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Bateria da Viradouro representa o Padre “Xota Diabos”, responsável pela proteção e compra da alforria de Rosa Maria

Última escola a desfilar nesta noite de Segunda-feira, a Unidos do Viradouro pisou forte na Marquês de Sapucaí para falar de “Rosa Maria Egipcíaca”, autora de ‘Sagrada Teologia do Amor Divino das Almas Peregrinas’, que é o mais antigo livro escrito por uma mulher negra na história do Brasil. A Vermelho e Branco de Niterói deu início à sua passagem na avenida do samba abordando “A Profecia das Águas”, que era o primeiro setor do desfile.

Em seguida, veio o setor “Auri Sacra Fames – A Febre do Ouro”. A bateria de mestre Ciça foi a décima ala da escola e estava inserida no terceiro setor, denominado “Ventanias, Visões e Possessões”. A fantasia da Furacão Vermelho e Branco representava o “Padre Francisco Gonçalves Lopes: o Xota Diabos”, enquanto Ciça encarnou o “Tutor Espiritual” de Rosa Maria, que a transformou em um artífice na santificação. A rainha de bateria Érika Januza desfilou simbolizando as vozes das almas que a courana ouvia e as chamava de “afecto”.

Vini Lemos, de 43 anos, já desfila na escola há 33 carnavais, sendo 26 deles na bateria. Ele explicou o significado da fantasia: “Nós vamos falar da religiosidade da Rosa Maria, o nosso mestre vem de cardeal mor. E nós estamos como os padres sacerdotes, que eram chamados de ‘Xota Diabo’, os exorcistas”. Vini, que é um dos mestres da bateria da Cubango, veio tocando caixa na Furacão, e comentou sobre o peso da roupa: “Estou achando leve, gostosa. Olha que eu sou calorento… É uma bata, e a gente está super à vontade”.

Cristiano Nascimento tem 44 anos e viveu seu primeiro desfile pela Unidos do Viradouro. “Eu desfilei por doze anos na Portela, aí me mudei para São Gonçalo… E a Viradouro é a escola que eu queria desfilar, e graças a Deus hoje eu estou aqui fazendo parte da Furacão Vermelho e Branco”. Ele elogiou o trabalho da diretoria: “O presidente investiu na escola, e se papai do céu permitir, com certeza a gente vai trazer esse caneco aí”.

Reinaldo Silveira, de 39 anos, completou neste ano seu décimo carnaval na escola de Niterói, e estava satisfeito com a fantasia da bateria: “bonita e confortável”. Ele ainda enalteceu o trabalho do carnavalesco Tarcísio Zanon: “Estou achando impecável. Tanto as fantasias, quanto os carros alegóricos. Acho que a gente está no mesmo clima do ‘Ensaboa’ e do ‘Brilho no Olhar’ também. Viemos para ficar entre as três primeiras”.

Há dez anos tocando cuíca na Viradouro, Waldir Braga, de 76 anos, também gostou da roupa: “É confortável. Não é pesadona, não. Quando a gente forma a bateria fica muito bonito o conjunto completo”. Ele garante que a escola veio para disputar o título e estará no desfile das campeãs, no próximo sábado.

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