A Viradouro, atual campeã do Grupo Especial do Rio de Janeiro, fechou o calendário de finais de samba-enredo para o Carnaval 2022, na noite desta sexta-feira, e premiou a parceria de Felipe Filósofo, Fabio Borfes, Ademir Ribeiro, Devid Gonçalves, Lucas Marques e Porkinho. A obra foi feita em forma de carta e mexeu com o público, inclusive, de outras escolas, durante o concurso. A vermelho e branco de Niterói levará para Avenida o enredo “Não há tristeza que pode suportar tanta alegria”, desenvolvido pela dupla de carnavalescos Marcus Ferreira e Tarcísio Zanon. * OUÇA O SAMBA CAMPEÃO
“A vitória representa um caldeirão de afeto e emoção. Esse enredo da Viradouro vai retratar o carnaval de 1919 e o carnaval de 2022 vai superar tudo que houve naquela época. Nossa letra foi para o viés romântico, lírico, mas retratando também o lado afetivo. Nós amamos o carnaval”, disse o compositor Felipe Filósofo, em entrevista ao site CARNAVALESCO.
Presidente da Viradouro, Marcelinho Calil, exaltou o enredo elaborado pelos carnavalescos da vermelho e branco. “A gente vindo de um título a cobrança é muito maior. A primeira coisa é a escolha do enredo e na minha concepção não poderia ser melhor. Ele pega na veia. Temos um enredo histórico e a comunidade abraçou. Temos conteúdo, densidade cultural e espontaneidade”.
Diretor de carnaval da Viradouro, ao lado de Alex Fab, Dudu Falcão, falou da volta do trabalho da Viradouro e do samba. “Nossa análise foi tática, olhando para o que será nosso desfile e o que vimos no possível acontecer na quadra. Os compositores foram muito felizes e escolhemos o samba perfeito para o desfile”.
Mestre Ciça conversou com o site CARNAVALESCO sobre a volta do samba e o encontro com os ritmistas. “O samba é minha vida. Sou uma pessoa vitoriosa, porque passei até agora pela pandemia e tomei as duas doses da vacina. Encontrar a rapaziada é uma dádiva de Deus. Perdi tantos amigos”.
Responsável pela condução do samba na Avenida, o intérprete Zé Paulo falou do momento do carnaval. “Tudo foi muito novo esse ano. Fiquei muito feliz porque tivemos um caminho. As escolas de samba fazem parte da cultura e da sociedade do Rio de Janeiro”.