Por Nathália Marsal
Sombrio e cheio de efeitos, o segundo carro do Unidos do Viradouro, “Bruxas”, cruzou a Avenida fazendo dez bruxinhas voarem nesta primeira noite de desfiles do Grupo Especial. A preparação para subir os 10 metros de altura começou às 16h30, com a maquiagem. Por volta das 20h30, os componentes subiram na estrutura, na qual aguardaram até a hora do desfile, por volta de 23h. Para isso, nada de alimentos pesados ou bebida alcoólica antes do desfile. Há até componentes que que use fralda descartável para evitar a descida do carro.
Os ensaios começaram em novembro e aconteciam duas vezes por semana. O desempenho e a segurança em cima do carro fluiu tanto que a ala, que antes não tinha coreografia, ganhou uma.
A busca para achar bruxinhas ideais para a alegoria começou em julho de 2018, quando abriram as inscrições com um único pré-requisito: ter coragem para encarar a altura e fazer a escola voar para o Sábado das Campeãs.
Michele Campinos, monitora que faz parte da equipe dos coreógrafos Roberta Nogueira e Marcelo Sandryni desde 2009, conta que algumas selecionadas já trabalharam com o carnavalesco Paulo Barros, no carro Gulliver, da Portela, em 2016. Na alegoria, que mulheres escalavam um carro de 18 metros de altura.
Os componentes deste tipo de carro alegórico são pessoas comuns e, geralmente, apaixonadas por esportes radicais. É o caso de Caroline Almeida, de 24 anos, que desfila pela primeira vez na Viradouro encarando o desafio de ser uma das dez bruxas.
“Eu não tenho medo de altura então não é difícil subir. Estou adorando participar de um carro de Paulo Barros, sou muito fã do trabalho dele”, conta a jovem.