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Com harmonia irregular e destaque para ‘fogo’ do casal, Acadêmicos do Peixe fez desfile com erros na comissão de frente

A Acadêmicos do Peixe foi a sétima escola passar pela Nova Intendente, mostrando um desfile coeso e sem muitos erros. Com enredo “Preto de berço, Esfoliação Branca”, de Marco Antônio Falleiros. O título se refere à ancestralidade negra, visto que, na origem de tudo, está a África. Assim, o enredo é uma exaltação à africana origem da humanidade, e um canto às Áfricas de onde vieram todas as existências. Com pequenos erros na comissão de frente e a bandeira que enrolou por causa do vento no último módulo, a escola passou sem mais problemas pela nova Intendente. A Acadêmicos do Peixe desfilou pela Nova Intendente no tempo de 37 minutos.

Comissão de Frente

A comissão de frente do coreografo Junior Barbosa, com o nome de Laroyê , Exu a fantasia com as cores vermelho e preto com o chapéu com penas para representar um galo uns dos animais sacrificados para o orixá.

A coreografia foi bem executada, porém nós 3 módulos de jurados alguns integrantes se embolaram um pouco, fazendo que ela perdessem um pouco de tempo para voltar a posição. Algumas penas da endumentaria da cabeça também caíram durante as apresentações.

O impacto maior da coreografia era quando todas as mulheres ficavam em volta do representante de Exu e o exaltavam. Era como se fosse um ritual de abertura dos caminhos além do sacrifício para o orixá.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Thiago Daniel e Bianca fizeram uma apresentação excepcional nos dois primeiros módulos, com uma saia sem plumas ou outros detalhes, ela saia faiscas de fogo nos primeiros giros. A dança foi perfeito sempre olhando um nos olhos do outro, com passos de balé e coreografias de religiões de matrizes africanas no refrão.

Um detalhe no último módulo é que devido a um pouco de vento a bandeira chegou a enrolar um pouco, mas nada que atrapalhasse o andamento da apresentação que foi terminada lindamente, que durou cerca de dois minutos em cada módulo.

Suas fantasias representavam Geledés, uma sociedade tradicional iorubá compostas exclusivamente por mulheres onde se cultua a grande mãe.

Harmonia

Apesar do esforço do Carro de som comandado pelos Intérpretes Cristiano Oliveira e Rafael Tinguinha, a escola não acompanhou, Destaques para as alas das baianas que mesmo com uma fantasia realtivamente pesada, giraram e cantaram durante todo desfile.

Apesar de pouco canto de todo samba a escola passou organizada e quando chegava o segundo refrão ‘Seio da humanidade mãe África a verdade que meu peixe se inspirou pra contar sobre o tronco dessa lida. E nascendo tão querida ao som do meu tambor’ toda escola cantava um pouco mais alto.

Enredo

Criação dos carnavalescos Marco Antônio Falleiros e Yuri Martins foi bem desenvolvido, explicando exatamente como foi a criação do mundo através da Savana, as alas estavam explicativas não tendo nada que atrapalhasse o desenvolvimento do mesmo. Tratar de ancestralidade sempre vem termos pouco conhecidos, porém não dificultou no entendimento do enredo.

Evolução

A escola veio pequena e teve que parar um pouco depois do último módulo para não passar antes do tempo estipulado, porém as alas vieram bem entrosadas sem buracos entre elas e mesmo a escola curta a evolução foi um pouco acelerada. Destaque para as alas das passistas que vieram fantasiadas de búzios de Ifá, sambaram e deram seu show, outro destaque foram as baianas vestidas de criação do mundo mãe terra, com suas saias marrons davam um efeito bem perceptível quando giravam.

Samba

Os intérpretes Cristiano Oliveira e Rafael Tinguinha levaram bem o samba sem deixar o ritmo cair, o canto algumas vezes ficou um pouco confuso, mas foi devido a um pouco do delay do som. No mais passaram jogando o samba para o alto e fazendo dentudo para animar a escola e o público que acompanhava a escola. A obra é assinada por Renan Diniz, João Vidal, Marquinho Beija-Flor, Diego Procópio, Evandro Neris, Telmo Augusto, JB Oliveira, Serginho Rocco, Rafael Gonçalves, Gigi da Estiva, JC Couto, Pedro Silva, Gilsinho Oliveira.

Fantasias

Todas as fantasias estavam bem finalizadas com adereços cuidadosamente colocados em cada uma delas. A fantasia da comissão de frente com penas no chapéu representando o galo e a fantasia da bateria que representavam os Alabês, que é um toque para chamar os orixás nos terreiros.

A saia da porta-bandeira bandeira também é de se destacar, pois não estava coberta apenas no arame com uns detalhes pratas em volta, mas que soltavam faiscas a cada passagem pelos módulos julgadores.

Alegorias

A escola contou apenas com um tripé com o nome da escola com um detalhe de um jacaré. uma alegoria, o abre alas que siginificava “África dos nossos mitos e sonhos” veio no segundo setor. O carro estava bem terminado com destaque para uma estátua de um homem negro ao centro. Não houve nenhum problema com a alegoria que atravessou a pista sem nenhuma dificuldade.

Outros Destaques

A bateria do mestre Mariano dos Santos foi o destaque principal da escola, com bossas e bem feitas e paradinhas , com integrantes fazendo coreografias ensaidas. Destaque para o paradão do surdo levantando a Nova Intendente. As musas também mostraram muito samba no pé destaque para Lorrana Helena, que também desfila pela Beija-Flor, e veio com a fantasia África rica.

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