Após a realização do curso de preparação dos julgadores da Liesa para o Carnaval 2023, o coordenador do corpo de jurados da Liga, Júlio César Guimarães, conversou com o site CARNAVALESCO para avaliar como foi o trabalho de 2022, comentar a redução do número de jurados de 45 para 36, explicar o julgamento de alguns quesitos que ainda geram dúvidas para o público em geral, e revelar como se deu o curso deste ano que contou novamente com a participação dos segmentos em uma troca que, segundo Júlio, tem sido positiva para ambos os lados. Formado em Direito pela PUC, ele já esteve no cargo em outras gestões da Liesa e retornou para o carnaval passado.
Qual é o balanço que você faz do trabalho na coordenação do júri no Carnaval 2022?
“Acho que foi um sucesso total, até porque a campeã saiu aclamada da Avenida pelas coirmãs. Desceu quem tinha que descer, esse é o trabalho principal de um bom julgamento. Eu não discuto posições intermediárias, porque o julgamento é subjetivo. Às vezes a pessoa acha que a oitava deveria ser a sétima. O importante é que foi tão bem julgado que no curso de jurados, com as explicações, todos os presidentes e representantes saíram satisfeitos”.
As escolas falaram que o curso para o Carnaval 2023 foi mais aberto, ou seja, houve mais troca entre os quesitos e os julgadores. Esse é o caminho que você quer dar para o corpo julgador?
“Isso é uma inovação. Ano passado eu já peguei um corpo de jurados quase que montado e sete ou oito que saíram, dois morreram, dois não quiseram. Eu não avaliei o jurado pela nota, até porque já tinha dois anos sem carnaval por causa de pandemia. Foi um corpo de jurados que a gente pegou e colocamos mais sete ou oito. O curso de jurados passado não poderia ter essa mesma dinâmica. Foi um curso de jurados bom, diferente do que era dado que era leitura de manual, mas foi mais para falar sobre o quesito. Como o julgador julga o quesito? Esse no carnaval passado. Cada julgador explicou para diretor de bateria, mestre-sala e porta-bandeira, comissão de frente e demais quesitos, como ele julgava o quesito. Mais do que isso eu não podia fazer. E eles tiraram suas dúvidas. É comparativo, não é? Tem quesito que é, tem quesito que não é. Já para esse ano que o corpo dos 36 jurados, 35 julgaram o carnaval passado, fiz o curso baseado nas justificativas deles. Porque a justificativa da nota é o que faz com que a escola não erre novamente da mesma maneira. O 10 você foi perfeito. Mas do 9,9 para baixo, você tem que saber onde você errou, para fazer melhor. E se você discorda, você teve a oportunidade, como todos tiveram de no curso de jurados, cada jurado foi a frente explicar o que viu do carnaval, o que achou positivo ou negativo, e os que quiseram entrar na despontuação, entraram. Os que não quiseram, esperaram as escolas que foram pela ordem do desfile, uma a uma, perguntarem. E as pessoas perguntaram, pediram para explicar melhor, para melhorarem, um curso com a maior elegância, não foi uma caça às bruxas. Com elegância e educação”.
Algumas justificativas ainda são muito subjetivas, como melhorar isso ainda em 2023 ou para o próximo carnaval?
