O Morro da Casa Verde realizou na noite de quinta-feira o seu segundo e último ensaio técnico visando a preparação para o carnaval de 2023. O treino foi marcado pelo grande desempenho da ‘Bateria do Morro’, comandada pelo mestre Marcel Bonfim. O destaque também fica para o intérprete Juninho Branco, que fez uma grande arrancada e colocou a comunidade para cima. Porém a agremiação precisa se atentar a alguns detalhes, principalmente ao canto da escola, que continua irregular, assim como foi no primeiro ensaio.
Comissão de frente
A coreografia girava em torno de bastões que a ala carregava. Com esses instrumentos, os componentes evoluíam de um lado para o outro fazendo movimentos diferentes entres eles, como por exemplo movimentos de cruzes. Também colocavam o instrumento no chão, ajoelhavam e executavam outro tipo de coreografia para saudar o público. Um momento chave da dança foi na hora do refrão principal, onde todos formavam uma fila diagonal na pista e, um por um, levantava o bastão. Os personagens aparentam ser algum tipo de guardião ou um guerreiro lutador.
Harmonia
A escola teve um canto bastante satisfatório desde a arrancada até certa parte do ensaio. Porém, após isso repetiu a primeira dose do último treino. O volume caiu muito de produção. A garra que a verde e rosa imprimiu na largada, praticamente se perdeu. Isso pode ser afetado devido ao samba, que tem uma grande letra, mas em certas partes a melodia é para baixo. Entretanto, o último setor da escola teve um canto muito aquém do que uma agremiação precisa para passar na avenida. Nitidamente muitos componentes não sabiam o hino para 2023, com exceção do refrão principal. O Morro da Casa Verde tem um grande potencial de harmonia, basta executar isso durante todo o desfile, além de ajustar os últimos setores que estão praticamente nulos.
Mestre-sala e Porta-bandeira
Analisando o casal por diversos momentos, deu para notar que Leonardo e Bruna fizeram um ensaio estratégico. Nitidamente se pouparam por alguns momentos com o intuito de realizar a coreografia de apresentação nos pontos chave. A dupla conseguiu realizar os requisitos de giro horário e anti-horário. A coreografia dentro do samba segue bastante a melodia que a trilha sonora propõe do que o contexto do enredo propriamente dito. Contudo, o casal teve uma apresentação segura.
Evolução
A evolução das alas fluiu de forma satisfatória. Porém vale se atentar ao momento de recuo da bateria, onde o movimento foi muito bem concluído. A entrada da ala foi bem executada, mas só uma pessoa ficou presente e preencheu o espaço, além do fato de que a ala de trás demorou para se ajustar. Não dá para dizer se ocasiona ou não um buraco, mas o Morro precisa se atentar a esses detalhes. Dentro do samba não existe tanta coreografia, mas vale destacar o refrão do meio, onde nos versos há giros e braços levantados.
Samba-Enredo
Interpretado por Juninho Branco, foi um samba que rendeu bastante no começo do ensaio. Uma arrancada impressionante. Porém, como dito anteriormente, caiu no decorrer da avenida. O refrão principal é a parte mais cantada pelos componentes. Tanto no primeiro ensaio, quanto neste último, mas o que chama a atenção é novamente a escola executando a grande ideia de fazer o duplo sentido com o seu nome. “Morro de orgulho”, “Morro de amor”.
Outros destaques
A bateria foi o destaque principal do ensaio. Comandada pelo mestre Marcel Bonfim, a ‘Bateria do Morro’ apresentou um grande repertório no seu ritmo. Destaque para os instrumentos de surdos e o desenho do agogô, que deram um belo contraste dentro da batucada. As alas foram com bexigões verde e rosa. A escola levou um elemento alegórico colorido e com o nome “Morro”.