A Grande Rio foi a quinta agremiação a entrar na Sapucaí no segundo dia do Grupo Especial e fez o que pode ser considerado o maior carnaval da história da escola. De forma arrebatadora, levantou o Sambódromo e, é fortíssima candidata ao título. Com o enredo o “Fala, Majeté! Sete chaves de Exu”, Gabriel Haddad e Leonardo Bora optaram por levar para avenida sete setores, uma referência às sete chaves de Exu.
A responsabilidade de coreografar a comissão de frente Hélio e Beth Bejani. O trabalho foi intitulado “Câmbio Exu” e representou o pedido de proteção para a abertura dos caminhos, apresentou uma interpretação poética para o que os espectadores pudessem imaginar o Exu em sua essência.
“Foi um desfile maravilhoso e além do que a gente imaginava. A gente já trazia uma energia uma forte na comissão, mas a energia do público foi maior ainda e explodiu. Foi uma troca incrível. Nós somos católicos, mas estudamos o enredo desde que foi escolhido”, declarou Beth Bejani, em entrevista para o site CARNAVALESCO.
A bateria “Invocada” comandando pelo Mestre Fafá fez uma apresentação impecável, que mostrou um vasto repertório de bossas, brincou bastante com o samba, fizeram alguns coreografias e empolgou o público por onde passou.
“Muito emocionado e feliz com o que a Grande Rio apresentou. Muito feliz com o desempenho da bateria e espero que seja nota 10. A Grande Rio merece isso, é uma escola que vem entregando tantos carnavais belíssimos, acho que uma hora tem que acontecer, uma hora tem que ir e espero que venha logo”.
Evandro Malandro conduziu o samba com maestria. Quando o intérprete começou com o “Boa noite, moça”, a sensação é de que a Sapucaí inteira respondeu.
“Estou muito feliz e satisfeito com o trabalho da Grande Rio e de toda a comunidade. A gente vinha percebendo nos ensaios que estava todo mundo querendo muito cantar esse samba na Sapucaí e não teve jeito, quando a gente deu o primeiro ‘Boa noite, moça’, a Sapucaí veio abaixo. Acho que foi um desfile muito marcante”.
Ao final do desfile, o diretor de carnaval, Thiago Monteiro estava bastante emocionado e fez um desabafo: “Ficamos dois anos ouvindo que a gente não sabia desfilar e acho que provamos que a gente sabe desfilar. A escola cumpriu seu papel técnico, emocional, Estou muito feliz porque a escola mostrou que é uma escola de samba, de comunidade, é uma escola que os artistas adoram estar e a comunidade adora receber os artistas. É uma escola preta, da baixada, que sonha há 33 anos em conquistar um título que nós ainda não ganhamos, mas se Deus quiser, faltam poucos dias”.