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Engenho da Rainha exalta obra de Jorge Amado em desfile leve e correto

Por Anderson Madeira

Última a entrar na Passarela do Samba, A Acadêmicos do Engenho da Rainha, no bairro do mesmo nome, entrou animada na manhã de sábado, 25, com sol já forte, apresentando o enredo “O bem, amado Jorge”, dos carnavalescos Alexandre Gonçalves e Pauline Abreu, sobre a obra do escritor Jorge Amado e o sincretismo religioso que ele defendia. O samba, composto por : Myngal, Chacal do Sax, Hugo do Engenho, Felipe Mussili, Matheus Oliveira, Maykon Rodrigues, Raphael Gravino, Mateus Pranto, Gabriel Simões e Dowglas Diniz. O desfile não teve erros graves.

Foi um delírio do personagem Pedro Arcanjo, do romance “Tenda dos Milagres”, em que é noite estrelada em seu terreiro, é noite em Tenda dos Milagres e foi nela que a Ialorixá Magé Bassã caiu num sono profundo e sonhou com uma grande festa, sim uma festa para seu pai Oxalá, pai Amado, Oxalá, Jorge, salve Jorge, Salve Amado, Salve Jorge Amado. E para tanto Magé Bassã convida todos os filhos desse amado Jorge, vem gente de todos os cantos, o terreiro será até pequeno, doazul do “Mar Morto” de Guma ao “Agreste” de Tieta.

Comissão de Frente

Os 12 integrantes da Comissão de Frente estavam vestidos de guerreiros de um sonhador na corte de Jorge Amado, conforme delírio de Pedro Arcanjo. A apresentação foi correta e aplaudida pelo público e os jurados. A fantasia estava muito bonita e com bom acabamento.

Mestre-Sala de Porta-Bandeira

Yuri Gomes Coelho e Shaiene Santos de Paula estavam fantasiados de Pedro Arcanjo e Magé Bassa. A roupa era muito bonita e com bom acabamento, chamando atenção de todos. A sincronia entre os dois foi muito boa, com o mestre sala cortejando sempre a porta-bandeira e esta rodopiando com o estandarte com grande leveza, arrancando aplausos do público.

Harmonia

As alas mantiveram o canto forte do samba do início ao fim, mantendo o tom e o ritmo, proporcionando uma boa harmonia à agremiação. Apenas poucos componentes, de alas comerciais, não cantaram o samba, abrindo a boca apenas no refrão. Se não empolgaram, não comprometeram a apresentação.

Enredo

O enredo teve fácil leitura entre as alas, mostrando vários personagens de Jorge Amado, com destaque para Pedro Arcanjo, o protagonista da história mostrada pela agremiação na avenida. As fantasias bem acabadas, mesmo simples, junto com o conjunto alegórico, deram fácil entendimento ao enredo.

Evolução

A escola teve uma evolução tranquila, com os componentes sambando e brincando na Passarela do Samba, mostrando muita animação. Conseguiu terminar o desfile aos 38 minutos sem precisar apertar o passo. Houve espaços entre as alas e nenhum buraco foi registrado.

Samba

O samba foi bem cantado pela escola, sem animar muito o público nas arquibancadas, já cansado de uma noite de desfiles. Em alguns trechos elas estavam meio vazias. Contudo, todas as alas o cantaram a plenos pulmões.

Fantasias

As fantasias, embora simples, tinham bom acabamento e não se soltaram durante o desfile. Explicaram bem o enredo e permitiram aos componentes evoluírem na passagem da agremiação. O conjunto de fantasias explorou bem várias cores, tornando o desfile alegre.

Alegorias

A escola desfilou com dois carros e um tripé. O primeiro, abre alas, “Na Tocaia de um Mar Morto, olha a Morte de Quincas Berro D’Água”, mostrou o barco Valente, do personagem Guma, de Mar Morto, com Quincas Berro D’Água e Natário da Fonseca, cruzando as mares do mar morto desaguam na grande passarela do povo. Mas antes do desague eles enfrentam muitas demandas ao longo da viagem, de dragões a cobras peçonhentas de calmarias a ondas fortes). O segundo, “Nosso pai amado, muito prazer, sou Jorge Amado”, mostrou uma grande escultura do escritor. O tripé “De Ilhéus ao Agreste, quem tem cor de cravo pode ter cheiro de canela na corte de Tereza, teve um pouco Gabriela Cravo e Canela e Tereza Batista Cansada de Guerra, dois romances de Jorge Amado. As alegorias mostraram bom acabamento.

A bateria foi outro destaque, com suas paradinhas, que arrancaram aplausos do público. Os ritmistas estavam com fantasia que representava os bailes das cores dos Ogans de Tenda dos Milagres”. Eles foram comandados por Mestre Léo e Mestre Japonês.

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