“Isso já está sendo feito desde o carnaval passado. Se você pegar justificativa de outros anos, e pegar deste último carnaval, qual é o meu pedido? Que no primeiro parágrafo o jurado fale ‘tirei um décimo da escola tal por isso, isso’, ‘ tirei mais um décimo…’. E depois ele pode mostrar toda a cultura dele. É bem-vindo. Mas, o primeiro parágrafo tem que ser direto. E assim foi feito em sua maioria. E como era um critério de corte, eu precisava cortar jurados, nem todos foi só justificativa, vários fatores, mas nenhum jurado foi cortado por falta de honestidade. Os nove que saíram são muito capacitados. Mas é igual a um torneio mata a mata. Eu preciso tirar nove. Escolhi com a coordenação os que ficariam. Posso até ter errado. Mas nenhuma escola de samba pediu para que saísse nenhum, ou que eu voltasse com algum. Isso passa pelo crivo das escolas. O jurado na Liga mudou hoje. Acabou o carnaval, a Liga não tem mais jurados. Todos serão jurados do carnaval 2023. Acabou, não tem jurado. Eu que vou convocar mais a frente o corpo de julgadores. Isso ficou claro para todos. Antigamente tirava-se o jurado e ele vinha reclamar que julgava há 20 anos. Você recebeu 20 convites. Eu faço aniversário todo ano, eu posso te convidar um ano, no ano seguinte eu faço uma festa diferente e não te convido. Não quer dizer que eu não goste de você. Antes eu fiz uma festa grande, hoje só para minha família, ano que vem vou fazer para Deus e o mundo. Jurado da Liga não é eterno”.
Para esse ano a ideia é ter um encontro dos julgadores com as escolas após 45 dias dos desfiles. É possível pensar em um aperfeiçoamento dessa relação pós-desfiles para orientação dos profissionais que trabalham nos quesitos?
“O que eu quero fazer esse ano, no máximo 60 dias após o carnaval, é um grande simpósio com a imprensa, com quem julgou o Carnaval 2023 e os segmentos das escolas. Fazer uns três desses, toda segunda-feira. Dois ou três quesitos por segunda-feira. E que todo mundo possa participar, 60 dias você está com tudo que você viu na Avenida ainda fresco na cabeça. Todos vão dar opinião”.
Hoje, os julgadores ficam em hotéis, mas ainda podem ter contato com familiares e amigos por celular. É possível pensar em um dia mudar isso com relação ao domingo para evitar que o julgador não tenha nenhuma informação do que aconteceu no domingo?
“Não é possível mudar porque você vai estar se enganando. Hoje todo mundo tem um telefone celular. Então, eu vou ter que pegar o julgador, manter ele em cárcere privado. Ele não vai poder ter acesso a ninguém, nem o telefone. E nós aqui estamos tratando, isso eu falei muito no curso de jurados, com 36 pessoas preparadíssimas, que tem uma vida profissional brilhante nas suas carreiras e não podem ser tratados com esse desrespeito. Se eu achar que um julgador vai julgar, me desculpe, por uma pessoa de site que sabe muito menos que ele, ou da TV Globo, é melhor eu trocar esse jurado. Se você for ver o currículo, é um desrespeito para com o julgador. Por mim, vou ser sincero, eles podiam até ir com o telefone para a Avenida. Não deixo. Mas, no futuro , pretendo deixar. Porque estamos falando de pessoas habilitadas que não vão se deixar levar por nenhum comentário externo. Eles estão na melhor posição, privilegiada, com livro abre-alas, com tudo. Eu sou a favor da liberdade. Eles ficam em hotel não para ficar incomunicáveis, é porque a logística para levá-los do hotel para a Sapucaí demora. Se eu for esperar, cada um vem da sua casa, um atrasa, um fura o pneu, isso já aconteceu, aí eu tenho que esperar o jurado. Eles têm direito a acompanhante, como sempre tiveram”.
Dentro da cabine será possível o julgador ter acesso ao celular ou à câmera para fazer fotos?
“Só o uso do celular é proibido. Mas pode usar tablet, até porque muitos levam os textos no tablet, e pode usar binóculo, monóculo. Só quem usa celular é o de bateria, porque existe um aparelho que nós compramos, mas não deu certo. É o metrônomo, marcador de BPM. E no celular eles baixam. Só o julgador de bateria”.
A cabine dupla ficará em qual módulo, como será essa distribuição de cabines?
