Por Anderson Madeira

Sexta escola a entrar na Passarela do Samba, a Arame de Ricardo apresentou o enredo
“Da Baixada para o Brasil: André Ceciliano! Nas estações do progresso pela união de
um povo”, do carnavalesco Guto Carrilho, em homenagem ao ex-deputado estadual, ex-
presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e ex-prefeito de Paracambi. Com
fantasias simples, recebeu aplausos nas arquibancadas, por causa do samba e da bateria.
Porém, não empolgou muito. Conseguiu encerrar o desfile aos 39 minutos.

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Comissão de Frente

Os componentes estavam com fantasia simples e sem luxo. O significado era “Condutores de viagem”. Em uma apresentação impecável, fizeram uma bela coreografia, em que interpretaram condutores de trem de antigamente e foram aplaudidos.

Mestre-sala e Porta-bandeira

Ângelo Virtude e Gabby Oliveira usavam a fantasia cujo significado era “Viajando em
notas musicais”. Fizeram uma apresentação impecável, em perfeita sincronia e com um
bailado elegante. Eles deslizaram enquanto dançavam e Ângelo cortejou Gabby na
apresentação, encantando o público e recebendo aplausos dos jurados. A fantasia era
simples, mas bonita e favoreceu a evolução do casal.

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Harmonia

Várias alas cantaram forte o samba, principalmente o refrão, empolgando o público nas
arquibancadas nestes momentos. Porém, em algumas alas, componentes passaram em
silêncio ou apenas mexendo a boca. O ritmo caiu no final do desfile, quando algumas
alas tiveram que apertar o passo.

Enredo

O enredo foi desenvolvido para ter fácil entendimento nas alas, em fantasias e alegorias.
Porém, em algumas alas não era possível identificar a narrativa e o enredo, como a parte
que fala de música. Ceciliano é apaixonado por samba. Para os espectadores isso não
ficou claro.

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Evolução

A agremiação evoluiu de forma tranquila e não houve buracos entre as alas. Os
componentes tiveram espaço para evoluir e até sambar no pé. Apenas no final tiveram
que apertar o passo, mas, sem comprometer muito a evolução.

Samba

O samba interpretado por Alexandre Reis e Giovane Melo tinha uma letra de fácil
assimilação e bom refrão. Foi cantado a plenos pulmões por diversos componentes.
Porém, não empolgou muito as arquibancadas, que apenas observaram a escola passar. O samba-enredo é de autoria de Márcio França, Mestre Dudu, Cosme Araújo, Marcio
Vieira, Luiz Carlos D’Avenida, Joca Amaral, Gylnei Bueno, Fagundinho, Drummond,
Mello, Rogério Fabiano, Chiquinho Inspiração, Márcio André, Rodrigo Tinta, Ronaldo
Júnior, Wellington Cavaco, Dudu Azevedo, Dimenor Beija-Flor, Júnior PQD, Nathan
Wallace, Diego Oliveira, Glorio Coutinho e Gigi da Estiva.

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Fantasias

O figurino dos componentes, apesar de simples e sem luxo, era de bom acabamento na
maioria das alas. Algumas facilitavam a leitura do enredo, enquanto outras, isso era
mais difícil para o espectador na avenida. Na maioria das alas, a fantasia era leve e
permitia ao desfilante evoluir com facilidade. As baianas vieram com uma roupa cujo
significado era “Paisagem como um filme”. Outra ala interessante foi a da Velha
Guarda, de “Sabedoria popular”.

Alegorias

As alegorias vieram simples e sem luxo, em comparação às demais agremiações que
passaram pela Série Prata. No Abre Alas, “Sonho parte de Paracambi”, mostra uma
locomotiva e o sonho do jovem Ceciliano, que veio de Paracambi, na Baixada
Fluminense, de trem, para o Rio de Janeiro em busca de voos mais altos na política
nacional. A segunda alegoria foi um tripé, “A fábrica que produz conhecimento”, que
teve como destaque Michele Santos, representando a Força Motriz do Conhecimento.
No segundo tripé, “Valei-me Nossa Senhora: A fé que nos guia”, Ceciliano apareceu no
alto, acompanhado de sua esposa Ludmila Ramalho Ceciliano. Muito elegante, de terno,
arriscou alguns passos de samba. A alegoria ainda mostrou a sua devoção em Nossa
Senhora Aparecida.

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A bateria foi outro destaque. Comandada por mestre Igor e mestre Juan. Os 120
ritmistas estavam fantasiados de “Cavalgada da Lua”. À frente deles, a rainha de
bateria, Patty Frey; o Rei da Bateria, Diamante Negro; a Rainha Juvenil da Bateria,
Thata Gávea e o Rei Mirim da Bateria, Michel Azevedo, o Michelzinho. As bossas e
paradinhas empolgaram o público nas arquibancadas.