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De volta para Beija-Flor, Gabriel David diz que Liesa precisa de nova ‘chacoalhada’ e defende mudança total na gestão dos camarotes

O PodCarnavalesco recebeu na Biblioteca Parque, no Centro do Rio, o diretor de marketing da Liesa, Gabriel David, que fez um balanço do trabalho no carnaval carioca, pontuou alguns fatores e falou sobre seus desejos na Liga. Confira os pontos mais importantes e toda a expectativa para o Carnaval 2023.

Foto: Octacílio Barbosa/Divulgação Alerj

“Na minha sincera opinião não é um balanço positivo, me sinto muito frustrado ainda dentro da Liesa. Claro que existem conquistas e elas devem ser comemoradas, mas sendo sincero, o que me move não são as conquistas e sim o processo. Porque está sendo muito ruim, mesmo nas conquistas, o processo é muito ruim, isso me frustra muito, mas ainda acredito. Importante deixar muito claro, acredito que a Liga possa melhorar, que o carnaval possa melhorar em vários aspectos. A gente está precisando de uma nova chacoalhada, tivemos uma grande com a saída do Jorginho Castanheiro, mas precisamos. Não estou falando da saída do Perlingeiro, mas precisamos de mudanças”.

Escolas de samba no mercado digital”
“As escolas de samba têm uma representação social brilhante, perfeita. Quando falamos de inserção no mercado qual seria a competição delas no mercado, teriam outras empresas que competiriam com elas? Eu diria que não, é um produto único se pensarmos como mercado. As escolas evoluíram muito, principalmente no pós pandemia no campo digital. Estão caminhando para um ritmo melhor, estou falando há algum tempo é que a liga melhore por elas. As escolas têm uma capacidade de criação, inovação e adaptação muito grande o que falta é a liga forneça para elas maiores possibilidades, sejam elas financeiras, de contato de que tenha gente exclusivamente trabalhando que não seja só para fazer carnaval.

A cereja do bolo do carnaval nem as escolas de samba e nem a liga tem, esse que é o problema, o espaço. Há mais estão usando o carnaval. Usa-se o que tem paixão no mundo o tempo todo, quando se fala em termos de mercado é assim que os grandes esportes ganharam dinheiro; é assim que a NBA evoluiu, o futebol a mesma coisa. Então com o carnaval não é diferente, quando você tem paixão as pessoas querem estar não necessariamente para ver o espetáculo, mas para falar que estão. O famoso ver e ser visto, a Sapucaí é para ser visto, comercialmente falando ela sempre foi isso. Quando você está fazendo alguma coisa para rentabilizar dentro do carnaval precisa ter isso na cabeça, que aquilo ali é o que as pessoas mais querem quando elas vão para o sambódromo. E a liga não tem isso, espaço para receber as pessoas, como a maioria das escolas também não tem”.

Criação do Museu do Samba
A gente tem um projeto de museu que já avançou consideravelmente neste ano também, é uma coisa que a gente não vai divulgando, mas o preparo do museu está rolando na Cidade do Samba, espero na verdade que no máximo em dois anos ele esteja pronto e inaugurado”.

Receitas financeira do carnaval
“O dinheiro público é muito fundamental para as escolas hoje, vindo da prefeitura e do governo do estado. A gente tem essa receita, a da Globo que é a segunda maior receita do carnaval e a principal e maior receita disparada é a da venda dos camarotes. Isso é um fato, são dados públicos e não tem questionamento sobre isso”.

Camarotes na Sapucaí
“Eu vou ser bem direto, os camarotes precisam acabar. Para as escolas terem a vida comercial que acabamos de falar, para elas poderem crescer, a primeira coisa que tem que ser feito é a Liga acabar com os camarotes. Faz uma colaboração com os produtores que já estão ali, mas tirar os empresários, eu sou um deles. Tudo ali tem que ser da Liga, assim você vai poder dizer, a Liga está certa ou está errada. Hoje não. Ela repassa tudo e assim os erros também são repassados e os acertos também. Para isso acontecer é preciso convencer quatro pessoas, o governador, prefeito, principalmente, e convencer dois membros do Conselho da Liga. Fazendo isso você pode comprar briga com quem quiser”.

