Por Naomi Prado e fotos de Fábio Martins (Colaboraram Gustavo Lima, Will Ferreira, Nabor Salvagnini e Lucas Sampaio)
A Camisa 12 realizou no último domigno seu primeiro ensaio técnico para o carnaval de 2025. O destaque ficou por conta da execução das bossas da bateria, que enaltecem a letra do samba-enredo. O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Luã e Estefany, mantiveram a concentração nas apresentações aos módulos, apesar das condições climáticas ruins. A escola deve ajustar os quesitos evolução e harmonia para alcançar o objetivo principal. Levando para a avenida o enredo “Edun Ará Ase Idajo – Força que faz a Justiça”, assinado por Delmo de Morais, a agremiação será a décima escola a desfilar no Grupo de Acesso 2.
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Comissão de Frente
A comissão contou com 15 componentes, sendo três deles elementos principais. Uniformizados com uma camiseta da escola e a parte inferior preta, a ala realiza movimentos característicos do quesito, alternando com passos que representam o enredo. Os três elementos principais, pela dança apresentada, simbolizam figuras de orixás. Em determinado momento, um desses orixás é rodeado por todos os outros integrantes, em uma espécie de saudação. A ala também realiza reverência à escola, como movimento obrigatório.
Mestre-sala e Porta-bandeira
O ensaio da agremiação foi marcado por chuva constante, mas, apesar disso, o casal Luã e Estefany manteve o foco em suas apresentações. A dupla apresentou coreografias que remetem o enredo e cumpriu com o sincronismo, exibindo o pavilhão desfraldado. As condições climáticas diminuíram os giros da porta-bandeira e o jogo de pernas do mestre-sala, mas é importante destacar que a chuva e o chão escorregadio não é algo pertinente a dança do casal em si.
Harmonia
A escola leva para a avenida um samba bem elaborado, com potencial para cativar o público. Destaque para a ala de inclusão social que mesmo com a chuva estiveram presentes, realizando um bom ensaio aparentando divertimento e alegria. O refrão principal — “Pelo trono de Oyó/A justiça de Xangô/Sou também mais um obá/Axé, Camisa 12 eu sou”— tem uma potência melódica que motivou a escola a cantar. Entretanto, no restante do samba-enredo, o canto da escola foi mediano, com alguns componentes que ainda não sabiam a letra, mas que compensaram na evolução corporal.
Evolução
O andamento do Camisa 12 manteve-se constante até a saída da bateria do recuo. Após um curto intervalo, a comunidade acelerou o passo, mas isso não comprometeu. Durante o refrão principal, a comunidade realiza uma coreografia geral com as mãos para o alto.
O destaque positivo ficou por conta de duas alas coreografadas, que, além de evoluírem bem, cantaram de maneira superior ao restante dos componentes.
Samba-Enredo
Tim Cardoso e Clóvis Pê formam uma excelente dupla para interpretar a obra. Enaltecendo a melodia do samba, os intérpretes demonstraram harmonia e afinação durante o ensaio. Como já mencionado, a obra tem grande potencial para cativar tanto o público quanto a comunidade. E esse sucesso para além da letra se dá pela dedicação dos intérpretes em chamar o público e a dedicação da bateria em fazer bossas criativas.
Outros Destaques
A bateria do mestre Lipe pode ser considerada uma das melhores do Grupo de Acesso 2. As bossas foram bem executadas, e o andamento permitiu que o carro de som desfilasse confortavelmente. Destaque também para a ala de chocalho, que tocou com precisão e clareza, em perfeita harmonia com os desenhos de tamborim. Mestre Lipe e seus diretores executaram um ótimo trabalho para o carnaval de 2025, trazendo estratégia e criatividade.
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