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Com a comunidade engajada, Tucuruvi veste o manto Tupinambá para o Carnaval 2025

'Assojaba – A busca pelo manto' é o tema que pretende substituir 'Ifá', com a função de passar uma importante mensagem

O manto Tupinambá será a tônica da Tucuruvi 2025. Esse manto tem como significado a força dos ancestrais indígenas que habita em cada brasileiro. O enredo consiste em passar a mensagem de que todos devemos conhecer a nossa própria história e notar que nós somos os donos dessa terra que amamos. É assim que o ‘Zaca’ irá rumo ao Carnaval 2025, na busca por posições ainda melhores. Devido a isso, a escola organizou um evento para apresentação do tema, da logo e das lideranças da agremiação. O CARNAVALESCO esteve presente e conversou com algumas personalidades.

Fotos: Gustavo Lima/CARNAVALESCO

Novo projeto e comunidade forte

Rodrigo Delduque, vice-presidente e diretor de carnaval da agremiação, aposta novamente no engajamento da comunidade, assim como foi no Carnaval 2024. Agora, os componentes viraram a ‘Aldeia Tucuruvi’.

“É uma busca pelo bem que é brasileiro e nós vamos retratar isso na pista com toda a ‘aldeia Tucuruvi’ engajada, com toda nossa família, com os tupinambás e com toda força que existe para buscar esse manto que nos foi tirado lá atrás; É um enredo que a Tucuruvi aposta muito, é um enredo muito forte, assim como foi ‘Ifá’. A comunidade comprou e está empenhada para buscar o título”, disse.

A escola fechou o sábado de carnaval em 2024 e se deu muito bem com o horário. Entretanto, de acordo com o horário de desfile, o gestor afirmou que está preparado para fazer um grande espetáculo em qualquer posição.

“A Liga-SP propôs que a ordem fosse feita por colocação e eu concordei, mas o paradigma de desfilar de manhã, ser a primeira ou algo que não possa ser legal, a Tucuruvi quebrou. Fizemos isso em 2022 sendo a primeira escola e depois agora fechando o carnaval. Estamos preparados para desfilar em qualquer horário ou dia e engrandecer o carnaval de São Paulo”, declarou.

 

Fato é que a comunidade não aceitou tão bem o resultado do último carnaval. O líder mostrou respeito às co-irmãs, mas falou de injustiça nas justificativas. “Foi um ano de muito trabalho e de empenho com a comunidade da Tucuruvi. Jamais quero tirar o mérito das cinco primeiras colocadas, mas a gente sabe que nas justificativas das notas e nos foi tirado, foi um desconto injusto. Mas também nos trouxe força, aprendizado para sanar esses erros”, afirmou.

As eliminatórias visando o Carnaval 2024 foi um sucesso para a escola. De acordo com Rodrigo Delduque, tudo vai se manter. Ele enalteceu o samba que foi levado para a avenida e aproveitou para convocar os compositores a levar suas obras ao Tucuruvi. “Mantivemos todas as datas e cronogramas. Vamos continuar com as eliminatórias, que nos presenteou com esse samba maravilhoso de 2024. Os compositores também sabem da idoneidade do nosso concurso e voltarão para trazer suas obras. Aproveito para deixar o chamado para que eles venham e tragam as suas obras para que a gente tenha um samba igual tivemos no último carnaval”, completou.

Confiança da diretoria

O enredo é de autoria do enredista Vinicius Natal. O profissional conversou com o CARNAVALESCO e se disse feliz em receber a confiança da escola.

“É muito gratificante. Quando eu vim para a Tucuruvi ano passado eu fiquei muito feliz, porque encontrei uma escola que me sinto muito à vontade. Tenho uma troca muito grande com os componentes e direção da escola. Quando acabou o Ifá, ficamos pensando em qual mensagem a gente levaria para a avenida, visto que a escola queria novamente levar uma mensagem no desfile. eu tinha esse enredo sobre o manto Tupinambá há algum tempo engavetado e achei que seria a hora de trazer para uma escola que compraria a ideia. Estão felizes com a proposta e tem tudo para ser um grande carnaval”, celebrou.

Vinícius deu uma breve explicação do ponto de partida do desfile. “A gente tem que partir da perspectiva do sonho, porque o manto Tupinambá tem essa conexão de luta com o manto através dos sonhos e contar a história de luta para que o manto retorne ao Brasil, mas é entender como ele é feito e a importância simbólica que eles têm para os povos Tupinambás e para o Brasil. Deve-se entender também que é um símbolo também que se reconecta com as nossas memórias, precisando voltar ao Brasil, que fazem parte de quem nós somos”, explicou.

Mensagem na avenida

O carnavalesco mais veterano do trio, Dione Leite, falou da importância que a mensagem do tema passa e exaltou o reforço do Nicolas Gonçalves.

“Nós amamos a ideia falar sobre o mais do que uma causa tão nobre e essencial para a sociedade. A gente poder falar sobre como nossas memórias estão e como é que elas foram parar fora daqui, é esse resgate do nosso enredo vai permear essa viagem, justamente para entender quanto que essa colonização europeia falhou nossas memórias. É exatamente um dos pilares para a gente recuperar e entender a nossa ancestralidade. A vinda do Nicolas é uma vida muito importante. Ele é um jovem, menino maravilhoso, muito bom profissional, excelente e acabou de ser super premiado no Rio de Janeiro como carnavalesco do Arranco. Foi premiado pelas ideias criadas pela capacidade de público alvo do lado direito do desenvolvimento. Graças a Deus essa soma é o quanto o Rodrigo vem apostando e fortalecendo. Está cada vez mais na recuperação e na excelência de seus quesitos para que a gente consiga buscar o manto”, afirmou.

Assim como disse Delduque, o carnavalesco respeita as co-irmãs, mas se sente injustiçado pelos componentes da escola. “Não tem como. O carnaval é matemática e a Tucuruvi junto com a Mocidade Alegre, grande campeã, gabaritou todos os quesitos. A justificativa da comissão de frente foi atribuída de forma errada. Ficamos com algumas dúvidas, me sinto injustiçado não por mim, mas por essa comunidade. Foi um grande desfile onde quem estava no Anhembi, queria ver a nossa escola de novo”, comentou.

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