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De olhos nos quesitos: falhas dos cantores e seus auxiliares são cada vez mais comuns nas justificativas de Harmonia

O site CARNAVALESCO traz uma análise do quesito Harmonia para a série ‘De olho nos quesitos’. No texto que vai falar sobre o quesito que aborda o canto da escola na avenida há uma grande polêmica que suscita debate entre os sambistas. O carro de som (intérpretes e cordas) deve ser julgado dentro da harmonia? Devendo ou não, é um fato que o número de justificativas em cima de falhas dos cantores e seus auxiliares são cada vez mais comuns nas justificativas dos jurados.

Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

Nossa reportagem avaliou os últimos cinco anos de justificativa do quesito harmonia. E os jurados que irão julgar em 2024 citaram o carro de som, seja por eventuais desafinação, excesso de cacos, desencontro com a bateria ou afinação de instrumentos de corda, 13 vezes desde 2018. A questão divide opiniões, pois o carro de som não é um sub-quesito oficial estipulado pelo manual do julgador, como por exemplo é na Série Ouro. Entretanto tais justificativas tem causado até demissão de intérpretes por eventuais notas em harmonia.

Julgadora estreante

A jurada Júlia Félix é uma das estreantes no corpo de jurados para o desfile deste ano. Os demais participantes do júri de harmonia conta com Bruno Marques, que julgou os últimos quatro carnavais, Jardel Maia, presente nos últimos três e Rodrigo Lima, que está desde 2022. Analisando os critérios de cada um encontramos uma forma diferente de avaliar de cada um.

O mais experiente deles é Bruno Marques. Em quatro anos julgando, o jurado aplicou apenas 13 notas 10 em 51 que foram possíveis. Índice de 25%. Nenhuma escola passou ilesa pelo crivo de Marques, daquelas que estiveram nos quatro desfiles desde 2019. Os melhores desempenhos foram de Viradouro, Grande Rio e Vila Isabel, que conquistaram duas notas 10 e duas 9,9 com ele. Unidos da Tijuca e Paraíso do Tuiuti não conseguiram nenhum 10.

Bruno Marques é bastante atento à afinação do canto dos componentes durante a apresentação da escola. Embora seja um critério extremamente rígido, afinal de contas trata-se de um apresentação carnavalesca e o julgador não está na pista para julgar com afinco, Marques justificou notas abaixo de 10 em 16 vezes nos seus quatro anos como julgador alegando problemas de afinação no canto dos componentes. Alas que passam sem cantar, canto com intensidade diferente em partes distintas do samba e falhas no carro de som foram outros aspectos abordados com regularidade em suas justificativas.

Beija-Flor ‘gabarita’ com jurado

Reconhecida como uma das melhores harmonias da avenida em todos os tempos, a Beija-Flor de Nilópolis é a única escola que participou dos três desfiles sob o crivo de Jardel Maia e não tirou nenhuma nota abaixo de 10. Julgando desde 2020, o jurado aplicou 16 notas 10 nesses últimos anos, índice de 45%. Tuiuti e Tijuca ainda não conseguiram nenhuma nota 10 com este julgador. Portela, Mangueira e Grande Rio conquistaram duas notas 10 e uma 9,9.

Jardel usa como principal critério a constância do canto das alas. De suas justificativas apontadas de 2020 pra cá, 15 vezes foi citado a passagem de alas que não cantavam ou apresentavam canto inconsistente no momento em que passavam em seu módulo de julgamento. Maia também é bastante atento ao andamento das baterias, embora não seja o seu quesito. Em seis oportunidades ele citou o andamento do ritmo como um complicador para o canto da escola.

Seis escolas gabaritaram com Rodrigo Lima

Julgando o Grupo Especial desde 2022, Rodrigo Lima costuma usar como critério de julgamento a generosidade. Nada menos que 62,5% de suas notas aplicadas em seus dois anos foram 10. Imperatriz, Salgueiro, Viradouro, Beija-Flor, Grande Rio e Vila Isabel possuem 100% de aproveitamento com ele.

Como julga a pouco tempo, Rodrigo ainda não possui um gama elevada de justificativas a ser analisada. Novamente, Tijuca e Tuiuti têm os piores desempenhos do quesito sem uma única nota 10. Em dois anos julgando o que mais fez o jurado tirar ponto das escolas foi a passagem de alas sem cantar sob o seu módulo de julgamento. Mas ele citou ainda falhas como problemas de afinação no canto, carro de som, andamento da bateria prejudicando o canto, desencontros entre o canto da escola e a bateria e problemas de afinação no canto da escola como um todo.

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