InícioIntendenteArrastão de Cascadura exalta as indígenas guerreiras

Arrastão de Cascadura exalta as indígenas guerreiras

O Arrastão de Cascadura foi a sétima escola a desfilar na Intendente Magalhães, nesta terça-feira, na Série Prata do Carnaval carioca. A escola se destacou com uma comissão de frente forte, a harmonia do casal de mestre-sala e porta-bandeira, Fernanda de Araujo Rodrigues e Pedro Luccas, e por apresentar um conjunto bem trabalhado de fantasias. No entanto, a escola enfrentou problemas e deixou um buraco diante dos jurados.

A escola, em comemoração aos seus 50 anos, fez uma releitura de “Icamiabas”, uma lenda popular do norte do Brasil.

Comissão de frente

A comissão encenou o enredo com grande dramaticidade, mergulhando no mundo das valentes mulheres amazônicas. Vestidos com trajes que evocavam a selva, os dançarinos utilizam ainda duas pequenas casas como parte de seu cenário, enriquecendo a apresentação. A exibição cativante conquistou os corações dos espectadores, fazendo-os se encantar profundamente pela escola.

Mestre-sala e Porta-bandeira

Pedro Luccas e Fernanda de Araujo Rodrigues, primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira do Arrastão de Cascadura, apresentaram uma dança meticulosamente planejada e visualmente impressionante. A indumentária da porta-bandeira, destacando-se como uma das mais exuberantes da noite, brilhava em tons dourados, repleta de elementos e detalhes minuciosamente elaborados. Por outro lado, a fantasia do mestre-sala apresentava indícios de um acabamento incompleto. A coreografia da dupla habilmente combinou movimentos clássicos com gestos que refletiam o enredo da escola, demonstrando uma harmonia perfeita com o tema escolhido.

Harmonia

Ao longo do desfile do Arrastão de Cascadura, notou-se uma inconsistência na coesão e no entusiasmo entre as várias alas da escola. As alas que abriram o desfile pareciam menos engajadas, interpretando o samba-enredo com uma energia relativamente baixa. Em contraste, as alas situadas mais ao fim do cortejo, especialmente a ala da velha guarda, exibiram um domínio notável da letra, demonstrando vigor e paixão ao cantar, evidenciando um comprometimento.

Evolução

Durante o desfile na Nova Intendente, a evolução da escola enfrentou dificuldades significativas. A situação se complicou quando um dos tripés enfrentou problemas para avançar, levando a escola a prosseguir sem ele. Isso resultou na formação de um espaço vazio notável, especialmente problemático por ocorrer justamente diante da cabine dos jurados. As alas que se encontravam à frente não conseguiram preencher adequadamente esse espaço, deixando um buraco na apresentação, que impactou negativamente a continuidade e a fluidez do desfile.

Alegorias

A vermelha e ouro entregou um espetáculo memorável na Intendente, destacando-se com dois carros alegóricos de excepcional qualidade, ambos caracterizados por acabamentos impecáveis e isentos de quaisquer falhas visíveis. O carro abre-alas, explorando o tema da escola, apresentou a impressionante escultura de uma mulher guerreira em harmonia com a selva, simbolizando sua conexão com a natureza. O momento mais impactante em termos de alegorias foi proporcionado pelo último carro, que chamou a atenção ao incorporar elementos das crenças indígenas, incluindo a marcante escultura de uma cobra.
Fantasias

Apesar dos desafios comuns às escolas participantes da Série Prata, o carnavalesco Sandro Gomes destacou-se por adotar soluções criativas e eficientes no desenvolvimento dos figurinos. A história central do enredo foi apresentada de maneira clara e acessível, um aspecto crucial para garantir que todos os espectadores pudessem compreender plenamente a mensagem transmitida. A comunicação da essência do enredo reforçou a importância da narrativa dentro do contexto do desfile, permitindo uma experiência mais envolvente para o público.

Enredo

O tema “Icamiabas”, idealizado pelo carnavalesco Sandro Lopes, adentra o rico universo do folclore do norte do Brasil para desvendar a encantadora lenda das Icamiabas, guerreiras da Amazônia que representam força, liberdade e o matriarcado. A narrativa do enredo é construída a partir da perspectiva dos europeus, sobretudo os espanhóis, narrando suas experiências ao adentrar as florestas amazônicas e seu encontro com essas mulheres. Esse olhar proporciona um mergulho na interação entre diferentes culturas e na maneira como essas valentes guerreiras foram percebidas e mitificadas pelos olhos estrangeiros.

Samba-enredo

Criada por Amaury dos Santos, Netinho, Jacy Inspiração e Guto, a obra musical da agremiação encantou o público presente na avenida com sua letra cativante e melodia envolvente. A composição se alinhou de maneira exemplar ao tema proposto pela escola, contando a história de forma fluida e emocionante. A harmonia entre o carro de som e a bateria, comandada pelo Mestre Carlos, mostrou-se perfeitamente sincronizada. Marquinhos Silva e seu conjunto ofereceram uma execução fiel e apaixonada do samba-enredo, preservando a essência da composição em sua performance.

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