Enredo: Arrepia, Boi da Ilha!
No sopro mágico de sua voz, Quinho fez brotar um universo de encanto, onde o Carnaval transcende o simples evento festivo, tornando-se uma verdadeira celebração da alma. Desde os primeiros acordes na Boi da Ilha, ele entrelaçou sua essência com a pulsante batida do samba, mergulhando nas profundezas da cultura carnavalesca que permeia cada esquina do Rio de Janeiro. Apaixonado torcedor do Botafogo, ele trazia em seu coração a força e a paixão do glorioso alvinegro, e era guiado espiritualmente por sua fiel escudeira, Maria Arrepiada, que abençoava suas jornadas com inspiração e proteção.
Na intimidade das quadras, entre o suor dos passistas e o eco dos tamborins, Melquisedeque encontrou sua vocação, transformando-se em um verdadeiro artesão das emoções. Cada nota era como uma pincelada de cores vivas em uma tela em branco, cada palavra um convite para dançar nas margens do êxtase, onde o corpo se liberta e a alma se eleva, AI QUE LINDO, QUE LINDO!
Na União da Ilha, sua arte ganhou asas, expandindo-se como um fogos de artifício em meio à noite estrelada. PIMBA PIMBA! Foi ali que ele experimentou a “Festa Profana”, um espetáculo de luz e sombras, onde o Rei de um reino imaginário convocou seus súditos para a folia, pois no mundo de Quinho, a regra é ser feliz, é se entregar à esperança que brilha como estrelas cadentes no céu.
Em São Paulo, entre os arranha-céus que rivalizam com as nuvens, ele desfilou seu talento na Rosas de Ouro, na Vila Maria e na Peruche, e foi na Unidos do Morros, que sua voz ecoou como um trovão, sacudindo os alicerces da cidade e despertando a paixão dos foliões. FUTUCA FUTUCA! Entre serpentinas e confetes, ele se tornou o maestro de uma sinfonia urbana, onde o caos se transforma em harmonia e a diversidade é celebrada como a maior das riquezas.
Mas foi no Salgueiro que sua arte como puxador, sim! PUXADOR, foi nessa escola de samba que não é melhor nem pior, mas apenas diferente que Quinho alcançou o ápice da grandiosidade, onde os deuses do samba sorriram para ele e o conduziram ao panteão dos imortais. ARREPIA SALGUEIRO! Ali, ele viu o Ita sair do norte e descer até o Rio de Janeiro, onde o tambor ecoou como o coração pulsante do salgueirense mais feliz, despertando a maior alegria na passarela do samba. Foi ali, diante dos olhos do mundo, que o universo testemunhou o Salgueiro triunfar, consagrando Quinho como o regente supremo de um espetáculo de proporções sem igual.
E assim, entre o brilho das fantasias e o toque das baterias, Quinho criou um mundo onde não há espaço para tristeza, apenas para alegria e empolgação. Onde cada batida é uma celebração, e cada passo é contagiante, na eterna festa que é o carnaval. A partir do universo carnavalesco de Quinho, a Boi da Ilha convida a todos para mergulharem nesse mar de felicidade. E lembra que o carnaval é mais do que uma festa: é uma explosão de vida, um momento para esquecer as preocupações e celebrar a alegria de viver. Que as tristezas fiquem de lado, que as preocupações se dissipem no ar, porque no carnaval do Quinho, o importante é ser feliz. EXPLODE CORAÇÃO!
Carnavalesco: Fran Sérgio
Enredista: Fábio Valentim