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Comunidade comparece em peso e canta muito o samba em primeiro ensaio de rua com deslocamento da Mangueira

Após o alto desempenho no minidesfile que já havia calado muitas críticas de quem desconfiava do rendimento do samba-enredo que vai homenagear a cantora Alcione, a Estação Primeira de Mangueira realizou na noite de quinta-feira o seu segundo ensaio de rua, este mais efetivo com deslocamento dos segmentos, visando a preparação para o desfile de 2024. Realizado na Avenida Estação Primeira, localizada próximo a estação de trem/metrô Maracanã, a agremiação contou com grande participação da comunidade e do público que acompanhou o treino por pouco mais de uma hora com muita festa e alegria. O contingente da escola foi um ponto positivo, mostrando o quanto o mangueirense está entusiasmado com o desfile em celebração a vida e obra de sua rainha.A cantora Alcione, que completa 50 anos de carreira, será a grande homenageada do enredo “A Voz Negra do Amanhã”, criado e desenvolvido pelos carnavalescos Annik Salmon e Guilherme Estevão, que estiveram presentes neste primeiro treino. A dupla escolheu como base para a narrativa os caminhos percorridos pela cantora na construção de seu amanhã. Em 2024 a Verde e Rosa será a quarta escola a pisar na avenida no segundo dia de desfiles do Grupo Especial.

Juntos na direção de carnaval da Mangueira para o próximo carnaval, Amauri Wanzeler e Júnior Cabeça estavam bastante agitados durante o tempo todo no ensaio. Isso para que tudo pudesse sair perfeito. A dupla falou sobre a intenção da Verde e Rosa de seguir nessa rotina de ir para a rua duas vezes na semana até o desfile em fevereiro. Para Júnior Cabeça, o crescimento do samba não é uma novidade para quem acompanhou as disputas e o trabalho desenvolvido na quadra pós a escolha da obra.

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Fotos: Lucas Santos/CARNAVALESCO

“A partir de hoje nós damos o pontapé inicial na rua direto, e nós vamos até o carnaval com os ensaios às quintas e aos domingos, sem parar, direto. Para nós o minidesfile não foi uma surpresa, a gente já tinha sentido a energia na final de samba, a gente confiava na qualidade do nosso samba e mais ainda na parte musical da nossa escola. A gente sabia desse crescimento, sabia o que esse samba poderia produzir e o que ele ia entregar para gente. Nós já estávamos esperando tudo aquilo que foi feito na Cidade do Samba, sábado passado. E após o mini desfile no domingo nós tivemos um ensaio de rua que foi melhor ainda do que a apresentação do mini desfile, para gente agora é só crescimento, continuar trabalhando com o pé no chão, continuar trabalhando com a comunidade que eu tenho certeza que o resultado vai ser o melhor possível”, projeta o diretor.

Amauri Wanzeler vai pelo mesmo caminho ressaltando a importância da escola trabalhar duto até fevereiro.

“Vamos até o carnaval quinta e domingo, e terça-feira é só ensaio de bateria e passistas, e quinta e domingo a escola toda até o carnaval. A gente vai botando um tijolinho de cada vez , vamos construir o nosso castelo. Cada ensaio é uma construção, a gente ensaia quinta e domingo, quarta-feira a gente se reúne e faz uma avaliação como foram nosso dois ensaios e a gente vai buscando aperfeiçoar, trabalhar em cima dos nossos próprios erros, ensaio é para isso”, esclarece o profissional.

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Amauri também fez questão de dar ênfase ao fato de o mangueirense está feliz de por homenagear um grande artista do Brasil, e principalmente, sua baluarte, sua majestade.

“É muito fácil para o componente ter energia e cantar, pular, a Alcione é realmente nossa grande rainha. Ela já sendo o enredo da escola fica muito mais fácil e prazeroso cantar Alcione, é muito bom”, conclui o dirigente.

Repetindo a dobradinha do ano passado que rendeu um grande desempenho, até mesmo pela grande condição do samba-enredo 2023, os intérpretes Marquinho Art’Samba e Dowglas Diniz trabalham agora com uma obra que não teve o apelo do carnaval passado, quando foi apontada por muita gente com o grande samba-enredo daquela safra. Porém, para a dupla a obra do próximo carnaval está crescendo no momento certo e o ensaio de rua é um ponto decisivo neste processo.