Som alto dos camarotes e invasão da pista
“Sobre a invasão de pista não vai ter nenhuma portinha em nenhum camarote, eu pessoalmente fui na Sapucaí fiscalizei tudo isso em todos ensaios técnicos tem uma equipe fiscalizando por lá, todas as portinhas foram cerradas, só vai ter uma que é da própria Liesa, que não vai ter problema, porque todas as pessoas que estão ali são credenciadas. Acredito eu, que invasão de pista não vai acontecer, a não ser que tenha uma falha de segurança. Ano passado teve falha. Na verdade, teve uma quebra de contrato dos camarotes com a Liesa, que eu confesso que queria ter sido mais duro. Mas é uma opção que não cabe a mim, eu teria multado todos os camarotes. Mas entendo volta de pandemia, muitos dando prejuízo, querendo ou não é uma receita para a Liga, então pegou-se mais leve com esse caso. Espero que se algo acontecer esse ano, como está tudo explícito no contrato, realmente seja cobrado as multas altíssimas. O som é um ponto que está no contrato de todos os camarotes, a multa é significamente alta, espero eu que isso seja cobrado caso aconteça. Fora isso o que vai ter é o teste de som de todos os camarotes que vai ser acompanhado pela produção da Liga”.

Relação com o pai
“Ele ainda tem muita vontade com o carnaval e vai ter para sempre. É um amor que temos em comum, eu vejo que a idade vai mudando algumas coisas, mas o tesão e o amor que ele tem pelo carnaval é uma coisa inacreditável. No início ele nem queria que eu me envolvesse com a Liesa já tivemos várias discussões, hoje em dia não. As vezes pergunta uma coisa ou outra, porém eu pergunto mais, quando tenho dúvidas de algo mais sério mais delicado, ele sempre me aconselha. O que compartilho com meu pai é um amor muito grande pela Beija-Flor e um desgosto muito grande pela Liesa, ele também tem esse lugar muito claro dentro dele. Meu pai é um dos principais se não for o principal fundador da Liesa e sinto que ele foi vendo a Liga caminhar para um lugar”.

Futuro presidente da Liga?
“Eu me interesso, não vou dizer que sou um candidato para 2024, porque isso não é uma escolha minha e sinto também que muita gente ainda me vê como só um garoto que tem muito a crescer e a mostrar, sinto que isso pode pesar. Eu diria assim, se eu contar nos dedos a quantidade de presidente que me canta por causa disso, eu teria a maioria tranquilamente, para ser sincero eu jamais entraria no embate, eu respeito a hierarquia ali, sei quem manda e sei que um norte vai ser traçado e acredito que não serei um nome a ser escolhido. Tem uma pessoa que eu queria muito que fosse, considero que poderia ser um ótimo presidente que é o Júlio Guimarães, coordenador de jurados, já trabalhou na Liga há muito tempo foi assistente do Jorginho. Um cara que viveu e entende muito da Liga, mas eu não sei se ele quer”.

Reestruturação da Beija-Flor

“A escola não planejou a saída do Laíla, eu não planejei a saída dele, para mim ele ia morrer na Beija-Flor. Reestruturar foi muito difícil. O carnaval em 2019 foi total responsabilidade minha. O que faltou de fato em 2019 foi a figura do diretor de carnaval, o Almir e eu ficamos sobrecarregados, tínhamos os afazeres normais da escola ainda tinha toda essa ralação, fui descobrindo certas coisas que acontecia, no meio do processo.  Precisava de um tempo para se reestruturar. A vantagem é quando você tem uma escola com a estrutura igual a da Beija-Flor, mesmo se você muda uma figura tão grande igual ao Laíla, em três ou quatro anos você volta com potência máxima e favoritismo”.

Retorno do apoio federal para o carnaval
“Não tem nada assinado, a gente foi lá, eles gostaram da ideia, o governo federal tem a intenção de patrocinar não só o carnaval do Rio, mas de outros estados do Brasil também. Claro que o tempo é algo que dificulta muito isso, mas eu acredito que esse patrocínio possa ser concluído ainda para 2023. E para 2024 a gente possa se relacionar melhor com o ministério da Cultura, conversei com a presidente da Mangueira, que é muito próxima da ministra Margareth Menezes, para que a gente possa criar uma pauta para mostrar alguns pontos do carnaval como um todo. Ela (Guanayra) está sendo uma baita parceira para gente poder aproximar mais o governo federal com o carnaval”.

Veja abaixo o PodCarnavalesco na íntegra com Gabriel David

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