Após dois anos de afastamento, devido a pandemia da Covid-19, os sambistas vão se reencontrar com as escolas de samba, neste sábado e domingo, com a abertura do “Rio Carnaval”, na Cidade do Samba. Todos os ingressos estão vendidos. Ao site CARNAVALESCO, o diretor de carnaval da Liesa, Elmo José dos Santos, disse que o evento representa para o mundo do carnaval.

elmo
Foto: Henrique Matos/Divulgação Liesa

“É a ressureição do sambista. Nós passamos por momentos de escuridão nesses últimos anos. Tivemos um prefeito que não respeitava nossa cultura. Pisou no pescoço do samba. O carnaval sempre foi resistência. É o nosso quilombo e temos que defender. Ele nos desrespeitou. Tivemos a pandemia. O pessoal ligava para gente querendo um quilo de feijão e arroz. Elas ficaram sem nada, sem esperança. Esquecem que até o espetáculo chegar no palco tem muita gente que trabalha nos bastidores. Hoje, na hora que eu escutar a sirene tocar, com certeza, vou chorar. Depois de dois anos, o sambista vai chegar e ouvir a bateria, se confraternizar e fazer aquela resenha boa. O samba está vivo”, disse.

Elmo José dos Santos explicou como será o formato da festa na Cidade do Samba. “Procuramos fazer um misto para marcar a data do carnaval. Não poderia deixar de ter um bloco tradicional. Eles vão começar às 21h com o Cacique (sábado) e Bola Preta (domingo). O Cacique vai trazer até um tripé da tribo. Vão passar pela tenda, brincar, depois vão para pista, vamos liberar para o povo ir junto. Quando acabar entra a primeira escola no palco, cantando sambas antológicos. Após essa etapa, o Vanderlei Borges, locutor oficial, falará a ficha técnica, tocará a sirene e vamos fazer o mini-desfile com o samba-enredo de 2022. Será dinâmico, quando a bateria chegar na altura do barracão da Viradouro, o cronômetro para e estará com 50 minutos de apresentação. A outra escola já sairá do camarim e vai entrar no palco. A última escola de samba dia terá o tradicional “arrastão do povo”. Cada escola vai desfilar com 160 componentes, com comissão de frente, passistas, ritmistas, comunidade, velha-guarda e etc. Todos os diretores de carnaval vão ser coordenadores dos mini-desfiles. Ajudando um ao outro. Vamos defender a bandeira do samba”.

O diretor de carnaval da Liesa revelou que a torcida é para que o evento seja um sucesso e entra para o calendário oficial do carnaval do Rio de Janeiro.

“Torço que entre para o calendário anual do carnaval. Chamo de um grande grito de carnaval, a abertura oficial e lançamento dos sambas, e que pode ser feito próximo ao dia 2 de dezembro, Dia Nacional do Samba. A ideia é movimentar o ano inteiro a Cidade do Samba e que o sambista possa trabalhar o ano inteiro”.

Perguntado o que o sambista que estiver na Cidade do Samba vai sentir quando chegar ao local, Elmo José dos Santos disse: “O sambista que vier na Cidade do Samba vai ver seu templo aceso. O presidente da Rioluz veio aqui e eu disse que a gente precisava de luz para nossa passarela. Ele disse que ficaria igual ao Maracanã e ficou assim”.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui