Sempre que o presidente Marquinhos dos Aneis passava um tempo afastado – geralmente, quando o Império estava no Grupo de Acesso – parecia um outro homem no retorno ao convívio dos representantes das Escolas do Grupo Especial. Voltava a ser afável e bonachão.
Um dos mais chegados ao presidente imperiano era Jorge Pedro, da Mocidade, um gozador profissional. Abraçou o companheiro, deu-lhe as boas-vindas e comentou sobre os indefectíveis aneis: – Estão maiores ou é impressão minha? Marquinhos abriu um sorriso. Eram as brincadeiras de sempre. Estava de volta, finalmente.
– Cresceram sim. – respondeu, exibindo as duas pirâmides invertidas. Jorge Pedro, curioso: – Botou mais ouro neles?! – Botei. – respondeu Marquinhos, vaidoso.
Jorge ficou examinando os dois aneis detalhadamente. O da mão direita trazia a Coroa Imperial sobre fundo negro; o da esquerda, a imagem do padroeiro do Império, o Santo Guerreiro.
Aconselhou ao amigo: – Quando você colocar mais ouro nesse anel aqui, vai ter que botar no cavalo também. – Ué! Por que? – indagou Dos Aneis, intrigado. Pedro explicou: – Senão vai parecer que São Jorge está montado num pônei, ora.