Numa solenidade de final de ano, o presidente da Liga Independente, Ailton Guimarães Jorge, usou o exemplo de Niccolò Paganini para incentivar aos convidados e funcionários que nunca é tarde para se acreditar na vitória.

Filho de um humilde portuário, Paganini nascera no outono de 1782 em Gênova, Itália, e tinha o dom da música. Aprendeu a tocar sozinho instrumentos de cordas e, com o passar do tempo, viria a ser o maior violinista de todos os tempos. Fez a sua primeira composição aos oito anos e, aos 15, já era um virtuose.

Lembrava Guimarães que, durante um concerto no teatro Scala de Milão, uma das cordas do Guarnerius –instrumento raríssimo, feito por um artesão e dado de presente ao músico, em 1800 – arrebentou. Em silêncio, a plateia ficou apreensiva. Com habilidade, Paganini prosseguiu como se nada tivesse acontecido, tocando com apenas três cordas.

Falava-se que o genovês, pela agilidade que possuía nos dedos, teria feito um pacto com o demônio. E qual não foi a surpresa do público quando, minutos depois, arrebentou a segunda corda. Paganini saiu-se bem mais uma vez, solando em apenas duas cordas. A platéia vibrou.

Pior ainda estava por acontecer. Já próximo do final do concerto, arrebentou a terceira corda do violino, deixando Paganini com apenas uma. O virtuose esmerou-se ainda mais e foi aplaudido de pé.

Enquanto Guimarães chamava a atenção para a quarta corda que existe dentro de cada um de nós, ressaltando que devemos sempre acreditar na possibilidade que nos resta, alguém comentou, lá no cantinho do auditório:

– O cara (Paganini) deu a maior sorte. Se arrebentasse a quarta corda ia levar uma tremenda vaia…

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