O encerramento da primeira noite foi imponente. A Deusa da Passarela pulverizou qualquer apresentação realizada no primeiro dia. Porém, é importante frisar que diferente das demais, que levaram o número máximo de componentes combinado entre todas agremiações, ou seja, 160 pessoas, a azul e branco comprou ingressos e facilmente ultrapassou 500 “nilopolitanos” na pista, além do povão que veio no “arrastão” para finalizar o evento. * VEJA FOTOS DA APRESENTAÇÃO

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Aí, a Beija-Flor passou o rolo compromessor. Muito canto e vibração. Sem Neguinho da Beija-Flor, ausência muito sentida, o carro de som segurou e contou com toda categoria dos mestres Rodney, Plínio e dos ritmistas. Raíssa de Oliveira sempre exuberante arrebentou em samba no pé.

“A gente já esperava preparado para o desfile que seria hoje. A escola já sabe o que vai fazer na Avenida. Nós queríamos muito estar desfilando hoje, nos planejamos para isso. Mudamos algumas datas no barracão, mas tudo dentro do necessário para gente levantar mais uma taça em abril. Acho que esse evento vai ficar, tem aquela coisa do povo perto, do calor humano. Mostra pra gente que pode ser feito em qualquer época do ano, no lançamento do CD, do enredo. A Cidade do Samba comporta e respira isso. Temos que fazer esse evento de novo”, disse Dudu Azevedo, diretor de carnaval da Beija-Flor.

Ao site CARNAVALESCO, mestre Rodney falou sobre o evento e a participação da escola nilopolitana. “A Liesa acertou em cheio. O sambista estava carente de uma festa como essa. O público esperou até o fim da noite para ver a Beija-Flor, e acho que não decepcionamos. Vejo essa iniciativa como um sucesso. Podia ter toda semana! Depois desse pontapé inicial, retomamos os ensaios até culminar no dia do desfile. Depois de vencermos um período tão difícil, esse será sem dúvida o carnaval dos carnavais”, garantiu Rodney.

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Ausente no evento de abertura do Rio Carnaval realizado na Cidade do Samba por compromissos profissionais, Neguinho da Beija-Flor foi substituído por um quarteto de apoio do carro de som da Azul e Branca. Igor Pitta, William Santos, Ronaldo Junior e Jéssica Martin cantaram sambas antigos no palco e o samba de 2022 no mini-desfile. William estava mais a frente na apresentação das relíquias da escola no palco e Igor no mini-desfile já com o hino para o carnaval deste ano. Mas, todos se esforçaram e brilharam.

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Como prometido, o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Claudinho e Selminha, veio na frente de bateria. A dança, sempre segura, é um colírio para os olhos dos apaixonados por carnaval. Completando 30 anos juntos, a dupla renova o talento a cada ano.

“Estou muito feliz. Fechar os olhos e pensar que há anos estávamos praticamente isolados, sem perspectiva nenhuma. Sem saber o futuro. Essa festa foi um alento para os nossos corações. Foi só uma prévia dos grandes desfiles que vão acontecer em abril. Nós estamos vivos! Os ensaios técnicos nos trazem energia e o calor humano do povo. Para gente é um teste para aprimorar a coreografia. É muito válido, imprescindível. Estamos perto do povo. Ontem, foi muito emocionante”, afirmou a porta-bandeira da Beija-Flor

Ponto alto também foi a comissão de frente, comandada pelo coreógrafo Marcelo Missailidis, que aliou a dança e o canto com um figurino especial para a festa na Cidade do Samba. É nítido que a Beija-Flor está focada em recuperar seu posto de campeã e já mostrou um pouco das cartas que possui para os desfiles do Grupo Especial em 2022.

Participaram da cobertura: Alberto João, Allan Duffes, Gustavo Maia, Leonardo Damico, Lucas Santos e Rodrigo Madureira

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