Voltando ao Anhembi, o Camisa Verde e Branco, que terá o enredo ‘Invisíveis’ em 2023 está no Grupo de Acesso I, fez seu segundo ensaio técnico no sábado. Deu para notar a evolução na escola, inclusive nos próprios quesitos evolução e harmonia, foi mais leve e o samba acabou crescendo, assim como a bateria acabou se destacando com suas bossas. Mas a escola sofreu desfalque do Igor Vianna que estava em ensaio da União da Ilha no Rio de Janeiro. O Camisa Verde e Branco será a terceira escola a desfilar no domingo, dia 19 de fevereiro, antes disso tem mais um ensaio técnico marcado, será no dia 3 de fevereiro.
Comissão de Frente
Coreografados por Jonathan Paulino, com um destaque de verde, uma criança, que na sua encenação mostrava momentos diferentes, por vezes procurando algo, por outras fugindo e geralmente ficava à frente de todos os componentes. Dentro do samba, quando cantavam ‘De punho cerrado em seu manifesto’, levantavam a mão. Camisa branca, polo, e uma saia verde em todos os componentes. O jovem quando pego pelos componentes, era repreendido pelos mesmos, ficava ajoelhado, em pose de perdão, e por outras vezes era levantado por eles. És que fugia e ficava olhando para os lados, com cara de medo.
Mestre-sala e Porta-bandeira
O casal Alex Malbec e Jessika Barbosa esteve rodeado por uma ala de componentes com vestimentas de mendigo, uma criança ao centro e era erguido na parte do samba, ‘Futuro da criança’. Vale citar que eram dois blocos da ala, uma na frente e outra atrás do casal, além dos que ficaram ao lado como ‘guardiões’ do primeiro Casal. Sobre a apresentação em si, Alex e Jessika foram seguros, apresentaram o pavilhão por pelo menos três momentos no Setor B, gerando vibração dos presentes. Mostraram entrosamento, simpatia e energia, nesta última era tanta que após fim do desfile, Jessika apareceu cantando, vibrando, e indo para o fim da escola.
Harmonia
No primeiro ensaio técnico foi um Camisa mais seguro e menos ousado, neste ensaio senti diretores de harmonia bem leves, assim como foi a comunidade. Estavam mais soltos dentro de suas alas, e cantando mais do que na outra oportunidade. A ala Oba Oba foi a que mais mostrou canto e disposição durante sua passagem. A Velha Guarda apareceu dentro de uma marcação de alegoria, com sua tradicional camisa verde e branco listrada lateralmente, bem animados e interativos pelo seu setor, junto com eles, o Rei Gay de São Paulo em 2023. Ala Pérola Trevo foi a mais chamativa, trouxe recados como ‘Assistência aos desamparados’, ‘Moradia’, ‘Saúde’, pautas sociais importantes, dando voz literalmente aos ‘Invisíveis’. Aliás, foi um ponto do desfile, muitos recados sociais, já dando uma pequena amostra do que virá no dia do desfile. Por fim, no quesito harmonia, teve um importante crescimento. Mesmo na dispersão dava para sentir o clima de mais euforia.
Evolução
Junto com a harmonia, a evolução melhorou. A agremiação da Barra Funda fez um desfile novamente seguro e compacto, sem erros grandes. É claro que neste quesito depende de inúmeros fatores, e ainda precisa de ajustes no próximo ensaio para chegar redondo no dia do desfile. O que vale ressaltar é justamente ver uma escola mais solta. Terminaram o ensaio em cerca de 55 minutos, sem nenhum risco, passando com tranquilidade e brincando na reta final, também com o canto presente no final ao cruzar a linha amarela.
Samba
Desfalcado de Igor Vianna, presente no ensaio técnico da União da Ilha no sábado, o Camisa Verde e Branco foi comandado por Denny Gomes, que estava com vestimenta também associada a um mendigo. O diretor da ala musical, Armando Polêmico, também apoiou no canto e acabaram fazendo uma dobradinha. Fluiu bem, o samba foi leve e tranquilo neste segundo ensaio. Vale citar que no primeiro ensaio, a dupla foi Clóvis Pê e Igor Vianna, pois logo após ensaio, Clovis soltou nota de desligamento da escola por não sentir conexão com o novo intérprete. Fica a questão para ver o samba na voz do Igor Vianna, sozinho, restará para o último ensaio.
Outros destaques
A Bateria Furiosa da Barra, comandada por Jeyson Ferro ditou o ritmo do ensaio, sua marcação foi bem importante no samba e também em trazer a comunidade. Fez bossas, e trouxe o público para junto do desfile da Camisa Verde, e era um grande público presente nesta noite no Anhembi.
Um casal mirim foi um dos atrativos no fim do desfile, com um pavilhão pequeno, foi um charme que só. O carnavalesco Renan Ribeiro veio na primeira ala onde estavam os mendigos, a frente deles estava cantando, dançando e bem enérgico junto com a escola na pista.
A rainha Sophia Ferro veio no verde novamente, mas desta vez com brilhos pratas, e estrelas brancas. Além disso, o trevo presente, todo em verde, destacado pelos brilhos. A Hariadne Diaz despertou muita atenção novamente, ousou no look com uma capa das cores LGBTQIAP+, também na espécie de meia-calça seguindo as cores, o povo ia a loucura com ela.