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Brilho no olhar e amor ao carnaval! Em seu último ensaio, Viradouro mostra sua força na luta pelo bi consecutivo

Canto da comunidade, samba e bateria se destacam na quadra da Vermelha e Branca de Niterói

Por Gabriel Gomes e Isabelly Luz

Na noite de sábado, em seu último ensaio de quadra, antes do desfile oficial, a atual campeã do carnaval carioca, Unidos de Viradouro, mostrou sua força na luta pelo bicampeonato consecutivo. Impulsionada pelo seu inovador samba-carta e com show de sua comunidade e da bateria Furacão Vermelho e Branco, comandada por mestre Ciça, a escola de Niterói confirmou que “o brilho no olhar continua”. O ensaio começou por volta das 22h e contou com uma simulação do início do desfile oficial, com a participação da voz da avenida, Vanderlei Borges.

“Muito satisfatória a temporada de ensaios. Conseguimos superar o nível do ano passado, apesar do ciclo inconstante. Não sabíamos quando ia ser o desfile, mas conseguimos manter nossa programação e chegar agora em abril no ápice da escola. Mantivemos um nível alto de canto, escola aguerrida, confiante, nível plástico alto. A escola, sem dúvida, vem mais uma vez fazer um lindo espetáculo. A Viradouro mais uma vez foi feliz em sua escolha de enredo. Temos um enredo e um samba que dispensa comentários. Tenho muito respeito e carinho pelas minhas coirmãs, mas a Viradouro vem para disputar o título. Estou muito ansioso. Essa última semana daria um filme para todo mundo. Essa ansiedade faz parte do processo natural que antecede o desfile, mas tenho certeza que no final vai dar tudo certo”, garantiu o presidente Marcelinho Calil.

Antes do início do samba de 2022, o presidente de honra da Viradouro, Marcelo Calil, fez um discurso de agradecimento e incentivo a comunidade. O presidente da Vermelha e Branca, Marcelo Calil, aproveitou seu discurso para falar das bandeiras presentes na quadra, com os rostos do presidente de honra, do primeiro casal, Julinho e Rute, do mestre Ciça, do intérprete Zé Paulo e de uma fênix. Marcelinho agradeceu e exaltou a importância dessas figuras para a escola.

No esquenta, o intérprete da Viradouro, Zé Paulo Sierra, relembrou vários sambas de sucesso da história da escola, como os dos dois campeonatos, o de 2016, de 2014, entre outros. Para animar o público presente, ainda houve um concurso de quem melhor entoava o grito de guerra do intérprete da escola. O inovador samba da Viradouro, em forma de carta, assinado por Felipe Filósofo e parceiro, teve mais uma excelente exibição na quadra da escola e provou, novamente, sua funcionalidade.

O trecho da declaração de amor ao carnaval, juntamente com o “Tirei a máscara num clima envolvente/ beijei os lábios suavemente” foram intensamente cantadas pela comunidade niteroiense e gonçalense. Impulsionada pelo samba, a harmonia da escola teve desempenho impecável na quadra. As alas presentes no ensaio cantavam o samba a pleno pulmões, com destaque para a “Ala dos adolescentes”, que esbanjou alegria e empolgação.

“Foi um ano bem diferente para a gente. Tentamos manter o nosso nível de exigência dos ensaios, mas em alguns momentos tivemos que parar pela questão pandêmica. Mesmo assim, acredito que tenhamos chegado ao nosso ápice no momento certo, que é perto do desfile, e sem esfolar muito o componente. Tenho certeza que hoje temos uma comunidade entregando o seu máximo, já que a ideia sempre foi fazer um ensaio bonito e um desfile mais bonito ainda. Um bom enredo enredo com um bom samba, hoje são essenciais para disputar o carnaval. Nós temos na história, escolas que tiveram um ótimo desfile estético, mas que devido samba e enredo questionáveis, não conseguiram o êxito. Hoje a minha escola pensa muito antes de definir seu enredo e seu samba, pois sabemos que dado isso, é meio caminho andando, o resto é desenvolvimento de projeto. A Viradouro e as outras escolas se prepararam muito para esse momento. Falando pela minha escola, nós ensaiamos muito, vimos tudo que poderia dar certo e tudo que poderia dar errado, e hoje só estamos pensando em desfilar no dia 22 de abril com tudo que a gente planejou, fechando o portão e tendo a sensação de que fizemos a nossa parte. Dali em diante fica com o julgador e com a opinião pública”, afirmou Dudu Falcão, da direção de carnaval.

A bateria Furacão Vermelho e Branco, comandada por mestre Ciça, deu mais show no ensaio de quadra. Com muito ritmo, os ritmistas da escola conduziram o ensaio com maestria. Durante o ensaio, a bateria executou a já famosa e aguardada “bossa dos pratos”, sendo que, desta vez, um dos pratos era tocado pelo próprio mestre Ciça.

“A avaliação da temporada de ensaios é muito produtiva. Ensaiamos muito, o carnaval 2 em 1. Estamos cansados, mas sempre prontos. Temos um grande enredo, além de ser muito atual, já que retrata tudo que nós passamos, revivendo a gripe espanhola como a pandemia de hoje. E o samba-enredo é maravilhoso, um dos mais bonitos, isso se não for o melhor samba do carnaval. Lógico que temos a consciência de que tem grandes escolas competindo com a gente, mas a Viradouro está pronta e linda. Acredito muito na minha escola, mas sempre respeitando minhas coirmãs, já que carnaval não se ganha antes, só se ganha lá dentro”, comentou mestre Ciça.

A primeira porta-bandeira da Viradouro, Rute Alves, não pôde estar presente no ensaio, por motivos religiosos. O terceiro casal, João de Oliveira e Eduarda Martins, fez uma ótima apresentação, com muito entrosamento e conduziu brilhantemente o pavilhão da escola, sob os olhares do primeiro mestre-sala, Julinho Nascimento.

“Por incrível que pareça, o nosso samba diz “Tirei a máscara num clima envolvente”, e hoje estamos de quadra cheia, pessoas vacinadas e sem máscaras. Estamos no pré carnaval, bem na véspera, não tem coisa melhor do que acreditar que depois de dois anos realmente teremos nossa grande festa. Estou ansioso demais! Mas entendo que preciso me conter, já que ansiedade demais atrapalha. Mas é uma coisa que eu amo, são dois anos sem, então é saber da responsabilidade, curtir esse retorno maravilhoso e tentar fazer o melhor possível. Todos nós trabalhamos e ensaiamos muito, não tem ninguém no carnaval que tenha ficado ileso disso. A Viradouro ensaiou até além, a escola gosta muito de ensaiar e esse mérito eu dou inteiro aos Marcelos”, disse o mestre-sala Julinho.

A ala de passistas da Viradouro, comandada por Valci Pelé, também se destacou na noite de ensaio. Em cima do palco, com uma roupa vermelha, os passistas deram um show de
samba no pé.

No fim do ensaio, em um momento de descontração, o presidente de honra, Marcelo Calil, o mestre Ciça e a rainha Erika Januza, assumiram os microfones do carro de som e entoaram o samba da escola.

Com o enredo “Não há tristeza que possa suportar tanta alegria”, desenvolvido pelos carnavalescos Marcus Ferreira e Tarcísio Zanon, a Unidos de Viradouro será a quinta escola a desfilar na sexta-feira, primeira noite de desfiles do Grupo Especial.

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