“Esse ano só teremos a dupla no setor 3 (a outra no setor 6 e a outra 10, são quatro cabines no total). É uma coisa que para o futuro, a gente tenta com alguma ideia de novamente separar. E qual é o problema que nós enfrentamos, o tempo de desfile diminuiu. Já foi até 90 minutos. Cada cabine são sete minutos e meio entre casal e comissão de frente parados. Quando eu separar a 1 da 2, são mais sete minutos. É uma coisa que tem que se pensar tanto no engarrafamento, como na forma de se julgar mestre-sala e porta-bandeira, e comissão de frente. E eu tenho. Não vou falar agora, porque tem que ser falado no primeiro plenário. Eu sou a favor de termos quatro cabines separadas, até porque eu queria a cabine 2 do lado direito. Ficava 1 e 3 do lado ímpar, 2 e 4 do lado par. A vontade que eu tenho”.
Hoje, algumas escolas estão optando por usarem bandeiras menores que facilitam para não enrolarem, mas gera uma alteração na competição. Não existe no regulamento a padronização do tamanho da bandeira. É possível pensar nisso?
“No regulamento do desfile não existe e no manual do julgador também não. Mas existe o bom senso. Acho que as que usam a bandeira menor, é coisa mínima. Até porque existe a proporcionalidade. Se o jurado está vendo uma fantasia, ele sabe o tamanho de uma bandeira, e vê que a bandeira é pequena, ele vai tirar ponto. Porque a bandeira faz parte da indumentária. Se vier sem bandeira? A indumentária vai embora. Isso também é julgado. Tem muitas coisas que não estão no manual do julgador, e isso foi muito falado esse ano no curso, mais uma vez, o bom senso. A bateria não é obrigada a parar no módulo de julgador. Ela pode passar andando. Mas, os quatro julgadores de bateria entendem que se você parar no meio, em frente ao módulo, e tocar ali por um curto espaço de tempo, não precisa ser nem a passagem toda do samba, eles têm condição de julgar melhor, porque alguns instrumentos quando se bate embaixo tem um som, outro cara parado ele bate em cima, e quando você anda é difícil você manter a bateria. O que eu falei para os diretores de bateria, você vai parar ou vai andar? É o bom senso. É uma série de coisas, ano que vem uma modificação que eu vou fazer no curso é convidar a imprensa. Para que a imprensa veja o que muita gente não sabe, a qualidade do corpo de julgadores. Tem gente que tira férias um mês para ficar lendo abre-alas, pesquisa a bibliografia toda do livro. É um trabalho hercúleo que essas pessoas têm. Se você entrevistar você verá que está todo mundo feliz com o curso, porque eles sabem que estão sendo julgados por especialistas, não é por curioso. Não tem nenhum curioso no curso. Tem PHD da Sorbonne, professor da UFRJ, perdi a conta, estudiosos, escritores, historiadores, isso é importante saber”.
Sobre o julgamento de Samba-Enredo, como evitar que ele não seja pré-julgado antes de passar na Avenida?
“Ele não é pré-julgado. Samba-enredo é julgado na Avenida. Mas, como você tem acesso antes, e as pessoas são estudiosas, claro que eles vêem todas as nuances do samba. Mas deixaram claro no curso que ele é julgado na Avenida. Agora, às vezes isso aqui não está legal, mas na Avenida funciona. Eles fizeram nominal no curso, ‘olha o teu samba não encaixava em uma métrica perfeita, em um curso de faculdade não poderia tirar 10’. Mas, na Avenida tirou 10. Eles também sabem que na bateria não tem 300 músicos, e o samba-enredo não tem 300 pessoas formadas em música não. É dom e isso é tranquilo. O samba-enredo e todo o carnaval é julgado na Avenida”.
Como evitar que o julgador pese a mão na primeira escola a desfilar no domingo e nas agremiações com menos peso de bandeira?
