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Elogiado e recomendado no passado por Laíla, Marquinho Marino fala da chegada na Beija-Flor: ‘sei do tamanho e magnitude’

'Diretor de carnaval não ganha sozinho o carnaval, mas ele perde sozinho', avisa

Considerado um dos melhores diretores de carnaval do Rio de Janeiro, Marquinho Marino chegou na Beija-Flor. Em entrevista especial para o site CARNAVALESCO, ele fala dos elogios e conselhos que recebeu no passado por Laíla, além de projetar o trabalho na escola de Nilópolis.

Foto: Guilherme Campagnuci/CARNAVALESCO

Como foi esse convite da Beija-Flor?

“Foi uma honra. Decidi não manter o trabalho na Tijuca, praticamente meia hora depois, recebi a ligação do presidente Almir Reis fazendo o convite. Minha alegria foi tão grande que aceitei imeditamente. Tenho consciência o que significa a Beija-Flor. Não tinha como recusar e nem parar para pensar. Minha ficha ainda não caiu. Estou muito feliz”.

O que você sentiu quando disse sim para Beija-Flor?

“São tantas sensações. O primeiro é o tamanho e magnitude da Beija-Flor. Por si só é uma alegria e de grandeza imensurável. Ser a escola do Laíla só completa o amor que tenho pelo carnaval. Conheci o Laíla doce, muito diferente do que as pessoas conhecem, cada palavra que ele dava e conselho, me engradeceram muito. Estar na escola do mestre Laíla é chegar e tentar fazer pelo menos 1% do que ele fez. Ele é insubstituível. Se conseguir fazer 10% estarei realizado”.

Uma vez o Laila disse para nossa equipe ficar de olho em você que seria um dos melhores. Como isso mexe em você?

“O mestre Laíla me surpreendeu muitas vezes. Na apuração de 2018, a Mocidade estava liderando, palmo a palmo com a Beija-Flor, a escola em ‘Fantasias’ caiu para sexta colocação. Antes de subir no palco para pegar o troféu ele falou tanta coisa bonita para mim. Ele profetizou. Parece que foi ele que me conduziu para cá sabendo que ele seria o enredo. É uma energia que mexe muito comigo. Me pego chorando, emocionado, pensativo, aconteceu de ser convidado pela Beija-Flor, depois de tudo que ele fez e falou de mim, acho que ele deve estar feliz. Me ensinou tanto. Vamos ver se consigo fazer juz de tudo que falava de mim e me elogiava. Só o orgulho de estar aqui já me torna um vitorioso”.

O que esperar do processo de disputa de samba na Beija-Flor?

“O processo de disputa de samba ainda será conversado. A escola tem o modelo dela. Eu não tenho a pretensão de chegar e dizer que vou mudar. Não é assim que funciona. O processo pode ser trabalhado e estudado por todos. A opinião final é da presidência. Sendo em prol da escola qualquer processo vai dar certo e valer a pena”.

Como é trabalhar na escola preta, com comunidade tão forte e que tem símbolos pretos como presidente, cantor, casal e carnavalesco?

“Todos pretos. É um orgulho. A Beija-Flor tem áurea toda especial. Envolve as pessoas. É escola raiz, povão. Tenho total dimensão que a Beija-Flor pensa muito grande. Vim com esse espírito. Conheço a Beija-For, desfilei aqui. A escola não pensa em nada diferente que não seja título. Agora, o trabalho tem que ser feito com pé no chão. Para ganhar tem que fazer por merecer”.

Como aperfeiçoar o rolo compressor nilopolitano?

“É muita pretensão falar que vou aperfeiçoar o rolo compressor. É um trabalho que tem que dar muito carinho para comunidade e também cobrar. O aperfeiçoamento vem com os ensaios, a comunhão dos diretores de harmonia com os componentes, escolha de samba correta, a tendência é que a escola com esse chão e a educação na evolução e canto, é mais do que natural. O time de harmonia é de excelência. Os componentes sabem o que é desfilar pela Beija-Flor. Minha presença é contribuir. O trabalho é para multiplicar. Sem vaidade, vai refletir no componente e no dia do desfile”.

Mexe com você fazer escola que só pensa no título?

“A Beija-Flor nunca vai desfilar sem pensar no título. Tenho total clareza. Vou trabalhar em conjunto para escola ter condições. Diretor de carnaval não ganha sozinho o carnaval, mas ele perde sozinho. Se tiver soberba e não reconhecer suas limitações, ele vai sucumbir. A escola campeã tem um conjunto de pessoas fazendo bom trabalho. O bom resultado vem com o processo sendo bem feito. Ninguém ganha só com o nome. É fazer um bom trabalho, os componentes no mesmo caminho da diretoria, muita troca de experiência e união. Ninguém ganha ou perde de véspera. Tenho certeza que vamos brigar por título no próximo carnaval. Temos que ter muita sabedoria e pé no chão”.

O que prometer para o torcedor nilopolitano?

“Não gosto de trabalhar com promesssa. O que prometo é trabalhar muito. Ser parceiro dos companheiros. Fazer o máximo possível para poder todo mundo se entender e a engrenagem funcionar. Prometo carinho e ouvir bastante todos. Atender no que for possível ter condição. A promessa maior é lutar pela Beija-Flor. A entrega é automática”.

Podemos esperar mais ensaios da escola na Mirandela e também o ‘Encontro de Quilombos’?

“Os ensaios na Mirandela e ‘Encontro de Quilombos’ vão ser como a presidência determinar e conduzir. Sei que o torcedor e componente nilopolitano gosta. A tendência é sempre atender o pedido da comunidade. Quando for decidido estarei lá para fazer o melhor possível”.

Qual recado você falaria agora para o Laíla?

“Mestre, o que posso falar é que tudo que ensinou, ajudou e falou bem de mim, pode ter certeza que vou me doar 200%. Quando faltar conhecimento ou sabedoria, vou buscar em tudo que me falou. Trabalho pé no chão, humildade e bem homogêneo”.

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