Nomes que marcam o ciclo vitorioso da Grande Rio que teve início em 2020 os carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora seguirão no comando do carnaval da Grande Rio. A agremiação de Duque de Caxias definiu o Pará como o tema que será levado para a Passarela do Samba em 2025. Sem um fio condutor definido, Bora revelou que a diretoria deu liberdade artística para a elaboração do enredo.
“A escola assegurou a liberdade artística e criativa para que a gente possa desenvolver um enredo autoral e com caminhos próprios. Com certeza não será algo usual, mas sim diferenciado. Antes, precisamos dormir um pouco, porque foi uma maratona muito longa”, contou o carnavalesco.
A dupla já assinou quatro carnavais pela Grande Rio e contribuiu na conquista da tão sonhada primeira estrela. Em todos, a escola retornou para a Passarela do Samba entre as campeãs. Apesar dos boatos de que deixariam a tricolor caxiense, Haddad reafirmou seu compromisso com a equipe e ressaltou a liberdade artística dada a eles.
“A Grande Rio é uma escola incrível. Nos apaixonamos pelos componentes e pela diretoria. É uma escola que abraça as nossas ideias – temos algumas ideias um pouco loucas (risos) e quem acompanha o nosso barracão sabe que quando temos alguma ideia, a presidência e a diretoria compram. Não há motivos para sair da Grande Rio, uma escola querida. Em algum momento – quem sabe – tomaremos caminhos diferentes, mas neste momento somos Grande Rio e seguiremos firmes neste propósito”, afirmou Haddad.
O desfile foi marcado pela originalidade e inovação na parte plástica. Para Haddad, o balanço do carnaval é positivo. Ele conta que a ideia de unir a iluminação – que já estava na justificativa do enredo – para a defesa da plástica surgiu há na reta final.
“Foi um carnaval incrível, porque conseguimos colocar na avenida tudo aquilo que experimentamos antes – em termos de materiais e em tentativas de criar novos adereços. Outra situação foi a iluminação da Sapucaí – a gente tinha feito testes, mas pensava nela desde abril. Conseguimos implementar novos materiais e a luz da avenida, que conseguiram caminhar com o enredo”, explicou.
Já para Leonardo Bora, levar para a avenida “O nosso destino é ser onça” representou o retorno de narrativas míticas para a Grande Rio e foi uma apresentação que ficou marcada no olhar do público.
“Foi um carnaval de muita força para a escola, em que ela voltou a contar essas narrativas míticas e de um tempo imemorial – que é diferente do teor cronístico, como foi o do Zeca. Foi um desfile muito marcante na avenida, com muita força e uma entrada bastante impactante. É uma apresentação que ficou marcada no olhar e na memória das pessoas – e para nós, artistas, é o que mais importa. O que fica são os sentimentos de muita força”, contou Bora.