“Vou dizer o que digo para o jurado, todas as 12 escolas têm as mesmas condições, brigam de igual para igual. Agora, muita coisa vai da organização. Tem que ter uma primeira. A escola que subiu esse ano, não desceu. O que talvez tenha estigmatizado isso, dependendo da escola que sobe, não foi o caso da Imperatriz, é que às vezes a escola vem muito prejudicada do Acesso, não tem aquela estrutura, mesmo ela recebendo condições iguais financeiras, mas ela tem que começar a casinha dela do zero, ela não tem alicerce. As outras quando ganham o dinheiro é para melhorar as condições. Isso que tem que ser visto. Se nós formos ver a fundo, 95 % dos problemas é este, a escola sobe e tem dois carros, dois chassis, vai ter que comprar chassi, vai ter que comprar pneu, é caro, tem que comprar ferro, as outras já tem isso tudo. Não é por ela ser a primeira que ela é mal julgada, é que ela chega sem estrutura. Eu não vejo da parte do jurado nenhum problema com a primeira escola. Essa é a minha leitura”.
Existe questionamento quando uma escola comete um buraco e não perde quase nada em evolução ou se desfila com queijos sem integrantes e também não é despontuada. Como evitar essa distorção no julgamento?
“Se o jurado não ver uma pessoa no queijo, ele vai tirar pontuação. Acontece muito de o cara passar no módulo um e dois, o jurado só ver a alegoria de um lado, do outro está faltando, e chegou lá na frente a escola completou. Passou no primeiro módulo e ele não viu, ele está vendo só de um lado a alegoria. São coisas sutis. Pode acontecer de o jurado não ver alguma coisa? Pode. O jurado é ser humano. Ele pode errar? Claro! Quem de nós não erramos? Agora, má fé não tem! Às vezes o jurado é um grande jurado por 5, 6 anos, chega um ano e ele julgou mal. Ele estava doente, estava com dor de dente, o filho dele estava internado. Acontece. O jurado é um ser humano. Quantos árbitros de Copa do Mundo, aí vão apitar um jogo comum e apitam mal. Ser juiz é difícil em qualquer ramo”.
É possível projetar para o futuro uma espécie de oficina anual de formação de jurados até para oxigenar o júri?
“Eu não gosto de tirar o jurado que julgou muito bem. Eu não tenho problema de ter esse jurado por muitos anos, desde que ele julgue bem todos os anos. O que nós temos na Liga, é um banco de dados de muitos currículos, eu não aceito indicação de ninguém. Esse ano eu tive que botar um jurado em mestre-sala e porta-bandeira. Peguei com a minha secretária Elaine o que nós tínhamos de currículo. Veio pela internet. Ela separou aqui, nós lemos, entrevistamos três e escolhemos. A Liga tem um banco de dados de pseudo jurados das pessoas que mandam dizendo do que podem julgar. Agora um curso para esse pessoal, nós nunca fizemos”.
As escolas sempre possuem poder de veto e você acolhe ou não. Como foi esse ano?
“É comum a escola me procurar, e por isso eu mudei o formato do curso, trazendo as justificativas. Vamos estudar todas as notas do jurado, se eu também não entender nada, a partir desse ano não é mais jurado. Quando eu entendo e não convenço a escola, eu dou essa oportunidade do curso. Todo mundo saiu feliz, ninguém saiu dizendo que não entendeu. O curso foi feito desse formato por as escolas me procurarem discordando. O curso atual foi baseado nas justificativas das notas dadas no último carnaval. Todos os jurados que participaram do curso, com exceção de um, julgaram o carnaval passado. Nós tiramos dez julgadores, mas diminuiu o número de julgadores. Eram cinco por quesito, agora são quatro. E o critério do corte foi a justificativa de nota. Não foram claras, não me agradaram. Só quem mexe em corte é a coordenação de julgadores da Liesa. Não tem interferência de mais ninguém. Nem da presidência e nem da escola de samba. As dúvidas das escolas de samba, elas esperaram chegar o curso e tiraram ao vivo com o julgador. O julgador nominou. Eu tirei de tal escola por isso, outra por isso. Não teve pano preto com a gente, tem que falar nome e sobrenome”.
Sobre o julgamento de harmonia, é muito difícil o julgador do alto saber quem está cantando ou não. Como melhorar isso? E o que você pensa do carro de som ser julgado dentro do quesito Harmonia?
