Uma excelente apresentação no ensaio técnico da bateria “Swing Puro” da Acadêmicos do Vigário Geral, comandada por mestre Luygui. A escolha foi por um ritmo atrelado ao enredo da escola. Ritmistas, em sua maioria, usavam vestimentas juninas, assim como as bossas esbanjavam nordestinidade.
Na cozinha da bateria, uma afinação extremamente acima da média foi percebida. A distinção entre timbres se manteve muito bem definida, o que ajudou na integração musical de todo o ritmo da “Swing Puro”. Marcadores foram seguros e firmes durante o cortejo. Surdos de terceira contribuíram no balanço da parte traseira da bateria da Vigário. Caixas de guerra e taróis ressonantes deram consistência musical aos naipe médios, que ainda contaram com repiques coesos e com nítida virtude sonora.
Na parte da frente do ritmo, um naipe de cuícas de qualidade e uma ala de agogôs eficiente , com uma convenção rítmica baseada nas nuances do samba ajudaram no preenchimento da sonoridade das peças leves. Um naipe de chocalhos de nível técnico incontestável tocou de forma entrelaçada com uma ala de tamborins de bastante qualidade, que executou um desenho rítmico que mesmo com certa complexidade, se mostrou funcional pela Avenida.
As bossas da bateria da Vigário Geral usavam a seu favor a pressão provocada pelas marcações pesadas. Uma musicalidade de profundidade foi apresentada, com destaque pela nordestinidade presente nos arranjos, sendo o principal deles a bossa do refrão principal com um ritmo junino explosivo, envolvente e dançante. Durante as passagens também foi possível constatar nuances rítmicas interessantes e de bom gosto, demonstrando versatilidade.
Um ensaio técnico que mostrou uma bateria “Swing Puro” praticamente pronta para o desfile oficial. Bossas juninas se mostraram funcionais, tanto no ritmo, quanto para canto e dança dos componentes. Mestre Luygui saiu da Avenida certamente orgulhoso do treino grandioso da bateria da Vigário Geral na Sapucaí.