“O ensaio de rua para a gente é muito importante, porque a gente bota em prática tudo aquilo que a gente está fazendo na quadra desde a escolha de samba, no ensaio de canto, por exemplo. Também traz um pouco da proximidade da escola com a comunidade, porque a gente consegue encontrar toda escola, o morro desce, e a gente consegue trabalhar o canto da escola junto com as bossas, é muito importante para a gente esse ensaio técnico que a gente faz na rua. Agora é trabalhar ainda mais para elevar o patamar desse samba que é um samba maravilhoso, que a comunidade canta aguerrido , pois é uma forma da comunidade retribuir o amor que a Alcione tem pela Estação Primeira de Mangueira, a gente retribui cantando”, entende Dowglas Diniz.

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“Esse praticamente é o nosso primeiro ensaio, fizemos ensaio lá em cima próximo a quadra no domingo, mas foi ensaio parado, hoje foi ensaio andando. A expectativa está muito positiva e o samba está sendo muito bem cantado pela comunidade e pelo carro de som. Mas ainda tem algumas coisas para serem ajustadas, mas vamos chegar no fino trato se Deus quiser”, acredita o cantor Marquinho Art’Samba.

Dowglas também vê neste início de trabalho uma comunidade ainda mais aguerrida e cantando, segundo o artista, mais do que no carnaval passado quando proporcionou um verdadeiro sacode na Avenida.

“Só pelo enredo da Alcione, a comunidade já está tendo um gás a mais para cantar o samba, acho que a comunidade está cantando mais do estava cantando no último carnaval, fico muito feliz com essa evolução, não só nossa do time de cantos, da bateria, como do canto da escola, a energia e a garra que todos estão cantando esse samba, abraçaram esse samba”, entende Dowglas.

Para Marquinho Art’Samba, ver o canto e a participação do componente nos ensaios é um incentivo a mais para seu trabalho.

“É o combustível a mais ver esse comunidade cantando junto coma gente, é o mangueirense cantando junto com a gente, é uma gratificação muito grande e o nosso samba está aí, tem que respeitar”, pede o experiente cantor.

Bateria promete trazer toda a musicalidade que cerca Alcione

Após muitos elogios e os 40 pontos chancelados pelo júri em 2023, Rodrigo Explosão e Taranta Neto seguem a frente da “Tem Que Respeitar Meu Tamborim” já apresentando muito daquilo que pode ir para a Sapucaí. Rodrigo explica que o processo desenvolvido pela dupla em dezembro será de testar aquilo que serve ou não para o desfile.

“Estamos trazendo as bossas que estávamos ensaiando, vendo na rua o que vai encaixar o que não vai, o que vale a pena a gente levar, o que a gente acha que não vai ter necessidade. No ensaio de rua, a gente junto com a escola, temos essa atmosfera que é céu aberto, está a escola toda, vem o calor do público, podemos ver o que vai causar impacto ou não de bossa, até para ajudar a escola, as vezes tem bossa que prejudica o canto, estamos estudando isso tudo. Já estamos começando a fazer as convenções até para o ritmista começar a pegar confiança, estamos entrosando junto com o carro de som. Tudo é um processo, as bossas são todas de acordo com canto, escola, carro de som e bateria. Tem pausas que a gente entrega para escola e volta através da bossa. Tiramos esse dezembro só para esse processo de ver o que vamos levar ou não, a partir de janeiro a gente decide e vamos lapidando as bossas e vendo se vai encaixar ou não vai”, esclarece Rodrigo.

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Já mestre Taranta Neto procurou ressaltar a energia que o ensaio de rua traz para os seguimentos em geral e principalmente para o trabalho da “Tem Que Respeitar Meu Tamborim”.

“É bom para a gente sentir os instrumentos no aberto, apesar que nós já estamos ensaiando aqui as terças-feiras, só a bateria e o carro de som. Mas, é sempre bom para a gente ouvir como está o canto da escola no geral, a gente teve um saldo muito positivo do mini desfile, só que ali era um número reduzido. Hoje é que começa mesmo para a agente ter noção de como está tudo. Até de como a comunidade vai se sair junto com as bossas da bateria. E por estar falando de Alcione com certeza vai ser diferente, e também porque a comunidade, em geral, até quem não tinha o samba como seu preferido, ou não gostava, essas próprias pessoas já estão chegando mais junto da escola, isso é importante para a gente ver a rua cheia, as crianças, todo mundo usufruindo desse espaço que a gente tem para ensaiar. É uma energia que vamos carregar até o carnaval e vai ser positiva para a gente”, projeta o profissional.

Sobre o enredo que obviamente tem muito de musical, afinal de contas estamos falando de uma das maiores cantoras da música brasileira, a ideia da bateria é trazer um pouco mais da sonoridade característica da região ao qual a Marrom teve sua origem.

