InícioGrupo EspecialCabine a cabine: como foi o desfile da Vila Isabel na avaliação...

Cabine a cabine: como foi o desfile da Vila Isabel na avaliação do site CARNAVALESCO

Sexta escola a desfilar no último dia de desfiles do Grupo Especial, a Unidos de Vila Isabel apresentou o enredo “Canta, canta, minha gente! A Vila é de Martinho!”. A reportagem do CARNAVALESCO esteve disposta nos módulos de julgamento do Sambódromo e realizou uma análise da apresentação da agremiação em oito quesitos, exceto bateria.

Comissão de Frente
Fechando o carnaval de 2022, a Vila Isabel trouxe Martinho da Vila para avenida sendo, já na comissão de frente, coroado como grande rei, reinando em Vila Isabel. A apresentação foi linda, sob o comando de Marcio Moura, que trouxe guerreiros africanos apresentando a ancestralidade negra, parte da história de Martinho e coroando ele como grande rei ao fim.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Ficou a cargo do casal Marcinho Siqueira e Cristiane Caldas conduzir, pela primeira vez, o pavilhão da Vila Isabel na Sapucaí. Com um belíssimo figurino, o casal mostrou muito entrosamento e bailado, com muita elegância e alegria. Destaque para Marcinho e seu gingado e elegância na avenida, e para a forma como Cristiane conseguiu, apesar do vento, conduzir bem o pavilhão, ainda que o vento tenha tentado atrapalhar um pouco no começo do desfile. Nos demais módulos, não houve contratempos com esse fator e os dois brilharam.

Harmonia
Apesar de um canto forte e intenso por parte da escola, com destaque para as alas “Embaixador Negro” e a ala das baianas da escola, a Vila teve alguns momentos de queda no canto, mais pro meio, e voltando ao seu vigor do início posteriormente. Essa oscilação se deu em alguns momentos. No geral, contudo, a escola passou pela avenida com o samba bem cantado pelos componentes.

Enredo
“Canta, canta, minha gente! A Vila é de Martinho!" poderia ser um enredo que mostrasse apenas momentos da Vila de Martinho, de forma simplória, mas não foi o que fez a Vila, que usou Martinho de fio condutor para um enredo bem mais profundo e bem elaborado, exaltando africanidade, negritude e coroando Martinho não só como grande cantor e personalidade, como também como grande exemplo de luta, resistência, sendo muito bem contado e cantado pela escola.

Evolução
Mais uma escola com alguma dificuldade em evolução no primeiro módulo, bem menor que a dificuldade apresentada pelas demais, destaque-se, porém especialmente a partir do quarto carro, “África em prece”, com as alas de trás evoluindo com lentidão. No geral, apesar disso, um desfile bem fluido e com boa desenvoltura. Em linha, foi correta.

Samba
Um samba leve, gostoso de ser cantado e ouvido, muto bem entoado por Tinga, que conseguiu empolgar e muito, em parceria com mestre Macaco Branco. O samba funcionou bem demais na avenida, mais do que em ensaios de quadra e rua. Foi empolgante, arrebatando a avenida especialmente se lembrarmos que foi a escola que fechou o carnaval, fechando realmente em alto estilo, com o samba ecoando pela Sapucaí.

Fantasias
O conjunto estético feito por Edson Pereira é algo admirável. O trabalho do carnavalesco trouxe para a avenida uma escola esteticamente lindíssima. Uma fantasia com mais beleza que a outra, com variados destaques, como o próprio casal, as “Raízes na Roça” e “O embaixador negro”. Impecável e admirável. Destaque para as baianas coloridas e a saia com led.

Alegorias
O conjunto alegórico, composto por 5 carros e 1 tripé, trouxe mais um trabalho grandioso e quase impecável, com poucas falhas, um ou outro detalhe de carro que poderia ter sido mais bem finalizado. O abre-alas simplesmente arrebatador, imponente, como pedia o enredo. Muita africanidade nos carros, com tudo muito bem feito. Alegorias no geral com bons acabamentos, com um ou outro detalhe como no carro “Singrando os mares, um grito de Liberdade” que estava com uma parte do guarda-corpo solto, mas no geral, tudo muito
bonito. A terceira alegoria era um grande navio azul com dragões na frente, o encontro de Martinho com sua herança africana. Foi o carro que destoou dos demais pelo acabamento traseiro superior.

- ads-

‘Saravá Umbanda’ é o enredo do Morro da Casa Verde para o Carnaval 2025

O Morro da Casa Verde anunciou através de suas redes sociais o enredo que levará para o Sambódromo em 2025. “Saravá Umbanda” é o...

Presidente da Liesa revela desejo de baixar ingressos de arquibancadas para os desfiles do Grupo Especial

Durante o podcast "Só se for agora", de Jorge Perlingeiro, na noite da última segunda-feira, o presidente da Liesa, Gabriel David, revelou que a...

Unidos da Tijuca promove ‘Feijoada do Trabalhador’ no feriado com entrada franca

Para comemorar junto a quem dá duro, sua e veste a camisa, a Unidos da Tijuca realiza no feriado do dia 1° de maio,...