Um bom ensaio técnico da bateria “Sintonia de Cavalcante” da Em Cima da Hora, sob o comando de mestre Léo Capoeira. Mesmo diante de bossas complexas, é possível dizer que a execução foi sendo aperfeiçoada pela pista, com ritmistas cada vez mais seguros durante o cortejo.
Uma bateria da Em Cima da Hora mais pesada e com uma boa afinação foi percebida. Os marcadores foram precisos, inclusive subindo o ritmo numa nuance rítmica com arranjo envolvendo os surdos, que foi repetido a cada passagem e deu pressão ao momento da largada. O bom balanço dos surdos de terceira foram responsáveis pelo swing do ritmo da “Sintonia de Cavalcante”. Repiques coesos se uniram a um naipe de caixa de guerras correto, garantindo uma consistência eficiente dos médios.
Nas peças leves, um bom naipe de tamborins executou um desenho rítmico simples, baseado na melodia do samba. Uma ala de agogôs correta e um naipe de cuícas sólido também auxiliaram no preenchimento musical da cabeça da bateria da Em Cima da Hora, além de chocalhos com técnica nitidamente acima da média.
Um conjunto de bossas com boa musicalidade e certa complexidade foi exibido, todo criado conceitualmente em cima das variações melódicas do samba da agremiação. Nuances entre os surdos eram feitas de maneira constante na primeira do samba, assim como uma virada mais trabalhada foi exibida de modo ininterrupto na segunda da obra. Algumas paradinhas apresentavam elevado grau de dificuldade, o que acabou garantindo uma execução pela pista que foi melhorando gradualmente.
Um ensaio técnico produtivo, que apresentou uma bateria “Sintonia de Cavalcante” de mestre Léo Capoeira com virtudes musicais. Certamente o treino ajudou muitos ritmistas a firmarem mais as bossas, em execuções de paradinhas que foram melhorando nitidamente pela pista de desfile. Uma bateria da Em Cima da Hora que se exibiu se aperfeiçoando, em busca da sonhada e almejada nota máxima.