“A gente está começando a fazer o Boi de Maracanã, é uma coisa da cultura dela, a cultura maranhense, e a gente conseguiu adaptar a matraca e o pandeirão. Nem todos os instrumentos a gente consegue adaptar para a bateria, as vezes e outra levada, outro andamento, tem coisas que não encaixam. Mas, conseguimos encaixar isso, estamos tocando alguns instrumentos para fazer a levada de outros, para a gente caracterizar não só o Boi de Maracanã, mas também trazer para dentro da bateria da Mangueira “, define mestre Rodrigo Explosão.

Casal quer trazer nova roupagem para desfile 2024 e brigar por excelência

Grandes apostas para o carnaval 2024 e inseridas no perfil de contratações da Mangueira nos últimos anos, principalmente na reformulação que foi realizada para o carnaval 2023, a dupla de coreógrafos Lucas Maciel e Karina Dias, vindos depois de um excelente trabalho no Tuiuti, já se mostra bastante à vontade com a nova agremiação. Karina revela que a cada passo do processo desenvolvido para o próximo desfile, uma ficha caía sobre o fato de estar trabalhando em uma escola tão tradicional como é a Mangueira.

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“Acho que já caíram várias fichas, acho que o mini desfile foi um bom termômetro para a gente, foi uma energia muito bacana, deu para sentir o que é o peso da Mangueira, o que é estar na Mangueira, o que é representar a Mangueira, porque o resultado, o retorno da comunidade, da própria direção está sendo muito positivo. Acho que estamos no caminho certo”.

A comissão de frente neste ensaio já mostrou uma coreografia bastante interessante, vigorosa, dançante, parecida com o que foi mostrado no mini desfile. Para Lucas Maciel o ensaio de rua também serve para fazer com que os bailarinos sintam toda a energia da escola.

“É super importante esta conexão entre comissão e comunidade, isso traz a gente mais para perto da escola, do componente, do morro, e para os bailarinos é mais essa vivência do que é estar na Mangueira , energia de sentir o que significa a Mangueira”, entende Lucas.

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Uma das apostas mais festejadas da escola para o carnaval passado foi a chegada da porta-bandeira Cintya Santos, após a saída da histórica Squel Jorgea. Com grande expectativa da comunidade e do mundo da samba, a dupla Matheus Olivério e Cintya nas notas acabou tendo um desempenho inesperado após receber apenas um 10 e outros três 9,9. Já com o 2023 no passado, Matheus e Cintya estão focados em conseguir a excelência em 2024.

“Estamos na reta final da coreografia, desde agosto, agora o trabalho está pronto, estrutura já montada, estratégia já preparada, cuidamos de todos os erros passados, deixamos eles lá em 2023 e a outra parte é focando no trabalho para 2024, mas com uma estratégia montada, esse é o mais importante, a gente precisava disso, de estratégia, nunca faltou suporte, a Mangueira dá um suporte absurdo para o casal, somos muito assistidos, não falta nada para a gente, a Guanayra cuida como mãe dos filhos dela, e a gente como filhos da Mangueira, estamos aí para representar “, entende o mestre-sala.

“É um novo casal. Somos novos juntos, vamos para o segundo ano, mas assim, tem mais leveza, o furacão, não sei se dizer para vocês se vai continuar ou não, o vigor, vou deixar isso um ponto de interrogação, mas é um casal que vocês verão que está buscando a nota, é o que quero que vocês vejam, o trabalho a gente não teve folga, o casal está em busca dos 40 pontos e vem com uma pegada diferente”, revela Cintya Santos.

Muito aplaudidos em sua apresentação para o público que lotou as calçadas da Avenida Estação Primeira em uma noite de quinta, a dupla vê o ensaio de rua como um momento também de comunhão que o mangueirense, união com a comunidade e crescimento como equipe da escola como um todo.

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Eu amo ensaio de rua, para mim é muito importante esse calor humano, essa união da comunidade com o seguimento, que o casal é sozinho, é o casal e a coreógrafa, então é um momento de recarregar as energias, estar com a comunidade e ver o andamento da escola”, explica a porta-bandeira.

Estamos no nosso morrão, nossa casa, trazer a Mangueira para a rua é sempre um ritual de ir em busca do extraordinário. A Mangueira causa em qualquer canto e em qualquer lugar, não tem como a gente fazer menos que uma apresentação daquelas, sempre dando o nosso melhor e aqui na rua não vai faltar isso. Não vai faltar entrega, amor e carinho por essa comunidade e a gente está pronto para isso, para fazer um grande desfile”, promete Matheus Olivério.

Projetando um grande carnaval em 2024, esperando repetir nos quesitos de chão o sacode de 2023, a Mangueira já começa sua temporada de ensaios ao ar livre trabalhando duas vezes por semana. Com isso, a agremiação volta para a rua no próximo domingo dia 10.

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