musicais de sua “Furacão Vermelho e Branco”.

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