“Harmonia dá para ouvir. O cara sabe quando a ala está cantando. Eu já fiquei no lugar e várias vezes fico, dá para ouvir perfeitamente. Sobre o carro de som, nós conversamos sobre isso este ano, vamos preparar todo o carro de som, todas as vozes, escola por escola. O problema é que chega no dia do desfile, a galera está mais empolgada, um já sai na frente, o outro não deixa o engenheiro falar. Pessoal está muito tenso. E o carro de som também não pode, quem julga carro de som, se o carro de som sair completamente do que ele é, que agrida o ouvido, infelizmente tem que ser punido. São 12 carros de som que passam, se ele não punir alguns, é porque aquele foi correto. E se uns não foram… O julgamento tem comparações. Não todos os quesitos. Mas existem comparações. Você passou com teu carro de som certinho, não saiu nada, todo mundo ensaiadinho, aí o outro sai, o jurado tem que punir, não tem jeito. Caco foi explicado no curso. Existem cacos e existe o cara falar no samba. Caco tem que ser na hora certa, que não agrida nada. O caco não é brincadeira, não é o cara te ver na rua e cumprimentar. Aí já estragou tudo. Teve quem colocou o caco e quase conseguiu um feito inédito: atravessar o samba na Sapucaí, que é impossível hoje com a tecnologia de som. O caco pode a vontade. Mas é que do outro lado não se sabia o que era caco. Os professores lá no quesito, deram aula para eles do que é caco”.
É possível um dia trazer os julgadores dos quesitos que precisam de um olhar mais próximo estarem perto da pista?
“Acho que o jurado tem que julgar lá de cima, todo mundo do mesmo lugar, é uma opinião minha. O Carnaval do Rio é parâmetro. O cara faz o carnaval de São Paulo que é muito bonito. Ele tem que fazer uma coisa diferente para não dizer que copiou do Rio. O primeiro manual de julgadores da Liga de São Paulo, eu era funcionário da Liga com 20 anos, nós que demos para eles. Isso não é vergonha não. Se lá fosse o contrário nós também íamos pegar com eles, se fosse mais antigo. Claro que o cara tem que mudar, ele tem que fazer o diferente. Por o jurado na pista, acho legal, acho bacana todas as inovações. Mas, eu não vejo necessidade de fazer aqui e das escolas daqui nunca falaram nada nesse sentido”.
Os julgadores de bateria tem justificado muito a questão da criatividade, mas sem especificar do que se trata. Não seria melhor tornar essa justificativa mais clara?
“Eu acho que os jurados que ficaram tornaram elas mais claras. Acho que o público pode dar uma revisada nos quatro jurados de bateria que permanecem para 2023, e ver a justificativa deles, todas me atendem bem até neste sentido”.
Em fantasias e alegorias a concepção raramente é punida. O curso pretende aprimorar esse subquesito?
“Não é questão de aprimorar. Eu não posso aprimorar se já estiver bom. Se não é punido, é porque está sendo bem executado. Temos que pensar sempre pelo lado bom. Se não é punido é porque as escolas estão acertando nessa questão. Eu prefiro pensar assim”.
Sobre o texto do manual do julgador é possível e necessário mudar o texto, aperfeiçoando ele para o novo momento dos desfiles e que seja colocado em prática para 2024?
“Muita gente quando eu cheguei aqui reclamava que o manual do julgador era antigo. Eu reuni vários segmentos e pedi que dessem sugestões sobre o manual. Nós aprimoramos em dois ou três quesitos para o carnaval passado. Quando acabou o carnaval, mandamos para todos pedindo sugestões do manual do julgador. Esse ano eu abri o curso dizendo que eu tenho certeza que temos o melhor manual de julgador do mundo, porque eu não recebi uma sugestão, inclusive da imprensa, pois nós fizemos um simpósio aqui com a imprensa. O único que mexeu fui eu, mas também em coisas pequenas, harmonia, escrevemos mais, enredo, e só”.