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Cabine a cabine: como foi o desfile da Viradouro na avaliação do site CARNAVALESCO

Quinta escola a desfilar na abertura dos desfiles do Grupo Especial, a Unidos do Viradouro apresentou o enredo “Não há tristeza que possa suportar tanta alegria”. A reportagem do CARNAVALESCO esteve disposta nos módulos de julgamento do Sambódromo e realizou uma análise da apresentação da agremiação em oito quesitos, exceto bateria.

Comissão de Frente
A escola de Niterói veio com tudo para a avenida, trazendo a narrativa do carnaval de 1919, o primeiro após a pandemia de gripe espanhola no Brasil. Na comissão de frente, “E o mundo não se acabou”, coreografada por Alex Neoral e Marcio Jahu, o pierrô coloca a gripe espanhola para correr. O que a escola pecou na comissão foi um excesso de pirotecnias frente a uma falta de mais enredo, mais história, de melhor execução da comissão e de seus componentes, podendo aproveitar melhor todos os elementos disponíveis.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira
O casal de mestre-sala e porta-bandeira Julinho Nascimento e Rute Alves teve problemas no modulo 1, sendo o principal destaque negativo o fim da coreografia, em que o sapato de Julinho simplesmente voou longe durante a execução da coreografia. Contudo, apesar de erro, o casal trouxe uma bela coreografia, com passos fazendo alusões claras a trechos do samba, além da clara sintonia do casal. Nos demais módulos, as apresentações foram irretocáveis, um verdadeiro show da dupla.

Harmonia
A Viradouro ficou conhecida durantes o período de ensaios com os diversos vídeos mostrando os ensaios da escola nas ruas de Niterói, com canto forte. O resultado foi visto na Avenida um canto fortíssimo da escola, desde os componentes até a arquibancada. A escola empolgou e muito, e quando deixava o povo cantar a capela, sem dúvidas foi uma das escolas com maior resposta do público. Refrão principal “carnaval te amo, na vida és tudo pra mim” ficou como o verso da escola cantado com maior intensidade.

Enredo
Viradouro foi uma das escolas que passou na avenida com mais fácil entendimento do enredo. Uma leitura fácil, muito fácil de ser feito mesmo pelo mais leigo. Tudo muito claro e com uma sequência narrativa bem logica, bem coerente, indo desde a elite carioca vestindo luto ao ápice, com o povo festejando fortemente o carnaval.

Evolução
A “maldição” do carnaval desse ano, com as dificuldades em evolução, não perdoaram nem a Viradouro, que, assim como várias outras, também apresentou problemas neste quesito. A escola começou num ritmo mais fluido, correndo um pouco mais para o fim. Contudo, há de se observar que mesmo com fantasias pomposas, alegorias grandes, não houve grandes problemas. Mas mesmo acelerando no último setor, não se observou alas emboladas, e as fantasias mais volumosas não chegaram a gerar nenhum problema de deslocamento.

Samba
O ótimo desempenho da escola em harmonia também é reflexo do carro de som que estava impecável, cantando forte, empolgando muito. Zé Paulo Sierra mostrando, novamente, muita competência para estar à frente do carro da escola, numa dupla muito bem articulada com mestre Ciça. Vozes de apoio empolgadas e entrosadas, trazendo como resultado um samba empolgante.

Fantasias
Um dos pontos principais do desfile da escola. Um trabalho esteticamente admirável, verdadeira obra prima. A escola, não contente em apenas trazer fantasias que por si só já estavam incríveis, ainda complementou com maquiagens que compuseram mais ainda a construção dos personagens. Um trabalho de pesquisa histórica também muito admirável, com referências aos adornos carnavalescos de 1919. Tudo muito bonito de se ver. Ha vários destaques pela beleza, desde a ala das baianas até outras como “eu tenho a força”, “os guerreiros paladinos”, dentre outras.

Alegorias
Seguindo a mesma beleza estética apresentada nas fantasias, as alegorias não ficaram atrás, apresentando uma mais bela que a outra, com um destaque forte para o belo trabalho de iluminação, que coroou ainda mais o desfile e a beleza dos carros alegóricos. Erro houve na segunda alegoria – “o coração é passageiro do talvez” -, que estava com alguns dos seus lustres / lâmpadas apagadas, e um ou outro detalhe em acabamentos, assim como na traseira do abre-alas.

Participaram da cobertura: José Luiz Moreira, Yuri Neri e Lucas Santos

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