Por Lucas Lunus

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Um assustador cemitério em riqueza de detalhes apareceu na Avenida quando a quinta alegoria da Viradouro entrou na Sapucaí, na noite deste domingo. Representando as criaturas das trevas que dominam os piores pesadelos, o carro trazia como elemento surpresa: o motoqueiro fantasma.

Na história criada pela editora Americana Marvel, o personagem fez um pacto com “Satã” em troca de sua alma para salvar seu pai biológico. O anti-herói tem sua própria carne ser consumida em fogo infernal, deixando-o com a aparência de um esqueleto em chamas .

Na alegoria, além do cemitério, havia uma pista para que o personagem, vivido por Diego Cigano, que faz exibições de Globo da Morte, deslizasse em direção ao chão e depois retornasse para a alegoria. As alas que vinham a frente da alegoria, do Lobisomem, do Van Helsing e dos mortos vivos, abriam o caminho em movimento sincronizado para que a moto pudesse passar pela pista do Sambódromo.

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O segredo da alegoria foi guardado a sete chaves e revelado apenas alguns instantes antes da entrada da Vermelha e Branca de Niterói na Sapucaí. Para garantir que tudo desce certo no carro, o próprio Paulo Barros subiu no carro minutos antes de sua entrada na pista, dando orientações a Diego Cigano e aos componentes da harmonia que viam próximos ao carro. Alguns integrantes da ala dos mortos vivos, imediatamente anterior à alegoria, que fazia alusão ao clipe da música Thriller do Michael Jackson, apesar de saberem que teriam que interagir com o quinto carro da escola, não tinha noção do seria realizado na Marquês de Sapucaí.

“Na verdade a gente não sabe muito sobre o que vai acontecer neste carro, mas nós representamos os mortos vivos que saem desse cemitério. Mas o que vai acontecer exatamente a gente não sabe. Uma surpresa vai descer essa rampa. Muita expectativa e muita emoção pelo tempo de ensaio”, confessou Rosane Tibério que desfilou na ala acompanhada do marido Anderson Moraes.

A mesma surpresa aconteceu com a foliã Glauciene Oliveira, que já desfila há 15 anos pela Viradouro, e também veio na ala dos mortos vivos.

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“A gente não sabe o que vai acontecer no carro. A gente sabe que vai acontecer alguma coisa no meio da ala mas não sabemos o que é. É surpresa até pra gente” revelou a componente minutos antes de passar pela Avenida.

Outra surpresa do carro, foram os mortos que saíam das tumbas presentes no cemitério cenográfico da alegoria. Com coreografia também fazendo alguma alusão ao clipe de Michael Jackson, os componentes levantavam a Sapucaí todas as vezes que saíam de seu esconderijo produzindo um efeito macabro. Um dos componentes da alegoria, Leandro Duarte, acredita que a teatralização foi um dos principais trunfos do carro alegórico.

“O processo da maquiagem foi bem detalhado. Eu acredito que nós temos tudo para desempenhar um bom papel na Avenida e eu acho que a caracterização ficou bem interessante neste carro. Foram 40 minutos para colocar a maquiagem em cada integrante. Eu acredito que esse carro vai ser bastante impactante, são cerca de 100 componente e a maquiagem vai ajudar na teatralização”, apontou o componente antes do desfile.

 

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